sexta-feira, 25 de julho de 2014

Semana 18 + Resultado da semana 17 + Homenagem de Agosto

Semana 18 do MONOBA

A semana 18 já está no ar! Para ler as histórias basta clicar nos links abaixo, na aba de cada obra ou simplesmente navegando pelo blog. Infelizmente, esta semana não temos "Neocene II - nanoships", "Pepper & Donuts" e "Requiem". A votação ficará disponível até às 23:59 do dia 30 de julho, então não deixe de votar na sua história favorita! E fique de olho: a semana 19 estará no ar em 1º de agosto! Boa leitura e divirtam-se.


Nave Fantasma: Tubos.

Filho das Profundezas: Parte XVIII - Água-Viva

Wild Hunt: Capítulo 17: Começa o confronto.

Contos do Amante da Morte: Capítulo 16: Ter ou não ter.


Resultado da semana 17

Com um total de 17 votos, o MONOBA apresenta os ganhadores da semana:

Em primeiro lugar, com 8 votos, a história "Conto do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 5 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 2 votos, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi.

Seguidos de "Requiem", de Natalie Bear (1 votos); "Wild Hunt", de Marlon Kalango (1 voto) e "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (sem voto). "Neocene II - nanoships", de Moonlance, está a nove semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá oito pontos negativos (-8).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Homenagem de agosto

Não deixe de enviar sua homenagem para seu escritor favorito. Além do presente que ele estará recebendo, também o ajuda a conquistar mais pontos! Cada homenagem vale 1 ponto e você pode fazer quantas homenagens quiser. As homenagens podem ser ilustração ou fanfic (texto escrito por fã, inspirado em uma obra existente). E o escritor ainda tem mais chances de ganhar pontos com a votação da melhor homenagem que é feita pela nossa página no Facebook: www.facebook.com/mobilenovelbattle. Saiba como enviar sua homenagem em "Atividade Extra". Você tem até o dia 6 de agosto para entregar e o tema deste mês é livre. Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 18]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 18]

Autora: Adriana Yumi

- Sem capítulo esta semana -

Nave Fantasma [Semana 18]

Autor: Lucas Suwgamm
Tubos.

Já fazia alguns instantes que o sujeito de trajes negros estava parado de frente a entrada de uma sala penumbrada, seus companheiros já estavam muito a frente dele quando perceberam sua ausência. Voltaram por todo caminho percorrido, preocupados, pois não sabiam o que havia acontecido com o seu colega.

Alguns metros para trás, no corredor, encontraram a estátua de Edgar, com olhar fixo para uma câmara, escura, por um breve momento ficaram confusos com tal atitude, chamaram o seu nome, mas ó mesmo não respondia e aos poucos, Samara tomou a dianteira do grupo e foi se aproximando de Edgar, quando chegou perto soltou um grito, ao visualizar a sala.

Milene rapidamente correu na direção da companheira, seguida pela corrida desajeitada de Michael.

— O que houve?! — Exclamou a gigante para a menor.

— O...Olh.... — a moça miúda estava apavorada não conseguia falar, no entanto conseguiu apontar o dedo para a sala negra.

Seus outros dois companheiros miraram sala adentro e imediatamente fizeram caretas de espanto, pois avistaram não uma sala, mas um salão, cheio de tubos enormes que continham silhuetas familiares para eles.

— Nêcromos?! — Os olhos redondos de Michael se arregalaram.

Edgar finalmente se mexeu e correu para dentro do salão, ao entrar, as fileiras separadas de luzes foram acedendo, uma por uma.

 — Mas o que é isso? — Indagou o ser de cavanhaque delimitado, ao confirmar que eram realmente Nêcromos dentro dos tubos gigantes, quando o último conjunto de luzes ascendeu.

— Um laboratório cheio de Nêcromos?! — Disse o homem loiro ao se aproximar do moreno – Em uma nave da União?

— Estão produzindo essas criaturas? — A enorme ruiva perguntou a Michael.

— Quem está produzindo eles Milene? — o rechonchudo virou-se para Milene.

— Quem mais? Os Renegados! — Milene apontou aleatoriamente para uma direção. — Agora está tudo claro, quando entramos dentro dessa nave, devemos ter acionado um alarme, momentos depois uma nave Renegada veio aqui para matar os intrusos, que violaram o laboratório secreto deles!- Milene agora pontava para os tubos na sua frente.

— Não sei...eles pareciam tão surpresos quanto a gente, quando …. isto atacou todo mundo – Samara interrompeu as deduções de Milene.

— O governo deles não deve ter informado isso para eles. — Milene ficou um pouco emburrada após a constatação de sua amiga — De qualquer modo, vamos destruir todo esse laboratório, antes que mais saim de dentro destes tubos.

— Ainda não – Interrompeu Michael – Samara tem um computador enorme ali, invada ele e tenta descobrir algo.

— Que coisa inútil — a musculosa mulher murmurou para o homem de grande cabelo negro.
— Enquanto isso Milene e Edgar vão cuidando dos preparativos para a destruição desse local – Michael olhou severamente para Milene.

Os três começaram a se mover, cada uma para fazer as suas respectivas tarefas ordenadas, enquanto isso Micahel tentava achar alguma resposta para isso, ninguém sabia como e o porque os Nêcromos foram criados. Esse laboratório era um achado único, poderia ter algumas respostas para tais perguntas, no entanto ele também tinha receio delas, afinal essa era uma antiga nave da União.


Ir para o próximo capítulo de "Nave Fantasma"

Filho das Profundezas [Semana 18]

Autor: Marco Fischer
Parte XVIII - Água-Viva

-Como conseguiu cortar meus braços com esse alfinete? – sibilou a oriental da Ordem do Peixe Diabo enquanto novos tentáculos cresciam através das largas mangas de seu vestido. Violka desviava com graciosidade da floresta de cipós venenosos que tentava agarrar seu corpo, enquanto Pesha apenas observava com lágrimas nos olhos, tremendo com a dor das queimaduras de água-viva.

-Antes de te responder, é bom que pense em uma maneira de me dar satisfação por ter machucado um membro de minha tripulação, monstrenga. Ou vou cortar bem mais do que seus braços. – Violka não estava só provocando dessa vez. Ela estava séria sobre isso. Sua tripulação era como sua família, e machucar aqueles que compartilhavam de seu caminho era uma ofensa difícil de perdoar.

-Vocês estão de posse de uma criatura que nos pertence! – gritou a mulher dos tentáculos enquanto os girava e sacudia tentando acertar a capitã, de forma parecida com a de alguns artistas marciais quando usavam longos chicotes ou fitas.

-Ele não é posse de ninguém! – rebateu Violka após esquivar dos golpes com uma veloz acrobacia, dardejando como um colibri até conseguir se aproximar mais e cortar os dois feixes de tentáculos quase rentes às mangas da outra mulher. – Seu veneno pode ser potente, bruxa do mar. Mas seus braços são tão frágeis que se desmancham até mesmo com a batida de asas de um passarinho.

-Patético! Então acha que pode nos enfrentar e adotá-lo como um órfão qualquer das docas? Porque você acha que pode fazer isso? Capricho? Ignorância? Ou você acha que é algum tipo de heroína o salvando de um destino que nem mesmo compreende?

Violka apenas ergueu a cabeça e colocou a ponta da espada sobre o pescoço da bruxa do mar, sorrindo enquanto respondia.

-Nenhuma dessas coisas. Para mim, ver a expressão de frustração no rosto de alguém que julga poder controlar outra vida é o suficiente.

Violka sentiu algo se mover sob a ponta de sua lâmina, e conseguiu recuar bem a tempo de se proteger do jato de gosma ácida que a oriental cuspiu em sua direção. Aproveitando a distração, a mulher fugiu para o interior da construção na ilha, desaparecendo na escuridão.

-Pesha. Você deve voltar ao navio. – disse a capitã embainhando a arma e olhando com preocupação para o rapaz ferido. – Eu vou segui-la e descobrir o que afinal está acontecendo aqui.

O naturalista assentiu com a cabeça, terminando de abrir sua bolsa e derramando vinagre sobre as queimaduras para neutralizar o veneno. Cada movimento era uma careta de dor, e ele definitivamente só atrasaria Violka se resolvesse ir com ela.

-Só espero que sobre algo que eu possa apresentar para a academia. Já foi muito arriscado vir até aqui. Sair com as mãos abanando seria uma catástrofe científica.

Violka apenas sorriu e balançou a cabeça enquanto ele descia a trilha de volta para a praia. Então respirou fundo e adentrou as ruínas de Ula-Yhloa, preparada para lidar por si mesma com o que quer que estivesse esperando lá dentro.


Ir para o próximo capítulo de "Filho das Profundezas"

Requiem [Semana 18]

Autora: Natalie Bear

- Sem capítulo esta semana -

Wild Hunt [Semana 18]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 17: Começa o confronto.

Era uma visão impressionante. Centenas e centenas de soldados, todos marchando na mesma direção, munidos de artilharia pesada e montarias de batalha. Mais à frente, próximo à parte mais elevada de um dos picos, três enormes canhões de guerra atiravam para cima, tentando derrubar o dragão que sobrevoava e eventualmente lançava ataques para baixo. Eu e Arawn iamos em um dos pelotões adiante, onde alguns dos soldados distribuiam lança foguetes para alguns outros, e vieram até onde estavamos.

-Não precisamos disso, - Arawn falou. - temos nossas próprias armas.

-Oh, tenho certeza disto. – o soldado disse, entregando os lança foguetes mesmo assim. - Mas se o Garra cair, vocês vão precisar destes aqui. Armas comuns não surtem efeito na couraça da besta, e dizem os rumores que ele é capaz de conjurar gigantescas paredes de gelo que o protejem de ataques mais poderosos enquanto ele ataca em segurança.

-Vamos ficar com as armas. - disse, me lembrando imediatamente do sonho. - Desta vez, Arawn. Este não é um inimigo comum, como os Svanir.

-...- Ele respirou fundo, mas aceitou a arma. Não podiamos baixar nossas guardas aqui. - Tudo bem, meu amigo. Vamos enfentar esta besta.

Logo alcançamos o lugar onde estavam os canhões. Um comandante dava ordens aos canhoneiros, e vários soldados mechiam constantemente em suas engrenagens enquanto outros atiravam. O dragão desviava dos tiros em evasivas aereas, outros disparos as vezes o acertavam de raspão. O comandante veio mais afrente em determinado momento.

-Os canhões foram ajustados. Mesmers, magia de aceleração temporal em todas as três unidades! - Os mesmers começaram seus encantamentos, e os canhões ganharam uma leve aura lilás. O comandante mantinha os olhos no céu. - Mirrar na altura dos picos... esperem. - O dragão se aproximava, a tensão palpável no ar. - Esperem... DISPARAR!

Os três canhões dispararam ao mesmo tempo, suas balas ainda envoltas na magia de aceleração temporal. O dragão se preparava para mais um rasante, quando os projeteis aceleraram a uma velocidade incrivel, o acertando em cheio. Um rugido surpreso ecoou pelas montanhas enquanto a fera caia, e a terra tremeu com seu impacto. O Garra estava no chão!

-TODAS AS UNIDADES DE TERRA, AVANÇAR!! - O comandante bradou, enquanto o exercito marchava em direção à besta ainda desnorteada. - Todos os soldados estejam com suas charrzokas para poder ferir o dragão! Elementalistas da brigada medica, estejam a postos para tratar feridos! Necromantes peparem servos para distrair os icebrood. Rangers mantenham seus animais afastados em posição defensiva. Mesmers, magia temporal e campo de reflexão nas tropas. Avancem!

Era a hora da luta, enfim. Desta vez, lutaria com o Garra mas não em sonho. Dei a ordem ao meu cão que ficasse em guarda. Avançamos colina acima. O dragão se erguia novamente, e deu um grito ensurdecedor. Uma onda de vento tão gelado que cortava a pele nos atingiu, parando-nos um breve momento. Continuamos a avançar. Desta vez, nada iria nos deter. Desta vez, seria uma real luta até a morte.


Ir para o próximo capítulo de "Wild Hunt"

Contos do Amante da Morte [Semana 18]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 16: Ter ou não ter.

O céu estava límpido de nuvens e o calor era intenso, embora dentro do forte do posto de Súlinm as rochas mantivessem o interior frio e escuro. Gernot abria um sorriso em resposta à expressão aflita do jovem Blackwood:

“Nenhuma” é exagero, mas também não restam tantas alternativas.

– Não entendo aonde quer chegar – Marcos observava confuso, sem conseguir imaginar até onde aquela conversa o levaria.

– Você sabe quais são os dois tipos de homens que vão à guerra?

– Dois tipos? – A expressão se contorceu em um aceno negativo.

– Isso mesmo. – o capitão fez caminho em torno da mesa de carvalho. – Podemos separá-los em: homens com honra e os sem honra.

Marcos não retrucou, mas em seu âmago admitia que fosse possivelmente um “homem sem honra”.

– Os homens com honra são como seu falecido capitão: Solomon, que apesar de saber que a melhor opção na noite passada era a rendição, não o fez. Consegue imaginar por quê?

Marcos se ateve apenas a acenar negativamente, afinal não conseguia imaginar Solomon errando na estratégia da noite passada. Tinha admitido a vitória do inimigo pelo simples fato de acreditar que Eadgar era mais forte desde o começo.

– Para homens com honra, a rendição é pior que a morte, jovem Blackwood. – a suavidade escapou de sua fala, tornando-se mais séria à medida que a conversa prosseguia. – Cada homem segue apenas a um Senhor, então: “Antes morrer com honra, do que viver sem ela”.

Embora ouvisse perfeitamente as palavras do capitão de Eadgar, o conceito parecia difícil de digerir.

– Já para os homens sem honra, mesmo que estes também tenham um Senhor, sua prioridade não é a servidão e sim a sobrevivência. – lançou um olhar atento, como se finalmente tivesse chegado onde queria. – Mesmo sendo obrigados a guerrear, o objetivo é: voltar vivo.

Marcos baixou a cabeça, engolindo em seco, será mesmo que além de covarde, ainda era um homem sem honra?

– Então Blackwood, eu tenho uma proposta e uma pergunta. – Gernot sentou-se novamente. – Eu quero que você convença Dastan a se render a Eadgar. – fez-se uma breve pausa, enquanto o Capitão de Eadgar lia as expressões de Marcos. – Saindo hoje, você chegará a Haldris no equinócio de Outono. E terá até o festival do início de inverno para fazer Dastan se pronunciar publicamente sobre. Mas… antes de fazer qualquer escolha, me diga: que tipo de homem você é?

Marcos engoliu em seco e ponderou, não sabia o que responder, mas era sua chance de voltar vivo e cumprir sua promessa:

– Não sou nenhum desses homens, pois se disser que tenho honra, é o mesmo que negar sua proposta, então eu seria morto, mas… dizer que não tenho honra, é o mesmo que confirmar que não pode confiar que cumprirei nosso acordo, logo eu seria morto também. – Marcos levantou a cabeça para encará-lo. – Sou um covarde senhor, mas amo minha família, e farei o possível para voltar. Então, eu aceito sua proposta.

“Você é aquilo que é? Ou aquilo que dizem que você é?”


“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Semana 17 + Resultado da semana 16 e mês de julho + Atividade Extra de Agosto

Semana 17 do MONOBA

A nova rodada de 'novels" já está no ar! Começa mais um novo mês no MONOBA e com ele uma pequena contagem regressiva, já que agora faltam apenas 8 semanas (dois meses) para acabar o projeto! Acompanhem suas histórias favoritas clicando nos links abaixo, na aba de cada obra ou navegando pelo blog. Não se esqueça de que você já pode votar! A votação vai até às 23:59 do dia 23 de julho. A próxima rodada de "novels" estará no ar no dia 25 de julho. Boa leitura e divirta-se!


Pepper & Donuts: Capítulo 17 - Donuts 17: Perdão

Nave Fantasma: Por um fio.

Filho das Profundezas: Parte XVII - Anfitriã

Requiem: Doutor, Doutor - Parte 2

Wild Hunt: Capítulo 15: Garra de Jormag – parte II

Contos do Amante da Morte: Capítulo 15 – Dura Realidade.


Resultado da semana 16 e do mês de julho

Totalizando 22 votos, segue os vencedores da semana:

Em primeiro lugar, com 10 votos, a história "Conto do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 7 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 2 votos, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (que disputou a colocação com "Requiem", de Natalie Bear, em uma votação interna de desempate).

Seguidos de "Requiem", de Natalie Bear (2 votos) e "Wild Hunt", de Marlon Kalango (1 voto). "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm não participou esta semana, então não receberá ponto. "Neocene II - nanoships", de Moonlance, está a oito semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá sete pontos negativos (-7).

E neste mês de julho, totalizando 69 votos, temos orgulho de apresentar seus vencedores:

Em primeiro lugar, com 27 pontos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer (que disputou a colocação com "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama em um critério interno de desempate - participou de todas as semanas deste mês).
Em segundo lugar, com 27 pontos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em terceiro lugar, com 8 pontos, a história. "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (que também disputou colocação com "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm no mesmo critério interno de desempate da situação acima).

Seguidos de "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (8 pontos); "Requiem", de Natalie Bear (6 pontos); "Wild Hunt", de Marlon Kalango (4 pontos); e "Neocene II - nanoships", de Moonlance (-22 pontos).

Parabéns aos vencedores da semana e do mês de julho!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Atividade Extra de Agosto

Gostaria de ajudar o seu escritor favorito a receber mais pontos? Basta enviar uma homenagem que pode ser em forma de ilustração ou fanfic (texto feitos por fã, inspirado em uma obra existente). Cada homenagem vale 1 ponto extra para o escritor homenageado. Você pode fazer quantas homenagens quiser para quantos escritores desejar. Além desses pontos, o seu escritor favorito tem a chance de ganhar ainda mais pontos com a escolha das melhores homenagens pela nossa página do Facebook: www.facebook.com/mobilenovelbattle. As regras de envio são bem simples! Confira em "Atividade Extra". O tema deste mês é livre, então sinta-se à vontade para usar a criatividade! O prazo de envio é até dia 6 de agosto. Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 17]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 17]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 17 - Donuts 17: Perdão

Misaki ouve um barulho de fechadura, em seguida a porta do quarto se abre. Depois disso, a garota só sentiu um vulto de cabelos vermelhos indo em sua direção, abraçando-a. A dona dos cabelos vermelhos, Aiko, não conseguia mais conter suas lágrimas naquele momento.

- Prima!! Eu...o-obrigada....
- Aiko!! Me...me desculpe....por todos esses anos...

Misaki não conseguiu conter a emoção, e lágrimas começaram a sair. As duas ficaram abraçadas no meio do corredor, porém sem perceber que havia uma terceira pessoa ali, que estava observando toda a cena. Era Masaki. O rapaz sorriu e voltou para seu quarto, ele sabia que agora era hora das duas garotas conversarem e resolver o problema de uma vez por todas. E foi isso que aconteceu. Misaki e Aiko passaram um bom tempo da noite conversando e resgatando a antiga amizade da infância. A noite passou, e a tensão que abrigava aquela casa também.
Masaki ficou responsável por preparar o café da manhã no dia seguinte. Enquanto fritava uma omelete, ouviu barulhos de passos constantes e um grito que pertencia à Misaki.

-Ah, essa não! Vou me atrasar!!
- Ué, acordando tarde, Miki? Ainda bem que o pai já foi pra faculdade, senão ia ser mais um sermão pra sua lista.
- Fiquei conversando com a Aiko até uma da manhã e depois lembrei que tinha que fazer uma tarefa pra hoje...vou indo! Como qualquer coisa no intervalo!
- Mas você vai aguentar ficar sem comer nada até as 10? Aqui, leva uns pacotes de bolacha pra ir comendo no meio do caminho.
- Ok...obrigada!! Fui!

Misaki saiu que nem um relâmpago em direção à estação de metrô, correndo apressada para pegar o primeiro trem que parasse na estação. Lá, encontrou além da multidão que normalmente ia pro trabalho ou escola naquele horário, Nathan, que estava esperando pelo próximo trem para embarcar.

- E aí. Vejo que pelo menos tá aprendendo a lição e comendo algo pra não desmaiar depois.
- Aff, você de novo?! O que é agora, perseguição?
- Não. Eu só moro aqui perto, nada de mais.
- Hunf, não vou deixar você estragar meu ótimo bom humor hoje!
- Pelo visto, você conseguiu resolver o problema que estava te perturbando, não?
- Hum? Ah, aquilo...
- Não é bom quando a gente tira esse peso nas costas? Resolver um problema parece que te dá mais motivação.

Misaki pensou que por um momento estava vendo coisas porque não havia dormido bem a noite anterior, mas logo percebeu que era real. Nathan lhe deu um sorriso.

- Ah, o metrô está vindo. Vamos entrar?
- S-sim!! Vamos.

Por uma questão de segundos, Misaki pensou que Nathan poderia ser uma boa pessoa, até ele começar a caçoar de seu enorme apetite ao comentar que aquele era o seu segundo pacote de bolachas.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 17]

Autor: Lucas Suwgamm
Por um fio.

A duvida dominava Foster, não acreditava nas novas informações recebidas do seu inimigo, no entanto,  ele sempre estranhou os aspectos dessa missão e não poderia ignorar o fato dessa nave ser da mesma época e classe da Aurora 3, pouco a pouco Foster tentava compilar todas as informações históricas que ele conhecia desta fadiga nave.

Há mais de 100 anos, ela fazia parte da frota estrelar que partiu em direção ao sistema estelar Icarus, com o objetivo de conciliação com as colônias rebeldes, que queria sua independência do recém-formado Governo da União Terrana, ou seja, somente era uma missão pacifica.

Contudo algo deu extremamente errado aquele dia. Seguindo o protocolo exigido pelas colônias, somente a Aurora 3 pode seguir rumo ao planeta Nova Midgard, pois transportava todo o comitê que participaria dessa missão diplomática.

No entanto, quando estava se aproximando de uma das luas deste planeta, foi totalmente destruída por um repulsivo ataque surpresa das colônias rebeldes, que futuramente formariam o governo dos Renegados.

O restante da tropa, percebendo a situação começou a revidar, mas já era tarde, estavam cercados e foram rapidamente destruídos, o Marechal Edward conseguiu escapar com a sua nave junto com algumas outras menores, fazendo uma dobra arriscada de último momento.

Essa era a história que Foster e todos só outros sabiam e viram nas filmagens documentadas na época. Não fazia sentido o que aquele homem na sua frente dissera há instantes atrás, Aurora 3 foi totalmente destruída pelos renegados e como aquele sujeito ousava dizer que essa nave inteira era a Aurora 3.

O capitão queria muito se comunicar com a Yukina, não só para tranquilizar ela, mas pedir a ela sobrevoasse a nave, com a Alvorada, para procurar mais uma vez o nome dela. Entretanto, amaldiçoou o mal funcionamento dos comunicadores. E quando olhou para cima, com o intuito de resmungar algo, seu corpo foi violentamente arremessado para trás, por Carlos. Foster só conseguiu visualizar a lâmina de um Nêcroneo passando a centímetros do seu pescoço.

O Velho renegado, mostrando uma agilidade além da sua idade, no mesmo momento que empurrou Foster, atirou na cabeça do  Nêcroneo, eliminando o primeiro inimigo.

Apesar da força aplicada pelo Carlos, o soldado da união conseguiu permanecer de pé, com isso teve tempo de girar o seu tronco e atirar no inimigo que se encontrava a um metro na sua esquerda.

Outras três criaturas se aproximavam dos dois, no entanto, não estavam tão perto quanto as outras duas anteriores e foram rapidamente eliminadas coma alguns disparos da dupla.

— Sua mula espacial! Onde estava com a cabeça? — Carlos olhava seriamente para Foster – Não posso vigiar a minha frente, minha retaguarda e você ao mesmo tempo. — Socou o estômago do capitão e virou as costas para ele.

Foster ficou de joelho, mas dessa vez não teve raiva de Carlos, sabia que tinha colocado a vida dos dois em perigo e ele tinha o salvado mesmo assim além do mais, já estava acostumado a sempre “perder” para o Carlos.


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Filho das Profundezas [Semana 17]

Autor: Marco Fischer
Parte XVII - Anfitriã

-A Ordem do Peixe Diabo? – murmurou Pesha, buscando em sua mente o que sabia sobre esse nome. Não lembrava mais do que breves anotações, sobre um grupo do Império Ming que afirmava derivar da Ordem Esotérica de Dagon, um culto místico espalhado por todo o mundo que não era levado a sério como doutrina, mas possuía em suas fileiras criaturas e fórmulas mágicas dignas de curiosidade e espanto científico.

Eles usarem aquela ilha isolada como base não era uma grande surpresa na verdade, considerando que Ula-Yhloa ficava entre as Ilhas Kupuna e as Nações do Oriente. Mas era sem dúvida algo desagradável de se descobrir, afinal se tratava de gente lunática e perigosa. Receoso, Pesha recuou se protegendo atrás da capitã. Ele queria uma tranquila pesquisa de campo naquele lugar, não uma aventura contra cultistas insanos.

Violka, por sua vez, permanecia em posição de guarda, estudando a bizarra anfitriã com o olhar. Ela já parecia preparada para aquele encontro, e quando falou não havia nenhuma comoção em sua voz.

-Então é aqui que fica a toca onde estavam se escondendo. Se tivessem me avisado eu poderia ter mandado uma carta antes, se bem que duvido que o serviço postal chegue até aqui... – a capitã sorria enquanto provocava, fazendo com que a oriental ficasse séria e cruzasse os braços, encarando Violka com descrença.

-Pelo visto a nossa presença nos últimos portos em que esteve não passou despercebida. Admiro sua perspicácia, principalmente por ter decifrado o “mapa” que a trouxe até aqui, mas seu papel nessa história é pequeno como um grão de mostarda, capitã. Apenas devolva o que é nosso e iremos poupar sua tripulação.

Pesha arrumou os óculos em seu rosto confuso. Desde quando a Ordem os estava vigiando? Desde o início da busca de Violka pelo Maleko e por Ula-Yhloa, talvez? Há quanto tempo? Meses? E era o Maleko que queriam de volta? Por isso ele estava fugindo? Não teve tempo para outras perguntas antes que a capitã puxasse a espada e algo viesse em sua direção, agarrando seu pescoço.

Uma dor lancinante e ardida percorreu seu corpo como um choque elétrico. Era como várias finas agulhas penetrando sua carne de uma só vez e fazendo seus músculos convulsionarem. Lutando para respirar, ele viu que aquilo que o estava segurando era um tentáculo azulado e transparente, saído de uma das mangas do vestido da mulher. Por reflexo, ele agarrou o apêndice gelatinoso e a mesma sensação dolorosa percorreu seus dedos. Pesha gritou e caiu de lado, mas quando se debateu o tentáculo afrouxou, e ele facilmente se libertou do aperto.

Ainda deitado e estremecendo com a queimadura venenosa, ele viu que o tentáculo jazia no chão decepado, cortado pela fina espada de Violka. Outro apêndice, que provavelmente havia sido lançado contra a capitã, também havia sido arrancado de sua dona. Sem parecer se incomodar com os braços que havia perdido, a oriental lançou uma saraivada de novos tentáculos, enquanto a capitã investia contra ela com os olhos em brasa.


Ir para o próximo capítulo de "Filho das Profundezas"

Requiem [Semana 17]

Autora: Natalie Bear
Doutor, Doutor - Parte 2

- Oh! - Rebeca arregalou os olhos - Anotações de meu pai…! - olhou para a expressão inconformada de Lawrence por um momento e então voltou-se a Levine - Isso é ótimo. Talvez eu possa ajudar sim! - respondeu com entusiasmo, aproximando-se do senhor.

- Tem alguma familiaridade com as anotações? - Levine questionou de forma serena, como se a situação não fosse um tanto caótica.

- Rebeca… - Lawrence manifestou-se em um tom repreensivo de voz.
A jovem voltou o olhar para o companheiro:

- Sinto muito me intrometer entre vocês dois, mas acredito que este homem já esteja impondo-se demais em sua vida. - o senhor de meia idade continuou -  Se não fosse por ele nos interrompendo naquele dia, poderíamos ter resolvido o pequeno contratempo com as anotações codificadas.

Lawrence nada disse. Refreou-se a apenas observar o que a moça decidiria, não tinha mais nada para lhe dizer além de tudo o que já fora falado durante os dias de viagem.

Rebeca franziu o cenho e botou-se a pensar sobre o assunto. Não tinha mais opções e o senhor Levine era o único que lhe apresentava uma alternativa naquele momento. Não tinha como saber se era realmente uma pista para o paradeiro de seu pai se não fosse com aquele sujeito.

- Perdoe-me Lawrence, Xerife, mas não tenho outra opção senão aceitar a ajuda do Senhor Levine. - lamentava, dizendo as tristes palavras sentindo o peito apertado.

O companheiro da moça meneou a cabeça positivamente, mantendo o olhar sobre o cachorro preto e branco sentado ao seu lado, observando.

- Excelente escolha, senhorita. -Levine esboçou um sorriso para a moça - Me acompanhe. É melhor levar seus pertences, pois demorará algum tempo para decifrarmos as anotações. Irei alugar um quarto para a senhorita.

- Eu tenho antes um pedido para fazer. - Rebeca o encarou de forma séria e decidida.

- Pode pedir, minha cara.

- Diga para seus homens não ferirem o senhor Lawrence nem Xerife.

- Os senhores ouviram a moça. - Levine dirigiu-se a seus subordinados, que permaneciam quase imóveis às costas de Lawrence, esperando por um comando, exatamente como Xerife.

- Vamos buscar seus pertences. - o senhor de meia idade se adiantou, dando alguns passos para longe do grupo.

Antes de segui-lo, Rebeca voltou-se uma última vez para aquele que lhe ajudara até então:

- Adeus, senhor Lawrence. E obrigada por me acompanhar.

Mais uma vez ele não respondeu e nada fez ate que a dupla virasse a esquina na rua de paralelepipedos e casas rústicas. Lawrence então virou-se para os homens que continuavam com ele, lhe apontando pistolas:

- Atirarão agora? - ele perguntou de modo irônico.

- Bem que eu gostaria. - o homem, que Lawrence imediatamente reconheceu como aquele que lhe ameaçara naquele dia em que botaram os pés no Peru.

O dono do cão ia retrucar quando algo cortou o ar zunindo próximo de seu ouvido, passando por ele e atingindo o homem com quem conversava no peito.

Wild Hunt [Semana 17]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 16: Garra de Jormag – parte II

Aquela figura gigantesca estava sobre mim, sua sombra cobrindo o sol. Aquele frio absurdo que chegava a machucar a pele não era da nevasca, mas do terrível dragão de gelo do qual ela se originava. Senti medo, como nunca em toda minha vida. Eu levantei minha arma, e atirei contra ele (no sonho, era um rifle). As balas simplesmente não penetravam a couraça dura de gelo corrompido de sua pele. Comecei a correr, e notei que haviam outras pessoas ao meu redor, várias delas, de várias raças: humanos, asura, norn, sylvari. Havia uma sylvari em específico, de tom lilás. Agarrei sua mão, e corremos pelas montanhas gélidas, o dragão impiedoso facilmente nos alcançando, e matando-nos um a um. Estava brincando. Chegamos à beira de um penhasco e o lago congelado lá embaixo. Fim da linha.

-Oh, pela Mãe Árvore. - A sylvari chorou ao me abraçar. Nos beijamos. - Blader, eu te amo. Sempre vou amar. Que Grenth tenha piedade de nós.

-Eu também te amo, minha linda Lyla, minha bela flor. Que os Espíritos sejam bondosos conosco.Eu...

Não pude terminar a sentença. Uma rajada de gelo nos atingiu em cheio; sopro de dragão. Consegui desviar mas muito mal. Meu braço direitose fora, e com ele minha companheira, congelados para sempre pelo sopro da besta. Gritei quando a dor escruciante se fez sentir segundos depois. Apenas eu havia restado. A besta me encarava, mortal, preparando seu ultimo e mortal ataque. Eu peguei algo na bolsa que carregava, meu ultimo recurso. Um explosivo.

-Um dia, você e seu mestre irão cair, Garra!! - gritei a plenos pulmões, ficando de pé, e então respirei fundo. Pude sentir a corrupção do dragão começando a se espalhar do que sobrou do meu braço para o resto do meu corpo. - Não vou dar a Jormag o gosto de me ter com servo. Arawn...meu irmão querido...acho que não vou poder voltar pra casa para o jantar, afinal...

Encarei o monstro, e fui em direção a ele. Meu ultimo brado, foi com uma explosão. E então, tudo ficou branco.

-ARAWN!! - Acordei. Era eu novamente. Eu estava nos braços de Arawn, e ele abraçava forte. Perto, meu cão gania baixinho, assustado.

-Tudo bem, Ether. Eu estou aqui, foi só um pesadelo.

-... - Não, não foi. Mas ao menos, havia descoberto em parte, o significado daquele sonho. Era realmente uma memória, a última, de Blader, irmão de Arawn. Talvez isso seja parte da memória da sylvari a qual ele amava? Não, a memória era dele...então...?

Senti os lábios de Arawn em minha testa, num consolo cuidadoso, e o abracei. Era estranho, sentir aquele afeto tão forte por alguém que mal conhecia, e aquilo me deixava confuso. Mas nosso momento não durou muito. Ao longe, pude ouvir o barulho dos soldados se agitando no lado de fora da barraca. Foi quando ouvimos ao longe aquele mesmo rugido abismal do meu sonho. O Garra de Jormag estava aqui.Respeirei fundo e olhei para Arawn.

-Vamos.Chegou a hora.


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Contos do Amante da Morte [Semana 17]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 15 – Dura Realidade.

O cheiro de cinzas ainda pairava no ar do posto de Súlinm, tomado por Eadgar. Dentro do salão principal, apenas dois homens sentavam juntos à uma mesa farta de: carne, pão, frutas e vinho. Gernot coçava a barba enquanto observava o jovem Blackwood saciar sua fome:

– Blackwood… ter um sobrenome é algo bem incomum entre cavaleiros e espadachins, quem dirá para um camponês.

– Como tem certeza… – Marcos tomava água para ajudar a engolir a comida – que sou um camponês?

– Não tinha. – o maior empertigou-se na cadeira. – Achou que o nome soaria bem, por isso o inventou?

– Não inventei senhor, apenas… – Marcos ponderou se deveria dizer a verdade sobre seu pai, que, sendo quem era, poderia lhe dar um sobrenome, mas Gernot não acreditaria. – Recebi este nome do meu pai, antes dele deixar nossa família.

– Ele morreu? Ou simplesmente os abandonou?

– Abandonou e depois morreu para a praga… – Marcos, diferente de seu irmão mais novo, ainda mantinha respeito pela memória do pai.

– Você não é de Súlinm, é? Nossos registros não constam o seu sobrenome para este cerco.

– Não, eu vim de Haldris, do extremo sul.

– Haldris!? – Gernot voltava a coçar sua barba como quem tinha ouvido algo interessante – 2/3 de Haldris foi devastado pela praga, deve ter sido um lugar horrível no inverno passado. – o olhar afiado não fugia das expressões de Marcos.

– Certamente não foi dos melhores... – o jovem Blackwood ainda amargava a morte dos irmãos, seu rosto entristeceu – por isso, quando Súlinm fez a convocação, todos tiveram de sair de suas casas.

– Você ainda tem família lá? – o tom de voz era neutro, apesar de ainda manter a tranquilidade.

– Sim! Meu irmão caçula… é o que me sobrou de família.

– Então ainda não é casado, mas um irmão ainda é uma família. – Gernot se levantou e aproximou-se da Janela que dava visão ao pátio principal. – Você com certeza deve saber quem é Dastan Audhild.

– Filho primogênito do Senhor de Haldris.

– Vincent Audhild estava na Cidadela Aaron quando o Clã dos Regentes Crimswood caiu. – Gernot voltou o olhar para Marcos. – Dizem que: “O Senhor de Haldris caiu junto ao seu Regente”, isso faz do jovem Dastan, o novo Senhor de Haldris.

“Caiu” junto!? – Marcos não entendia, sabia que seu pai tinha morrido pela peste, mas não fazia ideia sobre o senhor de Haldris.

– Agora me diga, Marcos… o verdadeiro Senhor de Haldris morreu, o cerco está à mercê de um líder jovem e inexperiente, 2/3 de seu povo morreu pela doença, as lavouras foram perdidas para a estiagem, que é a pior em 10 anos, seu único aliado que era Súlinm, caiu perante Eadgar. – fez-se uma curta pausa. – Quais as expectativas pra Haldris nessa guerra e depois dela?
Marcos gelou. Até ali tinha apenas agradecido por estar vivo, mas naquele momento pode perceber como prometer viver, era algo muito difícil de cumprir:

– Nenhuma. – foi apenas o que conseguiu responder.

“Tudo pode parecer muito bom ou muito ruim, depende apenas de quem está mentindo melhor.”


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“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Semana 16 + Resultado da semana 15 + Atividade de Julho estendida

Semana 16 do MONOBA

A semana 16 de MONOBA já está no ar! Infelizmente esta semana não teremos "Neocene II - nanoships" novamente. Mas confiram todas as outras histórias participantes clicando nos links abaixo, nas abas das obras ou navegando pelo blog. Lembrando que a votação já está no ar e vai até às 23:59 de 16 de julho. E fique de olho, porque a próxima rodada estará disponível no dia 18 de julho e, com ela, o novo mês do MONOBA. Boa leitura e divirta-se!


Pepper & Donuts: Capítulo 16 - Donuts 16: Início

Filho das Profundezas: Parte XVI - Limo

Requiem: Doutor, Doutor - Parte 1

Wild Hunt: Capítulo 15: Garra de Jormag – parte I

Contos do Amante da Morte: Capítulo 14 – Sorte e Azar.


Resultado da semana 15

Em um total de 21 votos, o MONOBA apresenta os vencedores desta semana:

Em primeiro lugar, com 10 votos, a história "Conto do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 5 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 4 voto, a história "Requiem", de Natalie Bear.

Seguidos de "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (2 votos); "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (sem voto) e "Wild Hunt", de Marlon Kalango (sem voto). "Neocene II - nanoships", de Moonlance, está a sete semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá seis pontos negativos (-6).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Atividade de Julho estendida

Por causa dos eventos atípicos, creio que as pessoas ficaram sem tempo para ajudar o seu escritor com alguns pontos extras. Então, estamos estendendo a entrega das homenagens até dia 16 de julho. Lembrando que a homenagem pode ser uma ilustração ou fanfic baseada na sua história predileta. O tema deste mês é "inverno". Para saber como enviar suas homenagens confira a aba "Atividade Extra". As homenagens serão postadas na nossa página no facebook: www.facebook.com/mobilenovelbattle. Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 16]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 16]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 16 - Donuts 16: Início

Misaki e o irmão acabaram de voltar da padaria, onde puderam conversar com mais calma e a garota descansar sua mente. Ela estava precisando de um ânimo emocional, sempre que estava com algum problema na cabeça, Misaki recorria aos seus donuts favoritos. E dessa vez não foi diferente.
Ao chegarem em casa, a garota decidiu conversar com a prima e resolver as pendências do passado que tanto a atormentavam. Foi até o quarto das visitas e tentou bater na porta, mas não conseguiu. Ao invés disso, sentou-se no chão, atrás da porta, e começou a pensar em como iniciar a conversa com a prima. Misaki pensou em simplesmente começar com um “Olá, prima, podemos conversar?”, mas as palavras não saíam de seus lábios, apesar de estarem tão bem claras em sua mente. Pensou em dar um “Boa noite, prima!” meio animado, mas não achou que o momento seria adequado para isso. Mergulhada em tantos pensamentos, a garota impulsivamente bateu 3 vezes na porta.

- Hã? Tem alguém aí fora?
- Ah! Não tem ninguém!! Quer dizer, eu....
- …............................

Misaki não sabia o que fazer. Ela podia muito bem fingir que não era nada e ir embora, mas sentiu necessidade de ficar lá, custe o que custar, até conseguir conversar direito com a prima.

- Prima...eu acho que fui meio seca com você e queria conversar...bom, na verdade seria mais...pedir desculpas por ter agido de forma tão egoísta com você, er...não só agora mas também no passado, quando eu gritei com você e não respondia suas ligações ou cartas.

Misaki fez uma pausa pra esperar uma resposta da prima. Silêncio. Mesmo assim, continuou.

- Sabe, quando fui morar naquele ano com a vovó e o tio Akihiko, ela guardou todas as suas cartas de pedido de desculpa, mas nunca tive coragem pra ler. Elas estão guardadas comigo agora...sei que parece besteira, mas tenho medo de abri-las e ficar ainda mais mal por não ter reconsiderado naquela época e entendido a situação financeira dos tios. Eu meio que me arrependo daquelas coisas que disse a você mas por outro lado, tinha meu orgulho ferido. Não queria dar o braço a torcer.

Mais uma pausa e sem sinal de alguma resposta de Aiko. Misaki suspeitou que talvez a prima tenha ficado com raiva, resolveu ignorá-la e a deixou falar sozinha ali no corredor escuro.

- Tive dificuldade pra conviver sem você por perto, porque acabei perdendo a confiança em fazer novos amigos, com medo deles me abandonarem ou coisa assim. No fundamental, uma menina andava comigo só por causa das minhas notas. Assim que desconfiei da suposta “amizade” dela, parei de ajudá-la com exercícios. Não deu outra, ela começou a falar mal de mim pra todo mundo. Aí no ensino médio conheci a Kelly. Ela era meio desajeitada e todo mundo caçoava dela, um dia as meninas passaram dos limites e eu intervi. Acabamos nos tornando ótimas amigas desde então.

Misaki ouve um barulho de fechadura.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 16]

Autor: Lucas Suwgamm

- Sem capítulo esta semana -

Filho das Profundezas [Semana 16]

Autor: Marco Fischer
Parte XVI - Limo

As praias de Ula-Yhloa possuíam uma areia fina e negra, que escorria lentamente entre os pés de Violka e Pesha enquanto eles começavam a explorar a ilha. Tudo naquele lugar parecia úmido e um pouco morto. Carcaças de estranhos animais marinhos se espalhavam pelas rochas rugosas do litoral, banhadas pelo mar mesclado de verde e roxo, que mais de perto parecia ter uma textura gosmenta.

Enquanto procuravam um lugar seguro para esconder o bote que os havia levado até ali, a capitã e o estudioso perceberam que abaixo daquelas águas havia imensos degraus de pedra que seguiam abaixo até sumir de vista nas profundezas. Era como se a ilha fosse o topo de uma antiga e gigantesca estrutura de pedra, engolida pelo oceano e esquecida por seus próprios construtores.

-Eu jamais vi um lugar como esse – disse Pesha enquanto examinava o cadáver murcho de algo que parecia ser um lula com múltiplos olhos opacos e pequenos. – É como se o mar estivesse contaminado por algo antinatural, mas não percebo nenhum sinal de ocupação recente que pudesse ter causado isso.

-Seja qual for o segredo do mapa de nosso hóspede, só pode estar no coração da ilha. – respondeu Violka terminando de colocar o bote entre dois rochedos. – Não tem nada aqui além de areia e essas coisas nojentas.

Subitamente, um movimento chamou a atenção dos dois. Próximo à construção em forma de trapézio no centro da ilha, uma figura de vestido os observava e agora dava as costas e desaparecia. Violka apenas acenou com a cabeça para Pesha e os dois seguiram para onde ela estava, embora o naturalista estivesse um pouco amedrontado com a perspectiva de encontrar um nativo daquele lugar tenebroso.

O caminho para o interior de Ula-Yhloa seguia por encostas onde não crescia nenhum tipo de vegetação, apenas um lodo verde-claro e escorregadio que tornava a trilha um pouco mais difícil. Chegando mais perto, avistaram grandes figuras sagradas entalhadas nos paredões de pedra, do que parecia ser uma criatura em forma de lagosta. Violka se lembrou dos Deuses Tubarão das Ilhas Kupuna, e se perguntou se os nativos do arquipélago não poderiam ser descendentes do povo que um dia havia habitado aquela ilha, com sua devoção pelas criaturas marinhas.

A figura de vestido os esperava diante de um portal de pedra que conduzia para o interior do grande trapézio, entalhado de forma grotesca como um amálgama de várias carapaças de crustáceos. Quando ela se virou, Violka e Pesha encararam o rosto de uma mulher oriental, com os olhos adornados por uma maquiagem púrpura e os lábios tingidos de azul-escuro. Sua cabeça estava coberta por uma água-viva que de longe parecia um chapéu elegante, mas agora causava repulsa com seus tentáculos translúcidos se retorcendo devagar. Mesmo o vestido da mulher parecia gelatinoso, como se não fosse feito de tecido e sim de algum material orgânico e pulsante.

-A Ordem do Peixe-Diabo lhes dá as boas vindas – disse ela com uma voz melodiosa, mas que deixava escapar um hálito venenoso.


Ir para o próximo capítulo de "Filho das Profundezas"

Requiem [Semana 16]

Autora: Natalie Bear
Doutor, Doutor - Parte 1

Mais um dia se foi. O segundo fazendo questões aqui e ali. Ninguém tinha o conhecimento que necessitavam.

A noite logo chegaria e a dupla sentou no fio da calçada já vazia aparentando estarem exaustos da caminhada que durara o dia todo, exceto Xerife que ainda andava para lá e para cá, com muita energia nas quatro patas.

- Dois dias e nenhuma informação. - a jovem loira suspirou, jogando os ombros para frente - Ninguém sabe de nada. Ele não está aqui…

O sujeito a observou sem dizer nada. Não sabia como ajuda-la naquele momento, não permitiria que Rebeca desistisse.

- Vamos arranjar algo para comermos. - Lawrence levantou-se preguiçosamente e ofereceu a mão para a jovem, mas viu os olhos cor de avelã dela arregalarem-se em sua direção e sentiu algo rígido tocar suas costas.

- Eu estive observando os senhores fazerem perguntas durante esses dois dias. - o sujeito dono da voz aproximou-se pela lateral da moça ainda sentada - Walter não está aqui.

- Senhor Levine? - Rebeca, já assustada pela abordagem repentina dos três homens às costas de seu companheiro de viagem, sobressaltou-se ao ouvir a voz conhecida.

- Senhorita Williams… Se houvesse aceitado minha proposta, em vez de fugir daquele modo rude, já estaria aqui há cinco dias. - explicou serenamente.
Lawrence virou o rosto o suficiente para perceber que desta vez os homens de Levine carregavam consigo pistolas. Xerife encarava os sujeitos apreensivo, entretanto não ousaria reagir se seu dono não lhe desse o comando.

- Por favor, Senhor Levine…! - a moça levantou-se em um pulo - O senhor tem alguma nova informação sobre meu pai?

- Eu já devo ter lhe dito… - o sujeito coçou a barba - A última vez que ouvi o nome dele tinha relação com o lago Titicaca. Estamos longe de lá.

- Por que meu pai estaria em Titicaca se ele veio para pesquisar Vilcabamba? - apontou à sua frente para as montanhas ao fundo.

- As pessoas que querem o artefato devem pertencer àquela região. - a sujeito tirou o óculos do bolso e colocou-o, em seguida buscou o pequeno caderno negro no outro bolso.

- Eu tenho uma pergunta. - Lawrence, visivelmente insatisfeito com o encontro, manifestou-se - Se sabe que estamos aqui há dois dias, por que demorou tanto para nos contatar?

- Estávamos analisando a situação e procurando mais pistas em Vilcabamba. Não há mais nada relevante lá. - respondeu sem tirar os olhos do caderno.

- Vamos para Titicaca! - a moça voltou-se ao companheiro, ignorando a situação e as armas.
Lawrence não disse nada. Baixou o rosto na direção de Xerife.

- Exatamente o que faremos. - Levine respondeu pelo sujeito - Agora deixe meus empregados se entenderem com seu amigo. Venha comigo. No hotel em que estou hospedado tenho algumas anotações que seu pai deixou para trás, mas existem partes em código, Talvez a senhorita saiba como decifrar.

A informação reascendia uma ponta de esperança na desolada jovem.


Ir para o próximo capítulo de "Requiem"

Wild Hunt [Semana 16]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 15: Garra de Jormag – parte I

As montanhas gelidas com certeza eram um obstaculo, mas isso não nos impediu de continuar nosso caminho. Não conseguimos chegar até o destino no mesmo dia, apesar de tudo. Em fato, demorou quase dois dias, o lado era bem maior do que parecia, e com as constantes nevascas mesmo que quisesse, estava difícil achar qualquer rastro na neve recém caída e fofa. Vasculhamos aquela area, mas sem nenhum sucesso em encontrar pistas que revelassem se o irmão de Arawn estivera por ali. No terceiro dia de nossa busca, estavamos cansados, e mesmo com fogueira, estava dificil se manter aquecido por muito tempo, ou comer uma refeição que ficasse quente por muito tempo. Por sorte, avistamos um posto avançado dos soldados Vigil, uma das três ordens guardiãns de Tyria. Fomos até ele, e decidimos pedir por abrigo ali. Havia uma pequena comoção acontecendo, soldados indo e vindo, artilharia pesada sendo transportada.

-Nom dia, soldado – disse a um deles que se aproximava, uma mulher. - Podemos pedir abrigo em seu posto por algumas horas?

-Vocês são bem vindos contanto que não causem confusão, Sylvari. - Ela disse. Por baixo de uma capa de frio, dava pra notar uma armadura pesada, e uma espada bastarda. - Não posso garantir seu descaso, também. Estamos em uma situação de movimentação aqui, e esperamos conflito.

-Problemas com os Filhos de Svanir ou Icebrood? - Arawn perguntou.

-Antes fossem eles. Mas temos problemas...maiores, sobre nossas cabeças – Ela apontou para as montanhas mais alem do posto. No céu, pudemos ver uma sombra gigante sobrevoando. Um dragão.- O tenente de Jormag, O Garra, está sobrevoando esta area e lançando cristais de gelo corrompido. Estamos fazendo tudo ao nosso alcance para dete-los antes que a corrupção se espalhe, mas ordas de Icebrood vem junto. Esperamos um ataque direto a qualquer momento.

Troquei um olhar serio com meu companhiro. Um tenente de dragão não é qualquer inimigo. Sua força está muito alem de qualquer servo comum, e seus poderes são terríveis. Arawn tinha algo a mais em seu olhar, aquela mesma revolta de antes. Eu sabia o que ele iria fazer.

-Nos deixe ajudar. - Ele disse. - Só pedimos uma refeição quente e algumas horas de descanso, e então podemos ajudar em sua luta.

-Ora, pois! - A soldado respondeu com um sorriro animado – Então seja muito bem vindo ao nosso acampamento, amigo! Pode entrar e relatar isto a qualquer soldado perto das barracas de suprimentos, eles irão lhe dar uma direção. Agora, se me dão licensa.

Ela pertiu e adentramos o acampamento. Um soldado nos ajudou a nos situar e comemos enfim. Senti um enorme cansaço após isso, e cai num sono profundo logo. Ouvi palavras vindo até mim, aquele frio novamente. O sonho. Comecei a reparar nas coisas...o gelo, as arvores. Eu reconhecia esta paisagem. Estava próximo a ela agora mesmo. Então, ouvi um grito absurdamente alto, isso era novo. Uma sombra se abateu sobre mim, e olhei para cima. Eu vi um dragão.


Ir para o próximo capítulo de "Wild Hunt"

Contos do Amante da Morte [Semana 16]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 14 – Sorte e Azar.

Fogo alto que alcançava um céu noturno alaranjado, vultos de pessoas simplesmente desapareciam na fumaça, tudo era nebuloso e distante, até a imagem de Solomon surgir e sua garganta ser transpassada por uma lança que se estendia e esticava como se fosse infinita e pudesse alcançar qualquer coisa.

Marcos despertou e ao se apoiar com o braço direito, sentiu uma dor aguda vinda de seu ombro e caiu de costas novamente sobre palha mofada. Não teve tempo para raciocinar sobre o que estava acontecendo, logo um homem alto e calvo, portando uma espada, puxou a corda que se ligava ao corpo de Marcos, fazendo-o titubear para frente e sentir ainda mais dor:

– Senhor Magnhild quer falar com você, caminhe! – puxou-lhe como se estivesse guiando um animal.

Não demoraram até chegar à construção principal feita de rochas únicas que resistiu bem ao incêndio. Ao entrar, Marcos foi golpeado atrás dos joelhos, que o forçou a se curvar e embora com o olhar baixo, conseguia sentir cheiro de comida e vinho, suas estranhas responderam ao estímulo, mas o jovem Blackwood não saiu do lugar.  Quando foram deixados sozinhos, a outra figura que estava se alimentando na outra ponta do salão finalmente se pronunciou:

– Está com fome? – a voz, apesar de grave, mantinha um timbre suave. – Deve estar, afinal, passou um dia desacordado. Eu sou Gernot Magnhild, responsável pela comitiva de Eadgar.

Logo o outro caminhou e, ao se aproximar, sacou uma faca da cintura que fez com que o jovem Blackwood gelasse, mas esta foi guiada até as cordas que prendiam o corpo de Marcos, libertando-o.

– Não precisa ter medo, o pior já passou – o maior comentou em tom zombeteiro, enquanto guardava sua faca. – Preciso que tenha disposição, a mesma disposição com a qual arremessou aquele machado em mim.
Marcos finalmente ergueu a cabeça, deparando-se com um homem de cerca de trinta anos, de fios negros, barba aparada e olhos castanhos amarelado. Apesar da expressão mais suave, o jovem Blackwood não conseguia fugir do olhar inquisidor daquele homem:

– Por que… me deixou vivo? – as palavras saíram em um tom baixo.

– Não fui eu que lhe deixei vivo. – um sorriso se formou no canto dos lábios – Você que lutou para se manter vivo.

– Eu não entendo… – Marcos estava atônito, o outro não parecia ter sido atingido, até seu ferimento no ombro tinha sido porcamente cuidado, alguém quis que ele ficasse vivo.

– Não sei dizer se foi sorte ou benção divina, mas seu machado me fez errar sua garganta, então… aqui está você. Como se chama rapaz?

– Blackwood… Marcos Blackwood. – comentou, enquanto tomava forças para se levantar.

O maior sorriu em resposta à ação de Marcos, que àquela altura começava a entender o porquê de ter sido mantido vivo.

“Quando um inimigo convida para uma refeição, tenha certeza que a batalha não acabou, apenas tomou outra forma para o conflito. Guerra de palavras são sempre as piores, porque elas decidem sobre as físicas.”


Ir para o próximo capítulo de "Contos do Amante da Morte"

“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Semana 15 + Resultado da semana 14 + Homenagem de Julho

Semana 15 do MONOBA

A nova semana acaba de sair do forno! Esta semana não teremos "Neocene II - nanoships" novamente.Confira as histórias clicando no link abaixo, na aba de cada obra ou navegando pelo blog.


Pepper & Donuts: Capítulo 15 - Donuts 15: Proteção 

Nave Fantasma: Aurora 3.

Filho das Profundezas: Parte XV - Ula-Yhloa

Requiem: Santuário

Wild Hunt: Capitulo 14: Elo

Contos do Amante da Morte: Capítulo 13: Lança e Espada


Boa leitura para todos! Divirta-se! A votação já está no ar e vai até às 23:59 do dia 9 de julho (quarta-feira). Participe! Vote na enquete que fica na lateral do blog ou na aba "Votação". E a próxima rodada de "novels" estará no ar dia 11 de julho (sexta-feira), então não perca!


Resultado da semana 14

Totalizando 15 votos, o MONOBA apresenta a seguinte classificação:

Em primeiro lugar, com 8 votos, a história "Conto do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 4 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 1 voto, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (que disputou a colocação com "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm, em uma votação interna de desempate).

Seguidos de "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (1 voto) e "Wild Hunt", de Marlon Kalango (1 voto)."Requiem", de Natalie Bear, não participou essa semana, então não receberá ponto."Neocene II - nanoships", de Moonlance, está a seis semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá cinco pontos negativos (-5).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Homenagem de Julho

Esta é a sua última chance de ajudar os escritores neste mês de julho. Lembrando que uma homenagem, que pode ser tanto ilustração ou fanfic (baseado nas histórias do MONOBA), vale 1 ponto. Quanto mais homenagens, mais pontos o seu escritor - ou escritores - favorito ganha! O prazo de envio é até dia 9 de julho e o tema deste mês é "inverno". Saiba mais como enviar sua homenagem em "Atividade Extra". Todas as homenagens serão postadas na nossa página do Facebook: www.facebook.com/mobilenovelbattle. Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 15]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 15]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 15 - Donuts 15: Proteção 

Da cozinha onde Masaki e sua mãe estavam, dava-se pra ouvir os gritos de Misaki e do pai. A cada resposta que Misaki dava, vinha-se outra repreensão do pai. A discussão perdurou por mais alguns minutos, até que Masaki levantou-se abruptamente da cadeira.

- Não aguento mais!! Vou lá interferir!
- Filho!!

No mesmo momento, os gritos e toda a discussão pararam. Ouviu-se uma voz feminina, que não era de Misaki dessa vez. Era Aiko.

- Aiko!!
- Essa não, o que ela foi fazer lá...?

Masaki e a mãe correram para a sala, quando viram Aiko confrontando o pai de Misaki. Misaki estava logo atrás da garota, sem saber o que falar.

- Chega disso, tio!! Não percebe que a Miki está sofrendo? A culpa não foi dela, foi minha! Eu nunca devia ter voltado pra cá sem saber como a minha prima se sentia em relação a mim.

Aiko se virou e olhou para Miki.

- Miki, desculpa. Eu vou ver se fico na casa da vovó. Se eu soubesse que você ainda estava se sentindo mal por causa do que aconteceu quando eu fui embora, eu...nem teria aparecido.

Aiko dá um sorriso e sai da sala. Miki, que até o momento estava encarando a prima com uma expressão pálida, desabou no chão.

- Misaki, você vai ajudar sua mãe na cozinha e limpar a casa essa semana. Esse é seu castigo, entendido?

Misaki não respondeu. Estava muito abalada pelas palavras da prima para responder qualquer coisa. O pai virou-se e também saiu da sala, acompanhado pela mãe, que estava apreensiva. Masaki foi até a irmã e sentou-se perto dela.

- Miki, espero que tenha percebido o quanto a sua prima se importa com você. Mesmo depois de todo esse tempo, ela ainda consegue entender seus sentimentos. Isso já não é o bastante pra você voltar a conversar com ela?

Miki virou a cabeça para cima e o irmão lhe deu um sorriso. Em seguida, deu pequenos petelecos em sua cabeça.

- Ai!! Isso dói, Masaki!!
- Agora que você está melhor, que tal ir lá conversar com a Aiko, hein?
- ….não sei.
- Vamos lá, eu compro uns donuts pra você na padaria da esquina e depois você promete que vai resolver as coisas com ela?
- Okay. Masaki...
- O que foi?
- Obrigada. Eu fico sempre implicando com você mas no final é você que me salva das besteiras que faço...
- Bom, sou seu irmão. Sei que a gente ficou meio afastado durante um tempo, mas eu quero poder compensar aquele ano que você ficou morando com a vovó e o tio Akihiko. Além do mais, não fui quem te salvou hoje.
- Hã?
- Foi a Aiko. Que nem aquele dia lá no parque, não?
- Sim...verdade.

O coração de Misaki encheu-se de alegria ao lembrar-se do gesto da prima, há alguns minutos atrás. A turbulência havia cessado.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 15]

Autor: Lucas Suwgamm
Aurora 3.

Algumas horas passaram, desde a queda de Carlos e Foster e os dois continuavam a andar, pelo compartimento mais baixo da nave.Não haviam se falado desde do último incidente, o experiente renegado ia na frente e não parava por um segundo e nem olhava para Foster, que vinha atrás, mantendo uma certa distancia.

O capitão da união estava inquieto e perdido em suas reflexões, não deixava de pensar sobre a “verdade” que aquele sujeito mencionara, entretanto evitava diálogos com o mesmo, ele realmente não gostava dessa companhia forçada.

— Não vai perguntar? — Carlos continuava a andar nem ao menos olhou para trás.

A pergunta do velho lobo do espaço pegou Foster desprevenido, o abalou internamente, não conseguia entender como ele sabia o que se passava na sua cabeça – Perguntar o que? — respondeu de forma calma, tentando esconder sua surpresa.

— Ora, ora, vai querer fazer joguinhos? Tudo bem. — Foster já podia imaginar o sorriso que ele tanto odiava na cara do renegado, após essa frase.

— O que essa nave supostamente esconde? — O capitão da união, se sentia novamente derrotado.

— Você qual o nome dessa nave? —  parou para tentar abrir uma porta a sua frente. — Ou nem isso o Governo da União te falou?

— Não sei e eles também não sabem, esse é um dos motivos da minha missão. — Foster postou-se ao lado de Carlos e começava a examinar o painel de números da fechadura a sua frente.

— Huahuahua – Colocou a mão na testa enquanto balançava em negação – E você caiu que nem patinho nesse conto!

Foster ficou calado, tirou a tampa do painel de números e começou a mexer internamente na tranca, contudo, estava com raiva por não poder fazer nada contra esse sujeito, por enquanto, ou era isso que ele pensava.

— Muito bem, vou lhe dizer. — olhou com os cantos dos olhos para Foster — Essa é Aurora 3! Contemple-a garoto!

O homem de cabelo preto e curto parou os seus afazeres imediatamente – Mas ela foi destruída na batalha de Horus, exatamente por uma ataque traiçoeiro de vocês! – colocou o seu dedo indicador na cara de Carlos.

— E como uma nave que foi destruída por um suposto “ataque traiçoeiro”, aparece intacta depois de vários anos? — O renegado observava com atenção as reações de Foster.

— Simples, você está mentindo, tentando me enganar. — O capitão voltava a se concentrar em destrancar a porta, pensava que assim esqueceria essa besteira que Carlos falava.

— O que eu ganharia te enganando? Acreditando em mim ou não, sua vontade de me matar vai continuar a mesma.— coçava a sua barba.

Foster não tinha resposta para isso e temia que essa nave fosse realmente a Aurora 3, afinal por um ataque a ela que a União terrena começou uma guerra contra as colônias renegadas, mas acima disso, temia mais ainda esse sujeito, conseguia prever todos os seus pensamentos e sentimentos, sabia que tinha que fazer algo em relação a isso, antes que ele entre no jogo de Carlos, isso é, se já não entrou.


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Filho das Profundezas [Semana 15]

Autor: Marco Fischer
Parte XV - Ula-Yhloa

Várias semanas haviam se passado desde que o Hummingbird havia partido das Ilhas Kupuna. Durante esse tempo, Violka e Pesha, os únicos capazes de conversar com o Maleko em seu idioma aquático, tentaram descobrir mais sobre sua origem, sem muito progresso. O garoto não se lembrava de sequer já ter visto alguém como ele, e pelo que Pesha verificara em seus livros, não havia qualquer indicação de qual poderia ser sua espécie, mesmo com tantas raças marítimas catalogadas pelos naturalistas do Império.

Todo o interesse dos Arautos do Vapor fazia mais sentido para ele agora, assim como o de sua capitã. Porém, ao contrário de Faulkner, Violka via o garoto-peixe como um indivíduo a ser ajudado, não uma simples cobaia a ser estudada. Pesha não podia deixar de admirar a nobreza de coração da mulher, embora seu bom tratamento estivesse dando muito resultado. De certo, Violka também estava interessada na ilha de Ula-Yhloa, para onde a misteriosa criatura parecia conduzir, e lá ele com certeza encontraria material digno para uma publicação científica. A tripulação iria protegê-lo de qualquer perigo, e quando retornasse para a Real Academia o Império teria que aceitar respeitá-lo como um estudioso de origem cigana.

Foi em uma manhã de Setembro que Chuva de Outono finalmente alcançou as coordenadas do mapa estelar e avistou a ilha na distância. A elfa estava empolgada em finalmente conhecer o que poderia ser a casa de seu novo amigo. Talvez houvesse outros como ele lá, escondidos do resto do mundo naquele lugar isolado. Eles eram espertos, ela pensou com um pouco de tristeza, lembrando-se da degradação e escravidão que seu povo havia sofrido nas mãos das nações humanas. Haviam pessoas que eram boas como Violka, mas apesar de ter coberto as marcas com os desenhos bonitos de suas tatuagens, as cicatrizes do que havia passado no cativeiro antes de ser resgatada ainda doíam na sua pele e na sua alma.

De longe, Ula-Yhloa já chamava atenção pela estranha formação rochosa que se destacava em seu centro. Era um bloco de pedra em forma de trapézio, desgastado pela ação do vento e coberto por algo que na distância parecia vegetação. Rochedos de aparência rugosa o cercavam na água, que tinha uma cor entre o esverdeado e o púrpura. Não havia nenhum sinal de aves marinhas fazendo seus ninhos ali, o que era estranho, mas ao entrarem em águas mais rasas os tripulantes avistaram cardumes inteiros de águas-vivas e arraias nadando entre corais de aspecto esbranquiçado.

Agora que o Hummingbird estava mais uma vez velejando pela água em busca de um lugar para aportar, Violka julgou perigoso avançar e decidiu baixar âncora ali mesmo, decidindo avançar com Pesha em um bote até a ilha para fazer um reconhecimento. A capitã preferiu não preocupar os demais com algo de que não estava certa, mas havia coisas em Ula-Yhloa que pareciam simplesmente erradas. Ela não sabia descrever o que era, mas o fato é que aquele lugar definitivamente não conseguia lhe passar uma boa impressão.


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Requiem [Semana 15]

Autora: Natalie Bear
Santuário

Foi uma longa viagem. Duas semanas na estrada trocando de carruagem para carro e trem, até que finalmente colocassem os pés em Cuzco, que ficava tão perto de parte das famosas cadeias de montanhas que formam a Cordilheira dos Andes. Rebeca finalmente tinha chegado na cidade que fora indicada na carta que, naquele frio e nublado dia de outono, atravessou a pequena portinhola de correio na porta de sua casa. Lá na tão distante Londres da qual a moça já sentia saudades, mas que não ousaria retornar sem antes encontrar seu pai e levá-lo junto. Com os pés naquela terra, tendo agora tempo para descansar da travessia que fizera em parte do país, Rebeca não sabia qual era o próximo passo que daria. O que deveria esperar, se é que deveria realmente esperar por algo. Encontrava-se em uma encruzilhada da qual desconhecia os caminhos disponíveis. À cada dia sua aflição aumentava e tornava-se difícil fechar os olhos e dormir à noite.

- Vai ficar aí fora? - Lawrence chamou a atenção da jovem, a tirando da profunda e hipnótica linha de pensamentos conturbados em sua mente.

- Eu… Só estou tomando um pouco de ar. - olhou para cima, para o céu estrelado. As estrelas que via nos últimos dias de viagem eram muito mais abundantes que aquelas que conseguia ver de sua terra. Era uma visão magnífica, encantadora.

- Estas pessoas podem não gostar de estarmos aqui fora quando eles estão nos dando um lugar para passar a noite. - apesar das palavras, o sujeito sentou-se no chão, ao lado do banco de madeira que Rebeca usava. Xerife veio logo atrás e colocou-se ao lado de seu dono lambendo-lhe o rosto e abanando a cauda, esperando por alguma ação.

- Então por que está sentando-se aí? - observava-o acariciar o volumoso pelo branco e preto do fiel companheiro.

- Gosto de ver as estrelas antes de dormir. Passava horas olhando para o céu logo antes de ir para a cama quando estava no rancho.

- O rancho… - baixou a cabeça, fitando suas botas pretas sobre o gramado do gentil casal de idosos que lhes oferecera abrigo e comida para aquela noite, após à eles contarem seus fantasmas - Você se recusou a me contar qualquer coisa depois daquele dia na carruagem. - avisou amargamente, voltando a indignar-se. Lawrence já sabia de todo o drama que Rebeca estava passando em sua vida, no entanto ela nada sabia daquele homem que, sem nenhum real bom motivo, continuava a lhe seguir e ajudar.

- Sinto muito. - respondeu… E foi apenas isso.

A moça suspirou, já sabendo que era inútil tentar.

- Agora me resta descobrir o que preciso fazer em Cuzco…

- Investigar.

- Por onde começar? É uma cidade inteira… Só poderei perguntar aleatoriamente as pessoas sobre as últimas expedições arqueológicas à Vilcabamba.

- Então faremos isso amanhã. - respondeu resoluto e deitou-se na grama.

Rebeca franziu o cenho, insegura. Tinha medo continuar e descobrir algo que não gostasse.


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Wild Hunt [Semana 15]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 14: Elo

Eu cuidava das feridas do gentil e assustado quaggan, enquanto Arawn entoava uma prece aos seus Espíritos Selvagens. Um canto tão lindo quanto triste. Acompanhei o pequeno morador das profundezas até o rio próximo, e dissemos nosso adeus, ele profundamente agradecido. Antes de mergulhar nas aguás gélidas, ele virou-se e me disse:

-Coo, Quaggan tem que dizer algo ao héroi salvador. - Ele me disse, no jeito peculiar de sua raça. - Quaggan viu um Norn, parecido com seu amigo, lá no outro lado do lago, no alto de um morro. Quaggan não podia ajudar tão alto, mas ele cantava a mesma melodia que seu amigo. Um dia ele sumiu.

-E você sabe se ele ainda está vivo? - Perguntei, mas dificilmente esperando alguma resposta positiva.

-Quaggan não sabe. Quaggan pede desculpas, mas é tudo que Quaggan sabe.

-Tudo bem. - sorri. Particularmente, eu tinha uma compaixão enorme pelos Quaggan. Uma raça tão doce e gentil, expulsa de seu lar pelos Krait, e tentando reconstruir suas cidades submersas nas aguas rasas de Tyria.- Muito obrigado por ter me dito isso, amigo. Vá em paz, e em segurança.

Ele sorriu e desapareceu nas aguas. Retornei a Arawn, em sua prece, e toquei-lhe o ombro. Ele não estava com sua marca necromantica no rosto, e pude ver seus olhos vermelhos pelas lágrimas. Senti uma urgência em mim, lágrimas vindo aos meus próprios olhos, e o abracei. A diferença de tamanho era absurda, e mesmo ele estando de joelhos e eu de pé, tive que me esticar um pouco para alcançar seu pescoço. Ele retribuiu o gesto, soltando um suspiro profundo e sentido.

-Se recomponha, Arawn! - Disse-lhe, o olhando nos olhos. - O Quaggan pode ter visto seu irmão no outro lado deste rio. Vamos encontrá-lo!

-Ainda com vida? - A pergunta foi mais pra ele mesmo que para mim.- Desculpe, meu amigo. Creio que é dificil para você entender o quão profundos são os laços familiares de nosso povo. Especialmente os nacidos wolfborn como eu. O mero pensamento de um ente querido morrer é como um golpe na alma. Familia é uma extensão do...

-...seu próprio ser, e abençoado pelos Espíritos Selvagens. -disse, me surpreendendo. Franzi as sobrancelhas em confusão e Arawn me olhou igualmente surpreso. - Arawn, creio que talvez um sylvari tenha viajado com seu irmão, e atravez do sonho, eu tenha recebido algumas de suas memórias. Por algum motivo, minha Wild Hunt me liga a você. Eu prometo, não vou descansar até que encontremos seu irmão.

Ele me olhou com ternura, e sorriu. A dor em seu peito pareceia ter aliviado um pouco.

-Obrigado, meu amigo.- Nem percebi, mas ainda estavamos abraçados. Nos soltamos, ele se pos de pé, cobrindo os olhos com sua marca novamente. O vento começava a soprar forte novamente. - Temos um bom caminho pela frente. Vamos ao outro lado deste lago!


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Contos do Amante da Morte [Semana 15]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 13: Lança e Espada

Naquela noite, o céu e a terra eram imersos em um mesmo tom de laranja fumegante e avassalador. O som das chamas crepitando, das estruturas de madeira ruindo, os gritos dos homens em seus pedidos de misericórdia. Marcos estava parado, paralisado pelo terror, suas pernas bambeavam, suas mãos tremiam e seus olhos não conseguiam fixar nenhuma saída:

– N-não… não posso… e-eu prometi! – as palavras eram sibiladas, e embora sua mente tentasse se convencer a todo custo, seu corpo não obedecia.

Logo uma voz conhecida lhe chamou com urgência. Solomon, montado em seu cavalo pardo preferido, parava brevemente ao lado do moreno:

– Se prometeu, cumpra! Se deu sua palavra, honre! Morra nas chamas como um verme, ou enfrente e sobreviva! – o rosto do ruivo estava mais sombrio e duro do que de costume, mas seu olhar nunca esteve tão intenso.

Dito isto, Solomon cavalgou, gritando ordens para alguns homens, organizando-os em uma linha de doze homens montados e mais seis a pé. Rumaram para frente junto ao portão escancarado do forte. Marcos observou aqueles homens excepcionais tão melhor preparados para enfrentar uma batalha de vida e morte, que só conseguia amaldiçoar sua própria incapacidade:

– Inferno! Eu quero ir, mas não quero morrer… – apertou o punho do machado com força o suficiente para seus tremores cessarem – Eu sou um covarde… um maldito covarde! MALDIÇÃO! – Suas pernas finalmente se moveram para frente, seu rosto vertia lágrimas misturadas ao suor e as cinzas, seu coração saltava em seu peito a cada passo dado adiante, sua mente num turbilhão de pensamentos, seus pais, seus irmãos, Apony, até tudo isso desaparecer e dar lugar apenas a uma forte convicção:

– VIVER!!! – Marcos soltava o ar de seus pulmões em um grito tão desesperado quanto seu ataque, alcançando a linha de frente, a tempo de ver Solomon ser atravessado por uma lança na axila do braço direito e em seguida, o homem que o atingira deslizava sua espada de lâmina fina e comprida para a garganta do outro, abrindo um vão que fez chover o sangue do ruivo.

Marcos não teve tempo para chorar a perda, apenas se lançou contra o maior com a espada e escudo, sendo rechaçado quando o outro moveu o cadáver de Solomon na direção do moreno que bloqueou com seu escudo. No instante seguinte, as lâminas das espadas dançaram e se enroscaram de forma que o jovem Blackwood foi desarmado. Agora, com a guarda aberta, a mesma lança que perfurou seu Capitão o perfurava no ombro direito, fazendo-o cerrar os dentes pela dor aguda da ponta afiada dilacerando a carne, abrindo espaço para o cabo da arma.

Não demorou para que a mesma lâmina que ceifou seus outros companheiros, fizesse caminho ágil até sua garganta e, por reflexo, Marcos sacou seu machado e arremessou na direção do outro, sem expectativa de acerto, sem esperanças. Seu último movimento não foi para se proteger, e sim para acertar seu inimigo custasse o que custasse.

“Mortos não contam histórias, é o que dizem!”


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“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -