sexta-feira, 25 de abril de 2014

Semana 5 + Resultado da semana 4 e mês de abril + Atividade de maio

Semana 5 do MONOBA

A quinta rodada de "novels" está no ar. Um novo mês começa no MONOBA. Será que com o novo mês virá uma reviravolta no ranking? Confira as histórias clicando nos links a seguir, nas abas de cada obra ou simplesmente navegando pelo blog.


Pepper & Donuts: Capítulo 05 - Donuts 05: silêncio

Nave Fantasma: Fim de papo.

Filho das Profundezas: Parte V - Aperto

Requiem: O Fugitivo

Wild Hunt: Capítulo 5: O erro.

"SentiMente" [Semana 05]

Contos do Amante da Morte: Capítulo 04 - Mau presságio.


Infelizmente não teremos "Neocene II - nanoships" nesta semana. O texto não foi entregue no prazo, então ele ficará de fora na quinta rodada.

Lembrando que você já pode votar na melhor história da semana pela enquete que fica na lateral do blog ou pela aba de "Votação". As votações vão até às 23:59 do dia 30 de abril (quarta-feira). Então não deixe de participar e apoiar o seu escritor favorito. A nova rodada de "novels" estará no ar no dia 2 de maio (sexta-feira).

Boa leitura e divirtam-se!


Resultado da votação da semana 4 e do mês de abril

Em um total de 38 votos, a quarta semana de MONOBA trouxe as seguintes classificações:

Em primeiro lugar, com 16 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 7 votos, a história "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm.
Em terceiro lugar, com 5 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer (que disputou a colocação com "Requiem", de Natalie Bear, em uma votação interna de desempate).

Em seguida temos "Requiem", de Natalie Bear (5 votos); "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (3 votos); "Wild Hunt", de Marlon Kalango (2 votos); "Neocene II - nanoships", de Moonlance (sem voto) e "SentiMente", de Silvia Verlene (sem voto).

Depois de 4 semanas - e um total de 126 votos -, o MONOBA tem orgulho em apresentar os vencedores do mês de abril!

Em primeiro lugar, com 38 pontos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 27 pontos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 14 pontos, a história "Requiem", de Natalie Bear.

Seguidos de "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (11 pontos); "Neocene II - nanoships", de Moonlance (4 pontos); "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (4 pontos); "Wild Hunt", de Marlon Kalango e "SentiMente", de Silvia Verlene.

Parabéns aos vencedores da semana e do mês!
Confira mais detalhes da pontuação na aba "Ranking".


Atividade Extra do mês de maio

Teve pouco tempo para pensar em uma homenagem para sua história favorita? Não se preocupe. O leitor terá a partir de hoje até o dia 21 de maio (quarta-feira) para preparar quantas homenagens desejar! Cada homenagem valerá um ponto extra para a obra referida. A homenagem pode ser em forma de ilustração ou fanfic (texto criado por fã, baseado em alguma história existente).

Um pouco diferente da atividade anterior, este mês ela será temática. As homenagens devem estar em torno do tema "lembrança". Pode ser uma lembrança que você acha que os personagens viveram ou pode ter ligação a algum objeto que traga lembranças para os personagens, ou mesmo, dos personagens. Use sua criatividade!

Descubra mais como participar dessa atividade na aba "Atividade Extra" e transforme o destino dessa batalha! Todas as homenagens serão postadas na nossa página do Facebook (www.facebook.com/mobilenovelbattle). Faça como a leitora Lil, que nos presenteou com diversas homenagens! Faça a diferença!

Neocene II – nanoships [Semana 05]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo nesta semana -

Pepper & Donuts [Semana 05]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 05 - Donuts 5: silêncio

Misaki permaneceu trancada no quarto desde o horário que voltou da escola até perto da noite. A TV, que estava ligada no momento, transmitia a imagem de um homem mascarado vestindo um chapéu e roupas de mosqueteiro, totalmente cor-de-rosa, incluindo seus longos cabelos. O homem falava junto de um repórter, com uma voz que denotava confiança e determinação, enquanto acenava para os fãs segurando uma rosa vermelha.

“Com certeza, a luta de hoje não será nada fácil. Mas como sempre, irei dar o melhor de mim! Muito obrigado, meus queridos fãs, pelo apoio! ”
“Obrigado pela entrevista, Mosqueteiro Rosa! E agora, vamos ver o que o público espera da luta de hoje a noite! Em quem você vai apostar suas fichas nessa incrível luta, na incrível tenacidade e resistência do Homem-Bexiga ou no galante lutador e defensor da etiqueta, o Mosqueteiro Rosa?”

Enquanto a TV narrava, com vozes vibrantes e empolgadas os bastidores da luta livre, Misaki estava na sua cama comendo donuts. Ela não havia falado nada desde que havia encontrado sua prima Aiko, seus pensamentos estavam todos voltados para o porquê daquela garota aparecer repentinamente em sua vida. Cenas do passado vieram uma a uma em sua cabeça.

Um parque, crianças correndo e brincando, e uma garota de cabelos azul-escuros sozinha num balanço, seu corpo sendo empurrado somente com o auxílio do vento. As crianças presentes no parque pareciam não notar a presença da garota, solitária; a não ser por uma menininha de cabelos enrolados que se aproximou dela e lhe deu um sorriso.
“Miki, até quando você vai fazer essa cara? Vamos brincar!!”

Ao se lembrar da primeira vez que sua prima a ajudou, Misaki sorriu, com um quê de nostalgia brilhando em seus olhos. O sentimento foi cortado abruptamente por algumas batidas em sua porta.

TOC TOC TOC

- Miki! Até quando você vai ficar trancada aí no quarto?! Pare com essa criancice e saia logo, antes que o pai chegue em casa!

A voz de Masaki era alta e clara, e denotava um certo tom de autoridade e preocupação com a irmã. Porém, Misaki retrucou sem pensar duas vezes.

- Me deixa em paz, Masaki! Tô nem aí pra aquele velho!
- Pelo menos deixe a sua prima entrar, ela quer conversar com você.
- Não tenho nada pra falar com ela!!
- Misaki! Você está deixando a mãe preocupada também!

Uma senhora de cabelos azul-escuros e curtos segura a mão de Masaki, que até o momento estava tentando arranjar algum jeito de abrir a porta do quarto.

- Filho, deixe ela sozinha mais um pouco...
- Mas Mãe...se o pai ver que ela está fazendo isso, ele...
- Eu vou conversar com o seu pai depois. Vamos preparar o jantar.
- Okay....
- Mais tarde eu tento conversar com a Miki. Afinal, a Aiko vai vir morar com a gente, não é mesmo?

Enquanto isso, Aiko estava assistindo a um filme na TV. Seus olhos estavam vermelhos e sem brilho.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 05]

Autor: Lucas Suwgamm
Fim de papo.

Michael encheu com ar os seus pulmões, jogando a cabeça para trás, fazendo com que os seus cachos loiros balançassem, fez uma pausa esticando os seus braços. Logo após o alongamento, abriu os seus olhos azuis, olhando para o teto. — Como é bom poder respirar fora de uma cumbuca— tentava puxar assunto com o sujeito alto cujo o cabelo era negro e comprido, da mesma cor do cavanhaque muito bem delimitado em seu rosto alongado, que caminhava a sua direita.

No entanto Edgar permanecia calado, e o pior, não olhou para o sujeito rechonchudo que lhe puxava conversa, o que irritava mais ainda o homem de cabelo algodão. — caramba, nem para dizer uma palavra? — insistia o indivíduo de rosto redondo.

— Hum?! Falou algo? — Virou o rosto, como estivesse saindo de algum transe mental e encarou Michael.

— Mas que car... no que você estava pensando? — Indagou enquanto respirava fundo para controlar seus nervos.

— Eu? Nada. — Deu um sorriso para Michael – Só estava falando mentalmente o quanto não gosto de andar, prefiro ficar flutuando por ai. — coçava a sua longa cabeleira, com a sua mão. – Mudando de assunto aqueles três estão conversando a um bom tempo. — apontava para o grupo de pessoas mais a frente.

— Você não tem jeito mesmo, mas é bom no que faz. — tentava disfarçar seu desapontamento, com uma expressão amigável — Bom, enquanto a eles... Foster deve estar planejando algo com a Milene e Samara, possivelmente teremos convidados indesejados aqui. Então precisaremos das suas habilidades.

—Porquê não é uma missão simples? — Não escondia seu desapontamento, enquanto ajeitava o seu traje na região do punho esquerdo.

Com passos vagaroso, entretanto firme, Foster caminhava no meio de duas garotas, uma menor com cabelo curto e castanhos e outra, maior que o próprio capitão, com cabelos longos e ruivos. —Preciso daqueles dados mais rápido possível, quando chegarmos na cabine da nave. — Dirigia a palavra par a mais baixa – Isso é tudo, por enquanto.

— Pode deixar capitão, vai sair tudo bem! — as íris castanha clara de Samara expressavam confiança e calma, enquanto falava. — Não se esqueça que temos a Milene, ela não vai deixar ninguém nos atrapalhar, não há uma pessoa capaz de derrotar ela... digo... exceto o senhor.— a moça delicada fazia uma careta de desconforto.

— Não tem problema – Foster abriu um sorriso – Faz eras que não venço ela em uma simulação.- Olhou para a Milene, que o encarava de volta com um sorriso maroto.

Mas os alegres olhos verdes da mulher gigante, logo ficaram sérios e com um movimento veloz, demonstrando toda a capacidade que somente um corpo modificado pelo exercito da União possui,  se jogou sobre a Samara, agarrando-a e levando a duas para o chão. Logo após a queda, ocorreu uma explosão na parede perto da dupla caída.

Foster também reagiu rápido e se jogou para o sentido contrário, enquanto gritava para os dois sujeitos que vinham logo atrás.

- Emboscada!!!

Não precisava do aviso, pois o traje no pulso esquerdo de Edgar brilhava e transformava-se em algo.


Ir para o próximo capítulo de "Nave Fantasma"

Filho das Profundezas [Semana 05]

Autor: Marco Fischer
Parte V - Aperto

Um cardume de pequenos peixes amarelos se espalhava ao redor de Violka enquanto a capitã nadava pelo fundo do lago, seguindo o Maleko que rapidamente se afastava entre as rochas porosas da extinta cratera de vulcão que havia formado aquela ilha. Um tapete de corais se estendia como um jardim pelo caminho, seguindo até a entrada escura de uma caverna submersa.

Algo agarrou o pé da cigana enquanto ela se preparava para nadar até a passagem. Se virando, ela viu o corpulento mergulhador segurando seu tornozelo com suas mãos robustas, começando a puxá-la enquanto observava impassível por trás do vidro do capacete. Mervyn era um homem que levava seu trabalho a sério, e não hesitaria em afogar a capitã se necessário fosse para impedi-la de atrapalhar na captura do garoto-peixe.

Violka girou o corpo em um movimento ágil antes que o brutamontes a agarrasse de costas, apoiando o joelho sobre o peito de Mervyn como em uma dança sincronizada. O mergulhador respondeu apertando o pescoço da capitã com firmeza, fazendo uma bolha de ar escapar entre seus lábios. Ela tentou chutar com a perna que estava livre, mas o corpo do marinheiro era rígido como as pedras ao redor.

A capitã fazia agora um esforço enorme para não se deixar levar pelo desespero, o que poderia ser fatal. Lutando para se libertar, ela alcançou o cabo de sua arma, uma rapieira de ponta comprida, como o bico fino de um beija-flor. A espada quase escapou de seus dedos quando ela a puxou, mas a cigana havia herdado a habilidade de seu povo e estava acostumada a manusear objetos com desembaraço.

A rapieira girou na mão de Violka em um movimento ligeiro que terminou em uma estocada. A ponta da arma passou a poucos centímetros da cabeça de Mervyn, que largou a perna da capitã para finalizá-la com as duas mãos.


O mergulhador parou antes de terminar o movimento, se contorcendo enquanto seu escafandro se enchia de água. Violka se libertou do aperto em seu pescoço que enfraquecia e com os dois pés usou o corpo de Mervyn para se impulsionar. Se a situação não fosse tão urgente naquele momento, teria dado um sorriso ao ver que havia acertado em cheio a mangueira de ar que abastecia o capacete.

Ela não tinha tempo a perder. Não era mais apenas uma questão de ser passada para trás pelos Arautos do Vapor. Violka não podia deixar que aquela criatura jovem e assustada fosse capturada para servir de troféu ao Império. Mesmo sendo uma aliada da Coroa, havia coisas com as quais simplesmente não concordava, e tirar de alguém sua liberdade era uma delas.

A capitã se deixou levar pela corrente do túnel, desviando de um canteiro de esponjas fosforescentes. Segurando ao máximo o fôlego que restava, ela se apressou para alcançar o Maleko antes do navio de Faulkner, mas ao chegar do outro lado percebeu que era tarde demais. Diante de seus olhos, o garoto-peixe era agarrado por uma monstruosa garra de metal.


Ir para o próximo capítulo de "Filho das Profundezas"

Requiem [Semana 05]

Autora: Natalie Bear
O Fugitivo

- Por que estão parados? - a mocinha esbravejou, incrédula, confusa, arrasada, como se o céu ruísse sobre sua cabeça - Minha bolsa…! - apontava desesperadamente na direção que o menino que tinha lhe roubado tomara.

- Lhe ajudei no navio, mas não sou seu empregado. - Lawrence a encarou com aqueles olhos sempre cansados e distantes, como se vislumbrassem algo além dos olhares comuns.

- M-ma-mas…! Sem a bolsa estou…! - Rebeca desesperou-se, apoiando as mãos sobre a cabeça, desolada.

O sujeito bufou e fitou seu cão, que sentava-se ao lado dele e abanava a cauda peluda freneticamente.

- O que tem na bolsa? - inquiriu seca e diretamente.

- N-na bol…. - a moça respirou fundo, sentindo seus membros se estremecerem - Um… Objeto importante….

- Boa sorte recuperando. - lhe deu as costas, virando-se à movimentada rua do porto.

- Espere…! - Rebeca o segurou pelo casaco cinzento - É um… … Pertence ao meu pai. Ele me entregou… Preciso… N-nunca mais verei papai se…. Se eu não estiver mais com o objeto… - explicava relutante enquanto seus olhos enchiam-se de lágrimas.

O sujeito voltou-se a moça, que encolhera os ombros e baixara a cabeça, cobrindo o rosto com as mãos e soluçando.

- Que objeto?

- Um… Espelho…

- Tenha mais cuidado com a bagagem. - apontou para a mala da jovem e dirigiu-se pelo caminho que o moleque fizera, embora não parecesse ter muita pressa - Xerife, junto. - comandou ao animal que foi alegremente atrás do dono.

Os três começaram a perambular pelas ruelas confusas da região, enquanto Lawrence fazia perguntas em espanhol para os locais, que para Rebeca eram meio parecidos, sul-americanos de pele parda que raramente eram avistados em sua terra natal. Ela os analisava intrigada e até mesmo fascinada. Pouco a pouco deslumbrava-se com a cultura que percebia em cada canto da cidade, o que começava a aquietar seu coração, mesmo que ainda sofresse muito com a possibilidade de falhar em seu derradeiro objetivo. Á medida que avançavam, a mocinha ficava mais cansada de carregar sua mala aqui e acolá, atrás de pistas que Lawrence conseguia com as pessoas com quem conversava. Seus joelhos e ombros estavam desgastados e tornavam mais complexa a tarefa de arrastar a pesada bagagem.

- Precisamos subir por aqui. - apontou para a subida à sua frente, ajeitou a sacola, que era sua bagagem, nas costas e seguiu caminho, acompanhado animadamente por Xerife.

- Já vou! - esbaforia-se, arrastando sua mala ladeira acima, ficando para trás.

Lawrence demorou dez minutos até chegar ao topo da subida, um local abarrotado de pequenos casebres disformes de madeira. Lá avistou um grupo de crianças que gritavam e brincavam. Dentre elas conseguiu ver o menino que procurava, ainda segurando a bolsa daquela senhorita.

- Lá está o moleque. - o sujeito voltou-se para a descida, para reportar à moça, no entanto Rebeca não estava lá e nem em lugar nenhum nas proximidades. A bolsa fora encontrada, entretanto sua dona sumira.


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Wild Hunt [Semana 05]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 5: O erro.

Com o Cervo nas garras da Corte do Pesadelo, eu precisava pensar rápido em um plano de ação. Eu poderia tentar derrubar os dois cortesãos de longe com minhas flexas. Apesar de ser de noite, a luminosidade do Cervo poderia me auxiliar nisso. Mas era arriscado. Diferente dos Krait, que eram praticamente barbaros em combate, os cortesãos eram sagazes, maliciosos e exelentes estrategistas. Um movimento em falso, e eu estaria em apuros. Eu tinha que agir.

Fui o mais sorrateiramente possível por dentro da caverna. Com poucas pedras onde me esconder, era cutucar onça com vara curta. Peguei uma pedrinha no chão, e lancei o mais forte possivel na direção onde a jaula e os inimigos estavam. Ela caiu batendo e fazendo barulho e chamou atenção deles.

-O que foi isso? -um deles indagou, puxando um arco.

-Não sei, mas aqui há muitas possibilidades. -o outro disse, pegando um cajado do chão, e aquilo me preocupou. Dos usuários de cajado em Tyria, havia pelo menos quatro possibilidades de profissão ali. E todas as quatro me dariam uma grande dor de cabeça. - Vá verificar, eu fico de guarda.

O com arco começou a se afastar. Era apenas o que eu precisava, separá-los para talvez ter alguma vantagem. Preparei meu arco para o disparo e mirei. Estava puxando a corda quando ouço um uivo agudo, seguido de rosnados e latidos. Vajra tinha entrado em combate com algo. Virei minha atenção no momento em que ele apareceu rolando caverna adentro, lutando com outro cão de caça maior, negro, e sua folhagem coberta por espinhos. Cometi um serio erro de julgamento aqui. O inimigo armado de arco, assim como eu era um caçador. E ele também tinha um companheiro. Ele preparou o arco para o disparo, mas agi primeiro. Minha flexa voou em seu braço, o ferindo e derrubando seu arco. Puxei a próxima flexa para ajudar meu cão, mas ele e seu adversário de moviam muito, um tiro em falso seria arriscado. Ele teria que lidar com essa batalha por hora.

O sylvari o qual atingi se recuperava do susto inicial, mas não lhe dei tempo de agir e atirei a segunda flexa o atingindo no peito desta vez. Ele caiu inconciente. Me virei para o outro inimigo, e ele não estava lá. Saltei de onde estava e comecei a olhar ao meu redor. De repente, fui atingido com força pelas costas, por uma força. Meu inimigo estava atrás de mim, e virei-me disparando minha flexa o atingindo. Foi quando um segundo golpe veio, dessa vez pela direita. Ele novamente.  Puxei meu arco, e um terceiro golpe me acertou me tirando o equilíbrio. Havia três deles agora e ao longe, um quarto mais atrás, rindo maliciosamente, debochando de mim. Uma classe de cajado me daria trabalho. Eu sabia exatamente o que ele era agora. Um Mesmer, mestre das ilusões, senhor dos truques mentais. Eu estava totalmente em desvantagem. Calculei mal meu plano e, agora, estava para pagar o preço por isto.


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“SentiMente” [Semana 05]

Autora: Silvia Verlene

Perdido...
Olho preocupado para RS-3, enquanto tento me sair de seu aperto para fazer algo por ele, que sempre me protege. Estou com a náusea ainda presente e parece ainda pior com a situação de ser um inútil nesta hora de tensão intensa e quase insuportável. “Tudo errado, está tudo dando errado... Por quê?...” E, em ter consciência de tudo, não consigo segurar a forte êmese que me acomete...

Em meio à minha reação, percebo a movimentação de RS-3 se levantando à minha frente, postando-se entre mim e nosso algoz remanescente, com um líquido amarelado escorrendo por seu tronco de titânio, exalando um odor que eu definiria como pútrido, apesar de suave e não se tratar de um ser humano, mas que me deixa ainda mais enjoado, piorando o vômito. O ciborgan não demonstra intimidação mesmo com a preparação de meu protetor em posição de embate corporal, seu único recurso no momento. Nesse instante, nosso inimigo prepara outra rajada de energia em seu brilho avermelhado se intensificando na saída da arma de feixes ao passo que mantém-se em nossa direção, firmemente. RS-3 não demora em se lançar sobre ele, com grande velocidade e precisão, deixando respingar seu fluido em mim, mantendo um rastro deste entre nós. A ação é muito fulgaz: RS-3 alcançando o ciborgan, este disparando um feixe que atravessa o corpo de meu parceiro passando por cima de mim com um zunido agudo rápido e iluminando tudo ao redor. Ouço um barulho metálico às minhas costas, no que, ainda nauseado, busco verificar e vejo quando o corpo do outro ciborgan cai perto a mim, sem a cabeça e mostrando uma estrutura complexa de metais, fibras, fios e uma espécie de gel azulado luminescente que escorre pelo chão espelhado do beco.

Estranho, por que um Ciborgan Governamental haveria de atingir seu próprio suposto parceiro apenas para nos capturar? Até seria explicável, afinal, como a falta de pudor na destruição citadina, tal fato poderia ser uma mera consequência da perseguição. Mas, nesse caso, entra uma outra questão: qual a minha real importância para os Implantários se eu, como um reles Matriz Zero não possuo poder para ser uma ameaça ao mundo criado por eles e sua existência vil – ao menos em minha concepção... Tudo o que desejo é viver, mesmo que afastado do que chamam de Alta-Civilização.

Ao virar-me retornando meu foco para meus parceiro e algoz, este já arrasta RS-3 pela cabeça e não demora em me agarrar, com o mesmo braço que segura sua a arma em posição de gancho, suspendendo-me colado ao seu corpo gélido.

“Eu disse para irmos, não foi?” Ele lança um pequeno cubo ao chão que se desmonta, literalmente, em pixels que formam um portal de luz branca.

“Você pensa alto demais; quero uma viagem tranquila.” Sinto minha cabeça pesar e meu corpo desfalecer quando ele arranca o curativo epitelial de minha cabeça com a boca, lançando-me nova dor fina e insuportável antes de entrarmos completamente no portal.


Ir para o próximo capítulo de "SentiMente"

Contos do Amante da Morte [Semana 05]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 04 – Mau presságio.

O inverno chegava, trazendo consigo o frio e a neve que se acumulava nos morros e telhados dos vilarejos. Os ventos gélidos mantinham as pessoas próximas às lareiras de suas casas.

Miguel, o caçula dos Blackwood, depois do súbito desmaio dias atrás, aparentava estar gripado. Como Marcos não podia deixar de trabalhar, os cuidados ficaram para a irmã. Matheus se ofereceu para ajudar, mas como noviço do templo da região, ele tinha obrigações que não poderia ignorar.

Quase uma semana tinha se passado desde então. Ao chegar ao casebre que viviam, Marcos logo avistou sua irmã dormindo sentada na cadeira próxima ao leito do irmão, Lirou se espreguiçava próximo ao calor do fogo, não dando muita atenção a chegada do maior. Marcos logo se livrou das mantas de neve e foi averiguar o estado do caçula que ardia em febre:

– Marcela acorde. Vá pegar água, por favor.

– S-sim! – a menina se levantou, ainda letárgica – Estou indo… – esfregando os olhos no caminho a cozinha.

– Miguel! Sou eu, o Marcos, já estou em casa.

– M-mano!? – entreabriu os olhos e tentou focar o rosto do maior.

– Como está se sentindo? O corpo ainda dói? – tentava disfarçar a preocupação na voz.

– Tá… faz parar, mano! – os olhos do menor marejavam.

Quando Miguel moveu a cabeça, era possível ver em seu pescoço manchas escurecidas e quando teve as cobertas retiradas, notou-se que havia mais edemas espalhados. O menor se inclinou para tossir e parecia engasgado com algo, Marcos o ajudou, notando como o irmão já tinha emagrecido dos poucos dias enfermo.

Passava uma das mãos nas costas do caçula que tremia todo o pequeno corpo com o esforço de tossir. Um mau pressentimento assombrava o mais velho que detestava aquela sensação de impotência:

– Marcela, onde está o que eu pedi?

– Já vou! Espere um pouco… – a voz era relutante.

– O que houve?

– N-nada… – o som era abafado.

– Precisa de ajuda?

Quando fez menção de se levantar, ouviu o som da porta de madeira se abrir. Matheus chegava coberto por uma fina camada de neve, trazendo consigo um cesto cheio frascos, o som do tilintar dos vidros chamou a atenção de Lirou que ergueu as orelhas.

– Como ele está? Alguma melhora? – Matheus se livrava do seu manto e botas.

– Ele ainda tem muita febre – com preocupação evidente na voz – mas… notei algumas manchas escuras na pele dele.

– Manchas? – a expressão do noviço mudou de imediato e ao ver o corpo enfermo do menor, virou-se sussurrando como se conversasse consigo mesmo – vinagre, isso mesmo. Acho que trouxe um pouco. – logo se aproximou do cesto que havia trazido remexendo nos vidros.

– Pra quê o vinagre, Matheus?

– Deixe que eu cuido disso, Marcos.

Marcela finalmente voltava, mas deixou cair o que trazia ao começar a tossir fortemente, Marcos se levantou para ajudá-la e quando se aproximou, notou manchas escuras no pescoço da menor. Um calafrio percorreu sua espinha.

“Ela chegou? Deixe-a entrar, afinal será sua primeira e última visita.”


Ir para o próximo capítulo de "Contos do Amante da Morte"

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Semana 4 + Resultado da semana 3 + Atividade Extra

Semana 4 do MONOBA

A quarta rodada de "novels" está no ar. Esta é a última rodada do mês! Será que eles superarão suas expectativas? Confira nos links a seguir, navegando pelo blog ou nos links que se encontram na aba de cada história.


Neocene II - nanoships: Capítulo 04 : Proxima-mente

Pepper & Donuts: Capítulo 04: Donuts 04: Aquela que eu não desejava mais ver

Nave Fantasma: Sistemas on-line

Filho das Profundezas: Parte 4 - Mergulho

Requiem: Estranho em uma Terra Estranha

Wild Hunt: Capitulo 4: Pesadelo.

"SentiMente" [Semana 04]

Contos do Amante da Morte: Capítulo 03: Aroma floral.


Esta é a última rodada do "mês". Semana que vem teremos, além do vencedor semanal, os melhores escritores do mês de abril. Então não deixe de ler e participar. Cada voto pode mudar o destino dessa batalha. Lembrando que a votação vai até às 23:59 do dia 23 de abril (quarta-feira). Já a quinta rodada de "novels" estará no ar no dia 25 de abril (sexta-feira). Não percam!

Gostaria, também, de agradecer pelas mais de 3 mil visualizações! Seu apoio é muito importante para os escritores e para o MONOBA. Muito obrigada!

Desejo uma boa leitura para todos! Divirtam-se!


Resultado da votação da semana 3

Com um total de 26 votos, orgulhosamente apresentamos os vencedores da semana 3 do MONOBA:

Em primeiro lugar, com 8 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em segundo lugar, com 5 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama (que disputou a colocação com "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm, em votação interna de desempate).
Em terceiro lugar, com 5 votos, a história "Nave Fantasma", de Lucas.

Em seguida temos Pepper & Donuts, de Adriana Yumi (4 votos); "Requiem", de Natalie Bear (4 votos); Wild Hunt, de Marlon Kalango (sem voto); "SentiMente", de Silvia Verlene (sem voto) e Neocene II - nanoships, de Moonlance (sem voto).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confiram o ranking geral na aba "Ranking".


Atividade Extra: Homenagem para os escritores

Agora vocês podem ajudar o seu escritor favorito a conquistar ainda mais pontos. A leitora Lil, de 24 anos, já fez sua homenagem à história "Contos do Amante da Morte", garantindo assim 1 ponto extra para a escritora Mari-Youko-Sama. Confira a bela homenagem de Lil clicando aqui.

Também quer fazer uma homenagem para o seu escritor favorito? Visite a aba de "Atividade Extra" e dê uma olhada nas regras. Esperamos pela sua participação!

Neocene II – nanoships [Semana 04]

Autor: Moonlance
Capítulo 04 : Proxima-mente

Alguns meses haviam se passado, e do sistema estelar de Platkus a nano-nave Miho tinha recém saído. A nova almirante, a manager Polly Kennathon, e suas colegas, estavam finalmente no espaço inter-estelar. Miho, em função de seu tamanho particular, podia viajar próximo à velocidade da luz; é claro que para os Pxychomotakkae cziplakton, viajar rapidamente pelo espaço não era algo ainda absolutamente imperioso, afinal de contas, se você nunca envelhece e se sua nutrição é garantida pela absorção de ondas eletromagnéticas dos próprios astros, qualquer pressa em se chegar do outro lado da galáxia precisaria ser melhor justificada. No entanto, os Trobotz tinham de fato aperfeiçoado as viagens espaciais para a Federação Galáctica, embora isso significasse uma desconfortável redução de tamanho – na realidade, uma transposição estrutural.

A nave Miho, agora chamada Neocene II, não tinha muitos aposentos, mas seus ambientes eram amplos ou aconchegantes, dispondo das necessidades essenciais para missões interestelares – inclusive o Planetarium, com a consciência exposta de Miho sendo emitida a partir da complexa esfera magnética. Mas 'Miho' não era somente a nave viva e mecânico-mutante Trobotz com propriedades auto-reparadoras: era também a avatar humanoide baixinha de mesmo nome (Miho), servindo de companhia à pequena tripulação (6 indivíduos) liderada por Polly Kennathon.

De repente, a Neocene II recebia um sinal de média frequência bastante aguardado: há poucas milhares de unidades astronômicas adiante, localizava-se uma gigantesca estrutura; a base-asteroide Nova, que era a fundação regente daquele setor, no limite da navegação segura. Haveria ali um Conselho, e a jovem Polly Kennathon era a representante oficial dos viajantes na velocidade da luz. Imediatamente, entusiasmou-se alegre a Capitã Tess-Stella Kacey – que tinha ficado muito orgulhosa com a sua gradação formal! Estava doida para conhecer presencialmente aquela estação cosmopolita da Federação Galáctica – e estava cansada das 'repetitivas' simulações cibernéticas desenvolvidas na nave com a programação de sua irmã. Mas, para frustração de Tess-Stella, Polly argumentou que aquilo não era 'turismo', e a equipe de contato já havia sido planejada havia semanas! – o que era verdade. Então, restou a Vicki Kirsken, a biologista, que também não compunha tal equipe, reconfortar sua amiga impulsiva.

De antemão, sabiam que a missão trataria de uma estranha ocorrência no Setor DX-587 adjacente: uma grande espaço-nave de tecnologia desconhecida, aparentemente abandonada, estaria a deriva naquele relativamente inóspita região, via de fluxo de poderosos raios cósmicos. A avatar Miho chegou na sala de estar da nave, ladeada por vidraças de polivitrilinta que davam para as estrelas e galáxias, e informou às 6 passageiras num tom monótono:

– Prezados; Orbitaremos a ionosfera da cidade-asteroidade Nova, em 5 horas, 13 minutos.

– Ahahah! MUITO OBRIGADA, Senhorita robô! – brincou Tess-Stella, entretendo-se com o curioso behavior Trobotz; a Capitã mal podia conter o quanto se divertia, como se a cena fosse naturalmente hilariante.

Seu humor contagiante só não afetou Polly, a qual se irritou com sua própria amiga, se levantou e disse brava, já indo embora para seu quarto:

– Ela não é um robô!! Assim, você vai magoá-la...!

– […] Tudo bem. – ainda disse Miho, impassível.


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Pepper & Donuts [Semana 04]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 04 - Donuts 4: Aquela que eu não desejava mais ver

- E-espere aí!! - grita Misaki, sem entender mais nada e tentando se desgrudar do abraço apertado - Quem é você?! É amiga do meu irmão?
- Vo...você não me reconhece mais, prima?!

A menina dos cabelos vermelhos encara Misaki com uma expressão desapontada, mas sem soltar a garota. Ela era mais baixa que Misaki e seus cabelos enrolados batiam até a altura do ombro, além de possuir uma aparência mestiça. E usava muita maquiagem, combinado com um conjunto de colares e brincos extravagantes, que junto com seu vestido de rendas estampadas, deu a impressão - pelo menos à primeira vista - para Misaki de que acabara de ver aquilo que as revistas de moda pareciam não dizer para fazer.

- Desculpe, mas...eu nunca vi uma menina tão...- Misaki tenta desviar o olhar das roupas  estranhas e finalmente se desgruda do abraço - er....tão....diferente...
- Hehehe! Aahh, sim! Claaaro! Eu estou um pouquinho diferente desde a última vez que nos vimos, não é? Mas sou euzinha! Sua única prima, Aiko!!

Nesse momento, um flashback de memórias inunda a mente de Misaki, como se um filme estivesse passando pela sua cabeça.

- Então, se lembra agora? Nós vivíamos brincando juntas!
- Não...não sei quem é você.
- M-mas...! Prima, nós...
- Eu não tenho prima nenhuma!!

Misaki, de cabeça baixa e sem demonstrar sua verdadeira expressão para Aiko, segue em direção ao seu quarto, andando a passos largos. Aiko tenta seguir Misaki até o quarto, até que ouve uma voz atrás dela a impedindo.

- Aiko, desista. Dê um tempo a ela.

Um rapaz alto, de cabelos azul-escuros e aparência oriental, vestindo um avental de pinguim, entra na sala carregando uma bandeja de chá.

- Mas Masaki...
- Deixe essa cabeça-dura sozinha por um tempo.
- Mas...eu não entendo. O que aconteceu...?
- Lembra quando você foi embora com seus pais pro Japão? Quando ela recebeu a notícia, ficou muito chateada e mentalmente bloqueou toda e qualquer coisa que pudesse ligar à você...mas não imaginava que ela estava escondendo isso até hoje.
- Não pode ser...e-eu sei que ela nunca respondia minhas cartas ou meus telefonemas porque o que fiz pra ela a chateou muito na época mas...mas eu não achava que ela ainda estava guardando esse rancor de mim.
- Minha mãe inventou um monte de desculpas pra não preocupar seus pais e você, mas no fundo ela sabia que não estava nada bem com a Miki. Afinal, não sei se você se lembra mas naquela época, ela era bem diferente.

Aiko abaixa a cabeça, com uma expressão que misturava culpa e tristeza, ao se lembrar da prima na época em que brincavam juntas. Masaki observa em silêncio, enquanto coloca chá em um copo de vidro, ao mesmo tempo em que um tom, quase que de sussurro, sai dos lábios da garota.

- Sim, eu me lembro...eu...fui a primeira amiga que ela teve.


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Nave Fantasma [Semana 04]

Autor: Lucas Suwgamm
Sistemas on-line

Um feixe azul emanava das mãos pequenas e femininas de uma figura miúda, que mantinha seus olhos fechados, concentrando nas informações brotantes em seus pensamentos, no qual, vinham diretamente do seu implante cerebral. Atrás desta imagem imóvel, havia uma maior, quase gigante, e não menos feminina, matinha seus braços cruzados, tiquetaqueando seus dedos.

— Quanto tempo mais vai levar? — Milene estava inquieta, em relação ao tempo de espera. Que já era muito, em sua visão.

— Não é fácil “hackear” um sistema desses, que só está operante com sua energia reserva e com você perguntando toda hora... só atrapalha mais ainda. — Samara milagrosamente mantinha sua concentração diante as insistentes perguntas da sua companheira.

Adiante das duas, era possível avistar Edgar em seu traje espacial preto, encostado em uma parede, também mantinha os seus braços cruzados, no entanto o seu rosto estava virado para cima, olhando para o teto. Do lado dele havia uma porta grande e parcialmente aberta, que continha sinais de arrombamento causados pelo grupo.No corredor adjacente a mesma, havia dois homens conversando.

— Calma Foster, ela está bem. — falava o homem mais baixo e largo, batendo com as mãos no ombro do mais alto.

— Não é Só com a Yukina que estou preocupado, primeiro,  nossos sensores de movimento ficam acusando presenças de algo que nunca aparece. Segundo, nossa comunicação foi cortada e você sabe oque isso quer dizer.... — olhava para Michael,  que mesmo usando capacete ainda era possível ver suas bochechas rosadas.

— Sei, Foster. – respirava fundo, pois era um sujeito de pouca calma – mas nem tudo poder ser o que estamos imaginado, as vezes a fuselagem dessa nave esteja atrapalhando nossa comunicação com a Alvorada e nossos sensores devem estar com problemas. — parou de falar e virou na direção das duas mulheres – Culpa sua Samara … você não faz a manutenção dos nossos equipamentos direito. — Falou com um tom mais alto através do comunicador do seu traje.

– Fique quieto seu boçal!!! Não vê que ela está tentando se concentrar no que está fazendo! — gritou Milene, como uma forma de extravasar toda sua frustração pela falta de ação ate o momento.

— Como que é? Eu sou o tenente aqui e você me deve respeito! — as bochechas de Michael passavam de rosas para vermelhas com o nervosismo.

— Desculpe senhor! — a moça batia continência – tenente das rosquinhas!

— Agora eu vou ai e você vai ver só. — Michael estava pronto para se mexer, quando foi interrompido pela mão de Foster que segurou o seu braço e o olhava com uma expressão  séria de reprovação.

— Dá para ficar quieto vocês dois, assim não vou conseguir terminar de... — Samara interrompeu sua frase e abriu os olhos – pronto terminei! — O fio de luz azulada sai da máquina, no qual estava trabalhando, e retornava lentamente para o buraco na mão do seu traje.

— Bom serviço Samara. Agora religue a força da nave, consequentemente o suporte a vida e a gravidade artificial. — Foster ditava as ordens para a garota  — Se preparem todos! Está na hora de tirarmos estes capacetes.


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Filho das Profundezas [Semana 04]

Autor: Marco Fischer
Parte 4 - Mergulho

Antes que o Capitão Faulkner terminasse de se apresentar, o garoto-peixe submergiu em um piscar de olhos, deixando no lugar onde estava apenas algumas bolhas que estouraram apressadamente nas ondulações de seu mergulho. Violka colocou as mãos sobre a cintura e deu um olhar enviesado ao Arauto do Vapor recém-chegado.

-Se saiu muito bem, Sir Faulkner, se assustar o garoto era o que você queria.

-Ah! Francamente, lady Violka! – respondeu o homem com um sorriso esnobe – Você fala como se fôssemos ineptos a ponto de deixar uma descoberta valiosa escapar assim! Antes de pisar nessa ilha nós a sondamos e verificamos a única saída submersa que nela existe. Não preciso dizer que nosso navio está ancorado justamente lá, com um grupo de meus homens a postos para capturar o espécime!

Violka arregalou os olhos, alarmada, e inclinou o corpo para mergulhar, mas foi interrompida pelo som dos marinheiros que seguiam Faulkner engatilhando seus mosquetes de cano duplo, adornados por engrenagens de cobre. Os nativos continuavam assistindo em silêncio, e deram um passo para trás ao verem as armas sendo apontadas.

-Fique onde está! – alertou o capitão em um tom alto, mas polido – Você pode acabar se machucando!

-Está mesmo me ameaçando, Sir Faulkner? – ela indagou encarando o homem com seus olhos negros e brilhantes, de cílios bem delineados. – Os Navegantes da Bruma também são aliados da Coroa, e você sabe o que costuma acontecer com traidores do Império.

-Ohohohoho! Não se exponha a esse ridículo, ‘capitã’! – respondeu risonho e sarcástico o Arauto do Vapor, seu olho de luneta refletindo o olhar irritado de Violka. – Sua esquadra não é mais do que uma feira modorrenta de vadios itinerantes. Vocês não possuem nenhuma autoridade nesse arquipélago, assim como não possuem em lugar algum!

O capitão se virou para dar uma ordem, mas ela foi interrompida pelo passo firme e pesado de Chefe Oke, brandindo sua larga espada koa, uma arma de madeira robusta que no lugar da lâmina tinha fileiras de grandes dentes de tubarão recolhidos respeitosamente nas praias das ilhas.

-Você também não possui autoridade nesse lugar, forasteiro! – disse o chefe tribal com sua voz poderosa – Essa ilha é nosso santuário aos espíritos do mar! Você perturba nossa Ohana com sua invasão!

Os marinheiros mudaram a pontaria de seus rifles para o chefe, que permaneceu impassível embora sua expressão fosse de hesitação. Ainda mais amedrontados, os guerreiros logo atrás tentavam acompanhá-lo, as mãos trêmulas segurando suas lanças rústicas.

Faulkner não teve tempo de ver Violka escapar, aproveitando a distração. Ele disparou com sua própria arma, mas já era tarde demais para conseguir atingi-la com a capitã for de vista na parte profunda do lago salgado. Com um suspiro de frustração, ele voltou seu olho bom para trás, enquanto a luneta que servia de monóculo continuava vasculhando.

-Mervyn! Estamos precisando de sua ajuda homem!

Com um andar vigoroso, um marinheiro enorme e musculoso trajando uma apertada regata e um escafandro surgiu dos arbustos, prestando uma continência e mergulhando com um salto exagerado.


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Requiem [Semana 04]

Autora: Natalie Bear
Estranho em uma Terra Estranha

O porto era simples, pequeno e antiquado, mas abarrotado de pessoas e navios cargueiros para todos os lados que se olhasse.

Rebeca estava aliviada por sair daquele pedaço flutuante de aço e pisar em terra firme outra vez. Tinha passado as últimas semanas descendo em portos, embarcando nos mais diversos tipos de navio, mas finalmente chegara ao destino final.

Estava seguindo, nos últimos três dias, o misterioso Lawrence, o qual não trocava quase nenhuma palavra com ela. Na verdade falava muito mais com Xerife do que com Rebeca, o que era um tanto irritante e decepcionante para a moça.

Duas noites atrás, sem aparente razão, aquele homem lhe salvara dos sujeitos que lhe seguiam desde que descera nos Estados Unidos, antes de pegar a última embarcação. Depois de uma hora escondida com o cachorrinho monocromático como companhia, Lawrence voltou com alguns hematomas e cortes no rosto, dizendo que os malfeitores não atrapalhariam mais sua viagem. A moça ficou receosa de perguntar o motivo, imaginando coisas horríveis que poderiam ter acontecido, mas deixou a curiosidade de lado, pois estava à salvo graças ao estranho.

Após esgueirar-se por entre várias pessoas, caixotes, redes de pescas e outras coisas, o sujeito chegou ao fim do trapiche e parou, voltando-se para trás.

- Tem fome?

- Sim. - Rebeca respondeu prontamente e só então percebeu que a pergunta fora para o cachorro, que respondera em um latido. Ela cruzou os braços e bufou, irritada.

- Vamos achar onde comer, Xerife.

- Vai continuar falando com o cachorro e me ignorando?- a moça perdeu a paciência e deixou a revolta escapar, mas logo arrependeu-se de te-lo feito -  Sinto muito por isso, foi muito indelicado de minha parte.

Lawrence observou Rebeca e esboçou um sorriso na lateral da boca.

- Do que está rindo? -retesou as sobrancelhas em aborrecimento.

- Seu sotaque.

- Oras. O que tem meu sotaque? - questionou com indignação - O seu americano-mexicano, sei-lá-de-onde é muito estranho também!

O sujeito deu a costas para ela e voltou a caminhada, sendo seguido pelo cãozinho.

- Ei. - correu atrás dele, carregando sua pesada mala em uma mão e a bolsa de couro na outra - Por acaso o senhor sabe onde fica uma cidade chamada Cuzco?

- Não.

- Mas conhece o Peru, certo?

- Não.

- Uhhhh! - coçou a cabeça, surpresa - Pelo menos sabe para onde está indo?

- Não.

Após praguejar ao receber aquela resposta, a mocinha parou, largando mala e bolsa para procurar o mapa na bagagem. Enquanto a abria e vasculhava os bolsos, um menino passou muito rapidamente por ela fazendo-a cair sentada no chão e continuando o caminho pela rua de paralelepípedos.

- Mas que falta de educação! - reclamou levantando-se e ajeitando a saia negra - Espere… - olhou em volta e percebeu que apenas sua mala maior estava ali, a bolsa sumira - Oh não! Minha bolsa! - gritou desesperadamente.

A coisa mais importante que possuía estava naquela bolsa e fora roubada.


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Wild Hunt [Semana 04]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 4: Pesadelo.

Descansei até o meio da tarde na vila dos silenciosos. Minhas feridas já pareciam melhores, e decidi seguir minha jornada. Eu precisava achar o Cervo Branco a qualquer custo, e salvá-lo dos servos do Dragão. Antes de sair da vila, a sylvari a qual havia me ajudado veio até mim para despedir-se e me dar um ultimo aviso.

-Bravo Etherdry, lhe desejo sorte em sua jornada. E, cuidado. Mais à frente você entrará nos domínios do pântano. Risen podem parecer seu maior desafio, mas não são. Há cortesãos do pesadelo lá!

-...! - Não contive minha surpresa. A Corte do Pesadelo são sylvari corrompidos. Eles escolheram renegar o sonho, e abraçar seu lado mais obscuro e maligno, indo para o pesadelo. Eles crêem que os ensinamentos de Ventari desviam os Sylvari de seu real proposito, e querem corromper o Sonho atravéz de seus atos de maldade. Se o Cervo cair nas mãos dos Cortesãos, seria terrível.- Eu devo ir agora, com mais pressa que nunca, então. Obrigado.

-Que a Fonte Abençoada guie seus passos, bravo guerreiro.

Segui floresta adentro. A tarde chegava ao seu fim, e eu sabia que me aventurar pelo pântano à noite seria arriscado. Em meu caminho, ainda lutei contra alguns Risen que espalhavam sua corrupção pela floresta. Então, percebi inquietação em meu cão de caça. Ele sentiu o cheiro de algo diferente. Fui mais além, por cima de um pequeno barranco, e procurei alguma pista. No chão, quase impercptível, pegadas de um animal. Cascos. Poderia finalmente ser o Cervo. Segui a trilha, adentrando enfim no pântano. O odor forte e a água de aparência poluida ao meu redor. Ficava cada vez mais difícil seguir o rastro com tão pouca terra seca.

A noite caiu, e a visibilidade ficou quase nula. Acender tochas aqui seria chamar muita atenção, então tive que contar apenas com a luz do luar. Não havia como buscar rastros assim. Decidi buscar por abrigo para passar a noite, e achei uma caverna. Parei na entrada... Havia luz lá dentro. Ordenei à meu cão que aguardasse do lado de fora, e me encaminhei em passos leves, caverna adentro. A luz ia ficando mais forte, e eu pude ouvir vozes. Espereitei com cuidado, e pude observar duas figuras mais a frente.

-Foi uma sorte e tanto essa captura. A Condessa vai ficar feliz em saber o que estamos levando para ela. - era um Sylvari, sua casca e folhagens em tons escuros.

-Ha! Eu vou levar credito nisso também. Tenho certeza que com isso, o Pesadelo vai se espalhar ainda mais no Sonho. Em breve vamos cumprir nosso real proposito, e libertar a mãe dos ensinamentos tolos do Centauro. - Outro Sylvari, na mesma coloração morbida. Ele deu um tapa em uma grande jaula de galhos.

Eu não fui rápido o suficiente, afinal. Dentro da jaula, estava uma criatura magnífica. sua própria luminescência era o que iluminava a caverna, sua aura de pureza. A Corte do Pesadelo o havia pego. Era o Cervo Branco.


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“SentiMente” [Semana 04]

Autora: Silvia Verlene

Vácuo...
Ainda somos atingidos pelo reflexo do lançamento da armadilha subsequente ao alcançarmos a esquina final do primeiro quarteirão em que chegamos. Sem hesitação, RS-3 posiciona-me lateralmente entre seus braços enquanto aproveita a velocidade constante alcançada para fazer das paredes do prédio vítreo ao nosso lado sua pista de atletismo, mantendo-me parcialmente ereto, como se eu estivesse de pé. Com meu parceiro em direção horizontal inicial, apenas busco conforto na nova posição, observando o surgimento de nossos algozes à esquina recém-dobrada. Focados, seguem-nos em crescente velocidade, disparando feixes contra nós. Manobrando de forma a impedir que sejamos atingidos, RS-3 começa a ascender o prédio, mudando completamente nossa rota de fuga do chão para o ar. Apenas sinto suas manobras em um turbilhão de aleatoriedades tão confusas quanto minha própria mente conturbada. Ao topo do prédio, já saltamos para outro menor, entre finas antenas de alumínio e fibra aglomerados, usando-as como rede de proteção para o disparo de mais uma armadilha cupular. Agora só vejo 3 Ciborgans, onde está o quarto?

Pulamos para outro prédio menor, corremos por seu parapeito, saltamos ao suporte ótico do outdoor com a propaganda de um restaurante-bar e suas atrações sedutoras, ao passo que dois dos três perseguidores nos alcançam. Em uma súbita mudança de percurso, RS-3 se deixa aproximar deles, aproveitando a gigante caixa de energia do quarteirão, disposta abaixo do outdoor, como arma, conectando à ela fios roubados das antenas pelas quais passamos, entrelaçando os inimigos em um choque intenso e findável. Estes já eram, só faltam mais dois...

Descemos usando parapeitos, muros e paredões dos prédios ao redor em contínua e desabalada movimentação. Não há tempo a perder a não ser por uma breve sensação incômoda de náusea, a qual mal consigo controlar devido à agitação veloz de RS-3 em sua corrida e acrobacias desvairadas, na tentativa de impedir que sejamos facilmente seguidos. É notória a minha percepção em relação ao desaparecimento de Ciborgans Materiais e Virtuais perambulantes enquanto atravessamos outros em nossa fuga. Se o fazem, é provável que devam algo ao Governo Implantário ou, no mínimo, sejam ativados por chips específicos para medo ou treinamento. Surpreendo-me como, em uma situação desta, nenhum pudor acerca de destruição seja considerado. Por outro lado, repreendo tal surpresa já que o mundo das sensações é um suposto “mito”, também um engodo, assim como toda a vida existente... Se é que eu deveria considerar vida o estado de existência atual em sua complexa simplicidade material, sem essência que não uma simulação do que deveria ser a realidade humana...

Mal desperto de meu devaneio e já nos vemos cercados pelos dois Ciborgans que havíamos perdido de vista. Imediatamente, um deles atira em nossa direção, no que RS-3 não consegue desviar a tempo e é atingido, caindo ao chão ainda me segurando. Vejo o Ciborgan que atirou em nossa direção, ao passo que seu companheiro jaz no chão atingido por seu disparo.

“Vamos!”, ele diz, aproximando-se de nós.


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Contos do Amante da Morte [Semana 04]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 03 – Aroma floral.

O outono já mostrava sinais de sua partida. Ao lado do casebre onde Marcos vivia. Um amontoado de madeira já cobria uma das paredes do chão ao teto e ele se ocupava partindo outro tronco. Seus dois irmãos menores brincavam junto ao lince das montanhas.

– Vocês três bem que podiam me ajudar! – enxugava o suor enquanto repousava o machado.

– Da outra vez eu fiquei cheio de farpas! – Miguel levantou as pequenas mãos na direção do maior – Ainda tem marcas, ó!

– Se você tomar cuidado, não se machuca, seu bobo! – Marcela ria do irmão enquanto se aproximava das lascas de madeira recolhendo-as com cuidado.

O pequeno se aborreceu e agitava as folhas secas com um graveto, o lince seguia os movimentos com o olhar atento.

– Sem desculpas Miguel, venha ajudar – com tom mais severo na fala.

O menor inflou as bochechas e juntou as sobrancelhas em uma careta infantil, jogou o graveto longe, bateu a poeira e se juntou a irmã no serviço.

O pequeno lince acompanhou o movimento do graveto e correu para entre as árvores.

– Lirou, não! Volta aqui! – Marcela largou os troncos e seguiu atrás do animal até ser parada por seu irmão mais velho

– Fique aqui e continue o serviço, eu vou atrás dele.

A menor acenou positivamente enquanto Marcos se encaminhava por entre a vegetação tentando ver o pequeno animal, o acumulo de folhas em nada ajudava. Quando pensava tê-lo avistado, o ruído de suas passadas logo se afastava.

Caminhou até perder de vista o casebre atrás dele, ao seu redor as árvores e arbustos tomavam conta da paisagem. Ouviu novamente o som das folhas remexidas e se aproximou agilmente:

–Te achei… – teve a fala interrompida ao se deparar com uma mulher de manto escuro, embora usasse um capuz, longos fios dourados de seu cabelo eram visíveis.

“Naquele momento pensei ter visto olhos dourados também, eu me lembro…”

Aos pés daquela figura estranha, Lirou ronronava amistoso, ela respondeu com um sorriso e abaixou-se para acariciar o pequeno. Logo o tomou nos braços, o animal não oferecendo resistência. A estranha se aproximou de Marcos e lhe entregou em mãos o lince:

– Acredito que era este que procurava. – a voz era melodiosa e Marcos teve a certeza de que aquela mulher não era daquele lugar.

– Obrigado – encarou-a, tentando decifrá-la. – Você não é daqui, está perdida por acaso?

– Talvez. – a mulher lhe devolveu um sorriso sorrateiro, mas não o encarou de volta. – Mas se algum dia me encontrar de novo, não serei mais uma estranha. – ela fez uma breve reverência e virou-se, tomando seu próprio caminho.

Marcos já ia lhe perguntar novamente, quando escutou passos vindos em sua direção. Virou-se por um instante e foi tempo suficiente para aquela mulher desaparecer deixando apenas um aroma floral no ar.

– Irmão! – Marcela o chamou, arfando da corrida – o Miguel… – seu rosto estava vermelho e choroso – ele caiu e não quer mais levantar!

“Nascemos sozinhos, mas só vivemos quando podemos estar junto de outros. No entanto, quando morremos, estamos sozinhos novamente.”


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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Semana 3 + Resultados da semana 2 + Atividade: Homenagem

Semana 3 do MONOBA

A terceira semana de "novels" acabou de sair do forno para você! Não deixe de conferir a continuação das oito histórias que estão disputando um lugar no pódio!


Neocene II - nanoships: Capítulo 03 : Todos a bordo?

Pepper & Donuts: Capítulo 03: Donuts 3: Visita inesperada

Nave Fantasma: Fim de jogo.

Filho das Profundezas: Parte 3 - Conflito

Requiem: Não Olhe nos Olhos de um Estranho

Wild Hunt: Capitulo 3: Os Silenciosos.

"SentiMente" [Semana 03]

Contos do Amante da Morte: Capítulo 02 - Folhas ao vento.


Desejo a todos uma boa leitura! Não se esqueça de votar na sua história favorita para ajudar o seu escritor favorito a chegar ao topo. A votação irá até às 23:59 do dia 16 de abril (quarta feira). Cada voto pode mudar o destino desta batalha. Participe! Sinta-se à vontade para comentar, mandar sugestões ou críticas para os escritores e também para o MONOBA.

A quarta rodada de "novels" estará no ar no dia 18 de abril (sexta-feira). Então não percam!


Resultado da votação da semana 2

Ao final de 6 dias de votação e totalizando 29 votos, parabenizamos os vencedores da semana 2 do MONOBA:

Em primeiro lugar, com 8 votos, a história "Requiem", de Natalie Bear.
Em segundo lugar, com 6 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em terceiro lugar, com 5 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer (que disputou a colocação com "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm, em uma votação interna de desempate).

Em seguida temos "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (5 votos); Wild Hunt, de Marlon Kalango (3 votos); "SentiMente", de Silvia Verlene (2 votos); Neocene II - nanoships, de Moonlance (sem voto) e Pepper & Donuts, de Adriana Yumi (sem voto).

Parabéns aos vencedores!
Confiram o ranking geral na aba de "Ranking".


Atividade: Homenagem para os escritores [Atividade Extra]

Se você pensou que poderia ajudar seu escritor apenas votando, alegre-se, pois agora você pode ajudá-lo muito mais!

Como eu posso ajudar meu escritor favorito?

Para ajudar o seu escritor ainda mais, basta homenageá-lo com ilustrações ou fanfics (textos criados por fãs, baseado em alguma história existente). Você pode fazer mais de uma homenagem por história ou de várias histórias. Deixe sua imaginação tomar conta! Cada homenagem valerá 1 ponto para o autor referido e, no final da atividade, as 3 melhores homenagens entrarão em votação, valendo mais pontos para os escritores. O prazo de entrega das homenagens é até às 23:59 do dia 23 de abril (quarta-feira). Envie seu trabalho para: midmisha@outlook.com com o título "MONOBA - Atividade Extra". No corpo do e-mail não se esqueça de deixar o seu nome ou apelido, idade e o nome da obra homenageada. As ilustrações devem ter tamanho superior a 600x600px e estar em .jpg ou .png. Já os textos devem estar em .doc, .docx ou .rtf e devem possuir no mínimo 160 caracteres (não utilizar abreviações e linguagem de "internet" como: vc, pq, eh, tbm, entre outros). Para maiores detalhes, dê uma olhada na aba "Atividade Extra".

Mas não pensem que vocês estarão sozinhos nessa corrida! Os escritores também mostrarão os seus talentos homenageando as obras de seus companheiros!

Todos os trabalhos enviados serão postados na nossa página do Facebook! Então fique de olho em www.facebook.com/mobilenovelbattle e não perca essa divertida batalha!

Boa sorte para todos!

Neocene II – nanoships [Semana 03]

Autor: Moonlance
Capítulo 03 : Todos a bordo?

No museu estratosférico, Tess-Stella Kacey encontrou-se com a amigável Vicki Kirsken – a biologista. As duas garotas por sua vez depararam-se, surpresas, com uma recém-chegada do espaço! Sim, AQUELA pessoa tinha enfim retornado! Mas que raios que não tinha avisado ninguém! Tess-Stella e Vicki – deixando Sasha Kacey entreter-se sozinha, em meio aos goles de sua inseparável grafteína, com a cyber-exposição da tecnologia Trobotz – correm na direção ao amplo balcão de recepção creme metálico, de onde Polly Kennathon as perecebeu de relance, mas um pouco cabisbaixa...

– Polly...!! - lançou Vicki com um franco sorriso, aproximando-se com certo acanhamento. – Estou muito feliz por você voltar!! Faz tanto tempo! Voltou mais cedo...? Por que você... – observando a reação adinâmica de sua amiga manager, a biologista inquietou-se.

– O que há com ela, hein, Kirsken? – indagou sem receios Tess-Stella, que vinha junto, apontando para sua amiga viajante do espaço.

– (Eu preciso investigar!) – respondeu-lhe Vicki, discretamente.

– Ahhh...! Será que ela não tá deprimida? – disse Tess-Stella, ao passo em que dava – super-feliz! – um vigoroso abraço úrsulo na frágil Polly, a qual mal conseguia se esforçar para sorrir ou balbuciar alguma palavra tímida.

– Polly...? – disse Vicki, que chegava na frente da impassível garota, mirando em profundidade seus olhos.

Foi somente depois do evento que se sucedeu, que Polly resumiu a conversar com as colegas de uma maneira um pouco mais normal...! Seus olhos ressecados, ela os fechara e deitara a testa no peito de Vicki Kirsken, que era mais ou menos da mesma estatura – um pouquinho maior talvez. Uma longa trajetória errática! um fracasso que talvez necessitasse de habilidade e energia para cicatrizar. Evidentemente, Tess-Stella Kacey – que continuava entusiasmada de qualquer jeito – resolveu chamar sua irmã a fim de lhe apresentar sua amiga. Talvez, pela cabeça de Tess-Stella passasse a intuição de que Polly e Sasha tinham tudo a ver...! – não que isso fizesse muito sentido.

* * *

Naquele dia, Sasha Kacey tinha ficado ainda mais intrigada, por ter conhecido alguém atualmente apto a dispor de uma nave Trobotz; é fato que os Kennathon tinham se tornado a organização responsável por aquela tecnologia e pelo seu uso no monitoramento de setores intra-galácticos. A notícia chocou Polly, que – pobrezinha – pedia agora tempo para pensar um pouco, e processar tudo o que aquilo significava para o futuro de seus concidadãos. Entretanto, a repentina realidade que se lhe impunha, logo ao pôr os pés em sua terra-natal, embaralhou sua mente e sentimentos, de tal modo a re-ativar nela algum brilho, em meio ao gris betuminoso e sonolento. Polly teria dito a Sasha, firmemente:

– Então, vou precisar na nano-nave, também de 1 quantificista, de 1 estruturalista...... Hmm... – “E o que mais...?” perguntava-se.

– Já prescrevi as indicações, Polly!! – estabelecia Vicki, contente por poder contribuir incisivamente.

– S-sério...? Obrigada, Kirsken. – disse Polly confusa, que é claro não contava com a caderneta de contatos de sua grande amiga. – … Ah! E também preciso... precisamos... – corrigia-se – de 1 adjunto!

– Ele já veio junto com a nave; e seu nome é 'Miho'. – afirmou Sasha, satirizando o suspense.


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Pepper & Donuts [Semana 03]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 03 - Donuts 3: Visita inesperada

O metrô no horário de almoço estava lotado. Muitas pessoas aproveitavam o horário para almoçar, voltar para casa ou simplesmente resolver suas pendências. Mesmo com tantas pessoas, Misaki conseguiu um lugar para se sentar em um dos assentos, próximo as portas de saída. Os pensamentos da garota estavam intensos, em sua mente haviam vários planos para o resto do dia.

“Hum...chegando em casa eu tenho que fazer os deveres de casa... que droga. Acho que tem tarefa de matemática e o tio passou um monte de exercício... Ah, fora que depois de amanhã acho que tem uma prática de laboratório... será que vamos explodir alguma coisa? Seria legal, hehe.”

Uma mãe e um garoto de 5 anos sentam-se na frente de Misaki após algumas pessoas descerem na estação atual. O garoto aponta pra cara de Misaki, que naquela hora apresentava um misto de empolgação e era possível ver um brilho misterioso em seus olhos.

“Ah, mas antes eu necessito assistir à luta livre! O grande e glamouroso Mosqueteiro Rosa estará lutando pela honra, justiça e glamour!!”

- Mãe, olha a cara dela!
- Diego! É feio ficar apontando pros outros!

Misaki nota o garoto apontando para ela e fica vermelha. Nisso, ela olha para a janela e percebe que perdeu a estação em que ia descer.

- Não!! Droga, parem esse trem!!

Descendo uma ladeira, Misaki faz uma cara de frustrada assim que recoloca os fones de ouvido.

- Droga...tive que descer na outra estação...ainda bem que daqui eu consigo chegar em casa...

A garota descia uma rua mais residencial onde passavam poucas pessoas, acompanhada das músicas de sua banda de rock favorita, que saiam pelos fones de ouvido. Enquanto caminhava ela assobiava a melodia das músicas que estava ouvindo, ansiosa para chegar em casa. Ao virar a esquina, já era possível ver o prédio amarelo onde morava. Misaki toca o interfone, o porteiro responsável a reconhece e abre o portão.

- Olá, senhor Arruda!
- Boa tarde, Misaki! Você parece feliz hoje! Arranjou um namorado na escola?
- Haha, que isso, senhor Arruda! Não tô em época de me preocupar com isso ainda.
- Como não? Eu tenho uma sobrinha da sua idade que já tá namorando! Tem que aproveitar essa época boa enquanto pode, porque depois é faculdade, é trabalho e você não tem mais tempo pra isso, não!
- Ah, eu tenho outras coisas pra me preocupar por enquanto!
- Sei, sei...seu pai fica de olho nas suas notas não é?

Misaki entra no elevador, animada e pensativa.

“ Finalmente vou ter um quarto só pra mim!! Eu quero colocar um mega poster do Mosqueteiro Rosa na parede! Bem, algo de bom tem que acontecer comigo nessa vida, não é? Ainda mais que meu terceiro colegial vai ser parado...”

Quando a garota abre a porta do apartamento, ela se depara com uma garota de cabelos vermelhos e roupas extravagantes, que a abraça fortemente.

- PRIIIMAAAAA!!!


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Nave Fantasma [Semana 03]

Autor: Lucas Suwgamm
Fim de jogo.

Outro cromo era colocado sobre a superfície transparente levemente azulada, um pequeno clarão roxo emanava do objeto posto. Logo após, acima da carta jogada, brotava a figura de uma fera com três cabeças de lobo. — Tema a minha besta de Urier! — Esbravejava Brian, apontando o indicador na direção de Yukina.

A moça oriental enrolava uma de suas mechas verde no seu dedo, enquanto visualizava o campo holográfico do jogo; parou de mexer no cabelo e fez uma careta pensativa, movimentando levemente o seu pequeno nariz. Retirou uma carta de um aparelho vermelho que ficava sobre mesa e colocou junto as outras guardadas em sua mão.

Abriu um leve sorriso – foi uma boa jogada, meus parabéns. No entanto...você perdeu. —  puxava um dos cartões em sua mão, quando, há alguns metros,  uma tela translúcida iniciava uma transmissão de Foster.

— Capitão Foster para Alvorada. Alguém na escuta? — Foster falava com uma voz apressada.

As cartas de Yukina caiam lentamente sobre a mesa, após a moça sobressaltar e correr na direção do monitor.

— Capitão, aconteceu algo? — Reparou no olhar preocupado do homem.

— Não sei lhe informar, nossos sensores estão se comportando estranhamente... — O video começou a falhar, cortando a mensagem de Foster.- Capitão?! Responda! Foster? — Segurou as laterias da tela com as mãos, enquanto encostava a testa na mesma.

Arregalou os olhos depois de um longo suspiro, olhou para o painel de controle da nave – Brian, não é mais hora de jogar, você será o meu co-piloto.

— Como? O que houve? — O jovem rapaz de pele clara estava confuso.

— Estão bloqueando o nosso sistema de comunicação – Yukina já estava sentando na poltrona do piloto.

— Bloqueando? Como assim? — Lentamente aproximava-se da cadeira ao lado da moça.

— Pare de perguntar, homem! E faça o que eu ordeno! — Usava um tom de comando, enquanto jogava a sua longa cabeleira para trás do assento.

— Sim senhora! — Moveu rapidamente o seu corpo atlético, sentando no lugar ordenado.

— Muito bem Alvorada, está na hora de um pouco de ação. — colocou as mãos nos braços da poltrona do piloto, fazendo a nave sair da hibernação, religando-se por inteira, inclusive, o motor.

— Agora você pode me explicar o que está acontecendo? — Indagava o co-piloto, ao mesmo tempo que mantinha seus olhos pretos fixados nas informações que emergiam em uma tela logo a frente.

— O nosso sinal com o resto da tripulação foi cortado. — Estava altamente concentrada, visualizando todas as imagens periféricas da nave, que era transmitido diretamente para o seu córtex visual – Te ensinaram na academia quem são os únicos capazes de bloquear a comunicação de um sistema da União?

— Desertores... — Brian expressava desapontamento na fala – Logo na minha primeira missão?!

Uma grande explosão branca surgiu na frente da cabine do piloto; no esmaecer da luz,  brotou uma nave escura, levemente maior do que a da tripulação de Foster, passando rapidamente pelos olhares de Yukina e Brian, que puderam observar uma grande caveira pintada no casco da nave.


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Filho das Profundezas [Semana 03]

Autor: Marco Fischer
Parte 3 - Conflito

-O que quer de mim? – perguntou o garoto anfíbio, flutuando de pé na água enquanto balançava os pés suavemente. –Veio me pedir uma graça?

-Eu vim lhe trazer uma graça – respondeu Violka se inclinando de leve, fazendo com que o Maleko notasse uma tatuagem de beija-flor sobre o ombro da capitã. – Vou te libertar desse lugar e levá-lo para conhecer o mundo.

-E quem disse que quero sair daqui? – respondeu o rapaz se afastando um pouco, com uma expressão contrariada. – Eu não vou voltar para o mar!

Violka suspirou paciente, olhando por um breve momento para trás onde estavam os nativos observando impacientes na areia antes de se voltar outra vez para o garoto.

-Você não pode continuar aqui por muito tempo. As pessoas que vivem aqui no arquipélago, os Hui, estão te tratando bem porque estão na estação de colheita, quando têm fartura de comida, e por isso podem dividi-la com os náufragos e visitantes. Mas daqui a alguns meses começará a estação das guerras, quando os clãs irão lutar entre si pelo controle das ilhas, e você vai acabar sendo morto na confusão.

O rapaz franziu o cenho, uma centelha de dúvida parecendo piscar em seus olhos de constelação. Ele hesitou antes de falar com desconfiança:

-Isso parece ruim... Mas porque você quer me levar? E para onde? Eu não sei nem de onde você saiu.

-Assim como não sabe de onde você mesmo saiu, se o que o pessoal ali atrás me disse é verdade. Não gostaria de descobrir? Eu poderia te ajudar se você viesse comigo.

-Não sei se quero saber – disse o Maleko desviando os olhos para a areia que se agitava no fundo com seu nado agora nervoso.

-Mas eu quero. Sou uma caçadora de histórias, e estou te oferecendo uma chance de encontrar a sua. Você pode vir comigo ou pode ficar aqui esperando até que os Hui comecem a brigar e você termine enfiado em um espeto como um peixe frito.

-Eu vou morrer de qualquer jeito se voltar para o mar – disse o garoto com uma careta de repulsa.

-Não se a gente estiver bem acima dele – a capitã retrucou com um sorriso enigmático, piscando um olho.

-O que quer dizer com isso? – o rapaz perguntou curioso, mas antes que tivesse qualquer resposta, um farfalhar chamou a atenção dos dois para a selva que rodeava o lago de água salgada, e dos arbustos floridos surgiu um senhor grisalho de costeletas com um longo casaco marrom, usando uma cartola baixa e um apetrecho dourado no lugar do olho direito que lembrava a extremidade de uma luneta.

-Peço perdão pela intromissão, cavalheiros! – disse o velho de forma cortês, apoiando o largo mosquete que usava nos ombros enquanto um grupo de marinheiros surgia atrás dele. – Mas em nome do Império de Windlan declaro que este espécime aquático está agora em posse de Vossa Majestade, e eu, Capitão Faulkner dos Arautos do Vapor, me declaro no direito de transferi-lo até o navio onde será estudado.


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Requiem [Semana 03]

Autora: Natalie Bear
Não Olhe nos Olhos de um Estranho

Aqueles dois outra vez…
O homem pálido, alto, que escondia a o topo quase calvo da cabeça com uma boina de lã e seu companheiro de delitos, mais baixo e de fortes ombros largos, com uma grande e assustadora barba loura espetada em seu rosto marcado por uma feia cicatriz na testa. Eles estavam metros atrás do sujeito que dizia chamar-se Lawrence, porém não ficaram ali por mais do que um minuto. Logo estavam avançando com certa pressa no passo, embora não parecessem interessados em correr até a moça. Talvez por causa do homem e seu cão parados bem no meio, de costas para eles.

Rebeca dava curtos passos para trás, esquecendo-se totalmente que Xerife e seu dono estavam entre ela e os malfeitores. Concentrava-se em procurar no ambiente à sua volta uma forma de escapar deles. Mesmo que corresse o resto do corredor até a parte mais ampla do convés, os homens provavelmente lhe alcançariam, já que não era uma boa corredora. A moça tentou, desesperadamente, abrir a “porta estanque” que estava logo atrás dela, na parede ao seu lado, forçando o giro do volante que a trancava sem sucesso. O objeto de aço não se moveria nem um milímetro.

- P-p-por favor.. Me.. Deixem…Ir... - a mocinha balbuciava em meio ao olhar catatônico, sem mais nenhum resquício de esperança de sair daquela horrível situação.

- Com licença. - o sujeito de boina pousou a mão sobre o ombro de Lawrence que continuava parado no meio do caminho, observando a garota em pânico.

- Não. - com um veloz e inesperado movimento do braço, o estranho de longos cabelos castanhos acertou o cotovelo no pescoço do sujeito que o tocara, conseguindo empurra-lo para longe de seu ombro. O calvo caiu sentado e atordoado, sentindo falta de ar.

O cachorro pareceu reagir ao ato violento do dono, correndo em disparada entre as pernas do meliante que ainda estava em pé, provocando sua queda.

- Xerife! - Lawrence chamou sua atenção, apontou na direção da mocinha às suas costas e assoviou. O cão deu uma meia volta, quase derrapando, e passou correndo velozmente ao lado do malfeitor que derrubara. O barbudo até tentou agarra-lo, para vingar-se do tombo dolorido que teve, mas o dono impediu, chutando o sujeito para trás e liberando a passagem de seu companheiro canino.

- Siga-o. - Lawrence comandou à moça e voltou-se aos sujeitos, que levantavam-se do chão e não demonstravam estar nada contentes com o que acabara de lhes acontecer.

Rebeca sentiu seu corpo petrificar novamente diante dos atos inusitados que presenciava. Suas pernas fraquejavam e relutavam em lhe obedecer e seus olhos não queriam abandonar os três homens que demonstravam estarem prestes a se confrontarem violentamente. Foi com um alto latido de Xerife que a  moça conseguiu retornar a si e reagir, virando o rosto no mesmo momento em que Lawrence sofria um violento golpe no maxilar. Ela seguiu o cãozinho correndo, sem olhar para trás, temendo o que poderia encontrar se o fizesse.


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Wild Hunt [Semana 03]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 3: Os Silenciosos.

Eu viajava há algumas horas pela Floresta Caledon quando, ao longe, pude ouvir barulhos inquietantes. Sons de luta. Apressei-me na direção da qual vinham, e avistei  uma pequena ilha, rodeada por um dos grandes rios. Nela havia uma aldeia, com os mesmos padrões arbóreos do meu povo. Eles estavam sendo atacados por Krait.

Os Krait são uma raça cruel de homens-serpente, que se espalham pelas águas de Tyria, destruindo e escravizando vilarejos e povoados próximos às fontes de água. Eles não tem pena, respeito, ou noção de bondade. Um povo alienado por uma religião fanática, que visa escravizar todas as outras raças. Mergulhei nas águas do lago, e nadei o mais rápido de pude em direção à ilha.  Sylvari sendo atacados e levados como prisioneiros, gritando e pedindo por ajuda. Não havia tempo a perder!

Saquei meu arco e dei voz de comando ao meu cão de caça. Ele avançou e pulou, veloz, sobre o primeiro Krait em seu caminho, o desequilibrando. Ele levantou sua adaga para atacar, mas ja era tarde, quando a primeira das minha flexas atravessou seu pescoço. Outros inimigos próximos me notaram, e investiram contra mim. Eu desviava dos golpes com agilidade e passos calculados, disparando flexa atrás de flexa. Meu fiel companheiro também me mantendo á salvo, atacando aqueles que eu não podia ver. Um dos Krait me pegou desprevenido, acertando um golpe na minha lateral. Eu poderia ter caido ali, mas dei outro salto, disparando cinco flexas em sequencia, atingindo-o. Após alguns minutos de batalha, uma patrulha proxima avistou o conflito e vinha em nossa direção. Os Krait, furiosos e perdendo cada vez mais homens, foram obrigados a recuar.

-aaaahhhgg -um deles, maior e melhor armadurado que os outros bradou. - vosscê, sssylvari asszul. Nósss nosss lembraremosss dissso!!

-E melhor que lembrem mesmo, Krait! - Eu rebati, ainda apontando meu arco, pronto para o disparo . - Deixe essas pessoas em paz. Não volte, nunca mais. Ou encontrará seu fim na ponta de uma das minha flexas.

Outro hissar de ódio, e ele desapareceu nas profundezas obscuras do rio. A batalha terminou, mas não sem casualidades. Alguns sylvari haviam sido mortos no confllito, e  outros feridos. Com a chegada da patrulha, eles estavam seguros por hora. Uma sylvari, de folhagem rósea, se aproximou de mim, com algo em suas mãos.

-Deixe-me cuidar das suas feridas. -Ela colocou em mim um unguento, feito de ervas. O alívio para o ardor do corte foi quase imediato. - Obrigado por salvar meu povo.

-Seu povo? - indaguei, confuso. - Somos todos sylvari, somos um unico povo.

-Não. Um dia fomos, assim como você, filhos da mãe árvore. mas não mais.

Eu ja tinha ouvido falar nisso. Atráves do Sonho, experimentamos o que o mundo nos oferece, e aprendemos. Mas assim como há alegrias, há tristeza no Sonho. Daqueles que vieram antes de nós, mas pereceram na jornada. Sentimos sua dor. Alguns não suportam, e cortam esse elo com a mãe.


-Vocês são os Silenciosos. O povo isolado.


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“SentiMente” [Semana 03]

Autora: Silvia Verlene

Estrondo...
Com a extinção da luminosidade, seguro pelos membros metálicos de RS-3, percebo-o levantando-se com veloz movimento, enquanto outra explosão luminosa nos abarca pela direita. A parede ótica, já não mais resistente, emite um som agudo de fibras óticas rompidas, enquanto a imagem se desfaz em foscas luzes coloridas falhas. Minha cabeça lateja em uma dor lancinante, à medida que meu corpo tremelica em um formigamento paralisante. Nesse meio tempo, RS-3 gira o corpo hábil, jogando-se por uma abertura oval na parede criada pela falha de dados, em meio ao céu iluminado de publicidade noturna, caindo entre textos e gravuras vívidas de propagandas sensitivas. Experimento os sabores doce, azedo, salgado e amargo; sinto os cheiros etéreo, aromático, balsâmico, ambrosíaco, aliáceo, empireumático, caprílico, repulsivo e nauseante; ouço ruídos, falas, músicas de todos os tipos e até mesmo momentos de silêncio; visualizo luzes de imagens aleatoriamente disformes com variantes de todos os padrões; minha pele recebe sensações de esmagamento pelo contato com o ar de temperatura oscilante pelo qual atravessa; o grande impacto se faz presente: chegamos ao chão. Agarrado ao meu parceiro, observo Ciborgans Civis entre prédios e transportes de luz; em poucos segundos de pouso e relaxamento corpóreo, os passos de RS-3 tocam firmes o piso imagético, alterando sua composição visual. Em nosso encalço, 7 Ciborgans Governamentais em alta velocidade descendente, atirando mais 3 bombas de energia. RS-3, sem hesitar, salta para um poste de titânio à frente, em seguida girando o tronco metálico em impulso contrário com direção ao chão, visando as crateras abertas pelas explosões, resguardando-se por suas paredes ainda aquentadas para diminuir a termopercepção de nosso material corpóreo. Três Ciborgans alcançam o chão já se direcionando a nós, enquanto os demais iniciam o modo de desaceleração flutuante, em círculo, no intuito de nos cercar para a prisão cupular, estratégia mais usada para eventos de captura Rebelde Ciborgan. Em sua atitude sempre lógica e planejada, RS-3 toma outro impulso, saltando de cratera em cratera, acelerando a cada metro percorrido, rotacionando de um lado para outro sempre que necessário para aproveitar ao máximo sua composição ciborgue ao fazer as manobras de fuga. Ouço o barulho característico de preparação do lançamento da Armadilha Cúpula quando já estamos saindo da terceira cratera, mas não me alarmo a não ser em olhar para os Ciborgans flutuando, já lançando energia por suas palmas esféricas dentro de nosso raio de alcance. Em um feixe simples de movimento, RS-3 cambalhota atingindo o primeiro inimigo terrestre à direta com um impacto corporal certeiro, cabeceando o segundo à frente e chutando longe o que chegava por trás, aproveitando o refluxo para um ganho de velocidade ainda maior, conseguindo nos tirar do raio de risco. A este momento, os quatro inimigos aéreos já preparam outro lançamento da armadilha, à medida que meu companheiro e eu fugimos rapidamente por entre as construções cibernéticas dos arredores...


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Contos do Amante da Morte [Semana 03]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 02 – Folhas ao vento.

As trilhas que uniam os vilarejos daquela região serpenteavam a paisagem em linhas tortas de terra batida vermelha. Marcos guiava sua velha carroça que rangia sobre cada deformidade que a estrada mostrava, seu irmão do meio, Matheus, era um silencioso acompanhante sentado junto aos sacos carregados.

O vento de outono balançava as árvores e era o único som durante horas de viagem. Marcos lançava olhares discretos em direção ao irmão que aparentava estar em algum tipo de oração muda. Era sempre daquela forma, desde o falecimento da mãe deles, aquele “silêncio” se repetia quando ficavam a sós. Finalmente a carroça parou em uma bifurcação:

– Daqui você segue sozinho. Devo regressar em dois dias, fique de olho nos menores, certo?

– São apenas crianças... – comentou desinteressado.

– Algo errado? Você é normalmente calado, mas não distraído Matheus. O que lhe atormenta os pensamentos?

– Atormenta? Parece muito ciente do que estou pensando meu irmão… – finalmente encarava o maior. – Você ouviu a “boa nova”? – o escárnio evidente na voz.

– Acredito que as fofocas cheguem aos templos primeiro. – com certeza era uma balela dita por algum sacerdote, embora se fosse aquele boato, já tinha escutado. – O que seria então?

– É a prova do nosso abandono! – o rosto dele se contorceu em uma careta. – Eu sempre lhe disse que ele nunca se importou conosco e eis a comprovação desse fato. – sua expressão era um misto de raiva e desaprovação.

– Então é isso… – coçou o queixo – Até onde eu sabia era um “boato”. – se a conversa chegou nele, isso explicava a raiva do menor.

– Talvez não tenha entendido, mas vou esclarecer. – com voz levemente alterada. – nós fomos trocados, rejeitados como se fôssemos… ilegítimos. – a última palavra saiu com nojo.

– Você sabe que ele e nossa mãe nunca tiveram uma união em templo. – a voz era neutra. – Então, você que é estudioso… o que isso faz de nós?
As palavras não ousaram sair da boca de Matheus, ele estava tão ciente quanto Marcos e por isso não conseguia responder.

– Aos demônios, Marcos! Nós temos nossos direitos! – o comentário tentava convencer mais a si mesmo.

– Sabe por que você não se chama Matheus, O Noviço? – lançou um olhar afiado para o irmão. – “Blackwood” é a madeira da sombra, ou seja, a parte da árvore que fica no escuro. Nossa mãe dizia: “nós somos as raízes dele, é onde ele está seguro”. – lhe sorriu carinhosamente – O que ele tinha de fazer por nós, ele fez, somos livres, diferente desse nosso novo irmão.
O último trecho atingiu Matheus como um soco no rosto até finalmente alguma palavra sair de sua boca:

– Eu acho que entendo. Você sempre enxerga o melhor dos outros, meu irmão, espero que um dia isso não seja sua ruína. – despediu-se com um aceno breve e seguiu seu caminho.
Marcos acompanhou com o olhar até o irmão desaparecer de sua visão, para logo após partir com sua velha carroça.

“Máscaras: todo indivíduo usa, escondendo seus desejos e seu verdadeiro ser. Por quanto tempo elas podem ser mantidas?”


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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Nova rodada [Semana 2] + Resultado da votação da semana 1

Semana 2 do MONOBA

A segunda rodada de "novels" já está no ar! Confira as histórias nos links abaixo ou navegando pelo blog. Lembrando que os links também estão disponíveis na aba de cada história!


Neocene II – nanoships: Capítulo 02 : Formando estruturas / Estruturando formas

Pepper & Donuts: Capítulo 02 - Donuts 2: Conversa entre amigas

Nave Fantasma: Um sinal no Escuro.

Filho das Profundezas: Parte 2 - Estrelas

Requiem: Quando o Vento Selvagem Sopra

Wild Hunt: Capitulo 2: A Árvole Pálida.

“SentiMente” [Semana 02]

Contos do Amante da Morte: Capítulo 01 – Dias de Outono.


Boa leitura! E não se esqueçam de votar na melhor história da semana 2! A votação vai até 23:59 do dia 09 de abril (quarta-feira) e a terceira rodada de "novels" estará no ar  no dia 11 de abril (sexta-feira).
Sintam-se à vontade para deixar suas impressões, comentários, críticas ou sugestões para o MONOBA ou para os escritores. Não deixe de acompanhar as novidades www.facebook.com/mobilenovelbattle.


Resultado da votação da semana 1

Foi uma competição acirrada, mas ao final de 6 dias de votação e com um total de 33 votos, orgulhosamente apresentamos os vencedores da primeira rodada de "novels"!

Em primeiro lugar, com 9 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em segundo lugar, com 7 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em terceiro lugar, com 5 votos, a história "Requiem", de Natalie Bear (que disputou a colocação com "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm, em uma votação interna de desempate).

Em seguida temos "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (5 votos); "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (3 votos); "SentiMente", de Silvia Verlene (2 votos); "Wild Hunt", de Marlon Kalango (1 voto) e "Neocene II - nanoships", de Moonlance (1 voto).

Parabéns aos ganhadores e boa sorte para todos nesta segunda rodada!

Neocene II – nanoships [Semana 02]

Autor: Moonlance
Capítulo 02 : Formando estruturas / Estruturando formas

– Ainda tá nesse 'troço', mana?! – reclamava Tess-Stella para sua irmã.

Mas Sasha não respondia; só disfarçava um sorriso irônico, enquanto se mantinha concentrada, e também aproveitava para beber mais um gole de sua infusão escura – da qual era viciada, e sempre andava com uma xícara recarregável na mão, especialmente no ofício, ou no óscio – ou seja, quase sempre!

– Que tédio! Vamos passeaaar...!! – insistia Tess-Stella, sinalizando cansaço no tom de voz.

Tess-Stella era grandota de estatura, o que de certo modo contrastava com seu jeitão infantil – e além disso, não era comum existirem pessoas tão cabeças-duras quanto ela. Tinha sempre um largo sorriso estampado no rosto, e mirava tudo com seus grandes olhos redondos e curiosos, mas seu olhar tinha um aspecto voraz – talvez pelas pupilas miúdas em relação ao tamanho das írises –, e parecia-se com o olhar de uma ave predadora. Finalmente, tinha longos cabelos loiros bem aparados, de um tom ocre brilhante, e que lhe desciam pouco abaixo da cintura.

Então, Sasha respondia, rápida e resoluta, em meio à sua atividade:

– Ainda não terminei minha tarefa!

– ... Isso nem é trabalho...! É jogo! – Contestava Tess-Stella (e com razão parcial!), já sem muita esperança. Porém, como ela aparentemente não obteria resposta àquilo, acabou topando com uma outra ideia, que, esta sim, poderia mudar o rumo das coisas: – E aquela nave 'cyborg'? Você não queria vê-la...?

Imediatamente, Sasha interrompia sua análise e síntese topodigital, engasgando-se intensamente; ela de fato tinha quase se esquecido daquela que seria – pelo menos em seu próprio ponto de vista computacional – a exposição inter-estelar “do século” em Plaktus. Isto é, resumidamente: os Trobotz, a civilização robótica de IA emancipada, desenvolvida originalmente pelos próprios Pxychomotakkae czitopos, vinha brindar a Confederação Galáctica com um de seus mais recentes modelos tecnológicos cooperativos: a nave Miho. E Sasha Kacey ansiava havia muito tempo para ter contato com aquele tipo de entidade; quanto a sua irmã mais nova – à qual Sasha chamava carinhosamente ora de “Tess”, ora de “Tonta!” – ela também alimentava curiosidade pela tecnologia Trobotz, é claro, porém seu modo investigativo era muito distinto – Tess-Stella não realmente se interessava tanto pelo que os outros realizavam; por outro lado, não era raro ela se enfiar em sua própria torre de marfim, quando lhe palpitava na mente alguma ideia maluca...!

–  Kirsken!! Venha já para o Museu da Orla Espacial!!!!!!! Vamos comer!!! – tal foi o recado enviado de Tess-Stella para sua amiga Vicki, antes de sair – sendo empurrada sistematicamente por Sasha, a fim de que se apressassem.


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