sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Resultado Final e Considerações

Antes de revelar os resultados - e anunciar o grande vencedor do projeto -, gostaria de deixar meus agradecimentos a todos os envolvidos direta e indiretamente no projeto. Muito obrigada aos escritores: Moonlance, Adriana Yumi, Lucas Fornaciari, Marco Fischer, Marlon Kalango, Mari-Youko-Sama, Silvia Verlene e Natalie Bear por todo esforço e tempo dedicado a esse projeto. Também gostaria de agradecer os leitores por sempre acompanhar todas as obras com carinho. E por último - mas não menos importante, claro - gostaria de agradecer meu namorado, Bruno, por estar sempre me apoiando e apoiando meus projetos. Foram longos seis meses, mas que se passaram rapidamente, de forma divertida. Espero que todos tenham tido uma experiência agradável e que continuem se esforçando. O MONOBA está dando o seu "adeus" - ou quem sabe um "até logo" -, mas este foi apenas o primeiro passo para aqueles que desejam continuar escrevendo... Um passo muito importante. Por isso, guardem essas memórias com orgulho dentro de seus corações e, se um dia, acreditarem que tenha algo que não consigam fazer, lembrem-se de tudo que vocês superaram para chegar até aqui.

Muito obrigada a todos por tornar esse projeto possível!

Mid Misha


OBS: E não deixem de ler as considerações dos escritores nos posts abaixo!



Resultado Final do MONOBA


Com 241 pontos, o grande vencedor do MONOBA é...

Marco Fischer e sua obra "Filho das Profundezas"!
Parabéns, Marco, pelo primeiro lugar!


O segundo lugar, com 218 pontos, vai para Mari-Youko-Sama e sua obra "Contos do Amante da Morte"! Parabéns, Mari!

O terceiro lugar foi bastante disputado até o final do projeto. E quem conquistou essa colocação foi Adriana Yumi e sua obra "Pepper & Donuts", com um total de 65 pontos! Parabéns, Yumi!

Logo em seguida, o quarto lugar - com 61 pontos - vai para o escritor Marlon Kalango e sua obra "Wild Hunt"! Parabéns, Marlon!

O quinto lugar fica com Lucas Suwgamm e sua obra "Nave Fantasma" que conquistaram 44 pontos! Parabéns, Lucas!

Em sexto lugar, o escritor Moonlance e sua obra "Neocene II - nanoships". Por finalizar a sua obra e não ter desistido, sua pontuação negativa foi retirada, terminando com 0 ponto. Parabéns, Moon!

É uma pena que Silvia Verlene ("SentiMente") e Natalie Bear (Requiem) não conseguiram continuar no projeto por motivo de forças maiores. Mas a presença das duas foi muito importante para nós! Obrigada!


Agora, veremos os detalhes do resultado da semana 25 e mês de setembro:

Totalizando 15 votos, o MONOBA orgulhosamente apresenta os vencedores da semana 25:

Em primeiro lugar, com 6 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em segundo lugar, com 5 voto, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em terceiro lugar, com 2 voto, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi.

Seguidos de "Neocene II - nanoships", de Moonlance (1 voto) e "Wild Hunt", de Marlon Kalango (1 voto). "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm não participou da semana final, então não recebeu pontos.

Lembrando que a pontuação deste último mês foi diferenciada. Agora apresentamos a pontuação do mês de setembro do MONOBA:

Em primeiro lugar, com 76 pontos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em segundo lugar, com 56 pontos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em terceiro lugar, com 31 pontos, a história "Wild Hunt", de Marlon Kalango.

Seguidos de "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (27 pontos); "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (16 pontos) e "Neocene II - nanoships", de Moonlance (3 pontos).


A pontuação secreta e simbólica de 5 pontos vai para Marco Fischer (Filho das Profundezas), por ser o único a entregar todas as semanas do projeto! Parabéns!


Parabéns aos vencedores do mês, da semana e do MONOBA!
Confira mais detalhes da pontuação em "Ranking".


E, novamente, muito obrigada! Cada um de vocês, cada voto, cada palavra de força e homenagens foram muito importantes para nós!

Neocene II – nanoships - Considerações Finais

Autor: Moonlance

MONOBA (Mobile Novel Battle) é aquele tipo de auto-desafio indispensável para quem deseja testar sua vocação profissional literária - ou de contação de histórias. Afinal de contas, escrever durante mais de mês, um micro-capítulo por semana de uma história pequena e inédita, ainda sendo gestada pelo autor, é uma tarefa que poderia muito bem merecer uma dedicação exclusiva de um escritor profissional. Nesse sentido, a título de curiosidade, é possível considerar que o MONOBA apresenta propriedades análogas à própria produção de séries de animação de TV, em vista da sistemática dos prazos de entrega de cada capítulo (episódio) da história, a qual é serizada, mas também sequenciada - nenhum capítulo pode ser apresentado fora de ordem.

A realização de um projeto como MONOBA mostrou ser capaz de inspirar, não só autores e leitores em suas diferentes buscas, como também possíveis novos proponentes de projetos coletivos nessa linha - quem sabe com orientações temáticas ou outras formas de experimentação colaborativa. Em todo o caso, acredito que é sempre um motivo de plausível fascinação, a - hoje tão pavimentada - possibilidade criativa da narrativa escrita, publicada em novas mídias como a Internet. MONOBA também nos ajuda a resgatar o valor concreto que possui essa, aparentemente tão simples, perspectiva atual.

Moonlance

Pepper & Donuts - Considerações Finais

Autora: Adriana Yumi

Achei bem desafiador participar do MONOBA. Pra mim foi realmente um desafio, já que não escrevo com tanta frequência e nem sou do ramo literário, então tive dificuldade pra escrever um conto com mais detalhes e que ficasse coerente, mas isso foi um ponto bom porque aprendi bastante com essa experiência, mudei um pouco a forma de escrita ao longo dos capítulos e percebi que escrever pode ser mais complexo do que parece.

Gostei bastante da experiência, ter que escrever regularmente um certo número de palavras por semana ajuda a criar um senso de responsabilidade e estimula a criatividade, e achei isso um ponto interessante no projeto. Também gostei da forma como o MONOBA foi planejado e organizado, podendo dar chance aos leitores participarem seja votando, seja fazendo alguma homenagem, etc. Acho bem legal a participação dos leitores para opinar/comentar uma obra, pois eles mesmos acabam ajudando nesse processo de evolução do autor.

Gostaria de agradecer aos que acompanharam a minha história (Pepper & Donuts) e espero que tenham gostado dessa pitadinha do universo de Miki e companhia.

Por fim, gostaria de agradecer à Mid Misha pelo convite, e espero que o projeto possa ter uma segunda edição, com novos autores! =)

Nave Fantasma - Considerações Finais

Autor: Lucas Suwgamm

Considerações

Não sei muito bem o que dizer sobre o Monoba, foi uma experiência única e agradeço pela oportunidade de mostrar um pouco do meu trabalho, que acabei executando algo totalmente diferente do planejado há 25 semanas atrás, mas contudo, gostei do resultado final, mesmo não existindo “o final” e quanto a isso, peço desculpas.

Monoba foi um desafio e tanto, prazos loucos (principalmente para alguém como eu, que não está acostumado ao ato da escrita), organização das ideias e tempo e acima de tudo, promoveu uma competividade saudável com a galera que participou, que me surpreenderam com suas respectivas histórias e vários estilos narrativos.

Para finalizar e não haver mais prolongas, foi uma empreitada gostosa e recomendo a todos que participem e não tenha medo de escrever (acho que fui uma prova que alguém sem experiência pode participar de uma maneira saudável XD), espero que aja uma nova edições desse jogo entre micro capítulos, ideal para ser lido em aparelhos mobile.

Filho das Profundezas - Considerações Finais

Autor: Marco Fischer

Escrever ‘Filho das Profundezas’ foi uma experiência interessante e diferente do que estou acostumado a escrever. Creio ter sido uma das histórias mais longas que produzi, e ainda assim no fim ela pareceu grande demais para as cinquenta e poucas páginas. E isso porque durante o desenvolvimento ela se afastou bastante de vários conceitos originais, o que é perceptível pela sinopse com acontecimentos que acabaram não ocorrendo. Claro, o processo de criação me ensinou muitas coisas e no fim das contas entre erros e acertos fico feliz de tê-la concluído.

A vontade que tenho é de estender essa história no futuro. Como alguns sabem, ela se passa em um universo muito maior, que envolve o cenário do meu projeto ‘Crônicas do Mar de Prata’. Tentei incluir nela um pouco de vários elementos que são centrais nas Crônicas: o multiculturalismo, a presença constante de elementos de steampunk, fantasia e histórias de piratas, além das referências a Lovecraft e outros autores de weird fiction.

Escrever essa história também me permitiu conhecer um pouco das culturas havaiana e cigana, embora eu acredite que ainda tenha muito a aprender sobre ambas. De qualquer forma, fico feliz por as pessoas terem gostado de uma protagonista diferente do usual, isso me motiva a escrever mais histórias assim. Também foi legal poder incluir vários elementos vindos de inspirações tão diversas como oceanologia, D&D e subculturas urbanas.

Deixo aqui meu agradecimento à Mid Misha pela oportunidade de participar e também a todos os leitores que acompanharam os capítulos e incentivaram: Rafaela, Matiazi, Danie, Ícaro e todos os outros. Não posso deixar de agradecer também aos demais ‘competidores’ do MONOBA por contribuírem com suas histórias únicas e fascinantes, que deixaram esse projeto ainda mais legal de fazer parte.

Wild Hunt - Considerações Finais

Autor: Marlon Kalango

Why, hello there!!

Caramba, 25 semanas passaram mais rápido do que pareceu!! Foi até esquisito depois desse tempo começar a semana sem ter mais historia pra escrever! Hehe

Eu já tinha falado no e-mail pra Mid, mas quero expressar aqui também toda minha gratidão por ela me convidar pra esse projeto. Foi muito gratificante pra mim participar aqui ao lado dos outros autores, e suas historias (mesmo alguns tendo que infelizmente, deixar o monoba por motivos de força maior). Eu sou TERRÍVEL com despedidas/agradecimentos e etc, então, só queria deixar aqui meu mais sincero obrigado!

Esses seis meses foram uma aventura pra mim, e por horas pensei mesmo que não daria pra entregar os capítulos a tempo (comecei a trabalhar em período integral pouco depois que o projeto começou), espremia meu cérebro pra conseguir inspiração muitas vezes. Mas chegamos aqui! Wild Hunt já era um projeto que eu tinha em mente fazia muito tempo, mas só tinha alguns esboços (em inglês, porque publicava no meu tumblr), e foi muito gostoso finalmente dar forma na história do Etherdry. Espero que tenham gostado! (e desculpa qualquer errinho no enrredo XD)

Então é isso! Muito obrigado, aos Leitores e aos colegas Autores também. Pra Mid, por me proporcionar essa experiência, e espero que tenhamos uma 'segunda temporada' em algum momento. Enquanto isso, vejo vocês no 'Sonho'.

Marlon Kalango.

Contos do Amante da Morte - Considerações Finais

Autora: Mari-Youko-Sama

Apêndices:

Contos do Amante da Morte é um conjunto de relatos narrados durante um dos arcos da mesa de RPG que mestrei por 5 anos. Muitas coisas que sequer tinham sido elucidadas foram postas no papel de forma linear e chegaram a quem quisesse ler. Tive a oportunidade de situar, contextualizar os fatos e assim fazer pequenos ajustes para que esses contos se emancipassem da história mãe que dava nome a campanha.

O projeto MONOBA apesar da proposta simples de um capítulo curto por semana, ainda sim requer um compromisso e tanto de cada autor com seu horário de escrita e com os prazos de entrega (eu me peguei em situações bem complicadas por não me organizar em algumas semanas), assim como um esforço criativo razoável em compor toda a trama e a desenvolver.

Acredito que todos que se dispuseram a fazer parte do projeto deixaram experiências e sensações, assim como cultivaram percepções bem particulares sobre sua própria obra no desenrolar das semanas.

Não é um esforço pequeno, tão pouco se restringe somente aos autores, devo agradecimentos especiais a Midori pelo convite e por toda a organização, solução de problemas, comprometimento com prazos e divulgações. O espaço da internet para a literatura é algo em constante mudança que carece de ideias inovadoras como a do projeto MONOBA que comprova que dinâmicas semelhantes podem dá certo e serem bem recepcionadas.

No mais, eu cresci como autora e sempre terei o projeto MONOBA como uma parte fundamental nesse processo de aprimoramento pessoal na parte escrita.

E para aqueles que são amantes de literatura de ficção e não se contentam apenas em ler, não percam tempo, ponham as ideias no papel, dê forma e busque principalmente conta-las para outras pessoas, sempre tem quem queira ler e ouvi-las.

“SentiMente” - Considerações Finais

Autora: Silvia Verlene

- Não enviou considerações finais -

Requiem - Considerações Finais

Autora: Natalie Bear

- Não enviou considerações finais -

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Semana 25 + Resultado da semana 24 + Pontuação e Regra Especial

Semana 25 do MONOBA

Após seis meses de trabalho duro e muitas aventuras, o MONOBA finamente lança a sua última semana de rodada de "novels" desta edição. Se você ainda não leu, dá tempo ainda de desfrutar das histórias e votar em seu escritor favorito! Este é um momento decisivo, então cada voto é importante. A votação vai até dia 17 de setembro, quarta-feira. E a revelação do grande vencedor ocorrerá na sexta-feira, dia 19. Boa leitura e divirta-se!


Neocene II - nanoships: Capítulo 08: A Simetria Escalar

Pepper & Donuts: Capítulo 22 - Donuts 22: um novo começo

Filho das Profundezas: Parte XXV - Abismo

Wild Hunt: Cap 24: Wild Hunt

Contos do Amante da Morte: Capítulo 21: Tudo ou Nada.


Resultado da semana 24

Totalizando 7 votos, apresentamos os vencedores da penúltima semana do MONOBA:

Em primeiro lugar, com 4 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em segundo lugar, com 1 voto, a história "Wild Hunt", de Marlon Kalango (que disputou colocação com "Contos do Amante da Morte" e "Pepper & Donuts" em uma votação interna de desempate).
Em terceiro lugar, com 1 voto, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama (que disputou colocação com "Wild Hunt" e "Pepper & Donuts" em uma votação interna de desempate).

Seguidos de "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi  (1 voto) e "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (sem voto). "Neocene II - nanoships", de Moonlance está a três semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá dois ponto negativo (-2).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Pontuação e Regra Especial neste mês de finalização do MONOBA

Assim como uma história pode ter uma grande reviravolta, a nossa batalha também pode ter! O projeto exigiu bastante empenho dos escritores até agora e nos momentos finais exigirá ainda mais. Então a pontuação também acompanhará este empenho.

A pontuação seguirá às seguintes determinações:

Semana 21 - terá a pontuação normal (9 pontos para o 1º lugar, 6 para o 2º, 3 para o 3º e 1 ponto para os demais).

Semana 22 - 12 / 9 / 6 - demais: 2

Semana 23 - 15 / 12 / 9 - demais: 3

Semana 24 - 18 / 15 / 12 - demais: 4

Semana 25 - 25 / 20 / 15 - demais: 5

A pontuação da semana 25 foi revelada! Lembrando que também temos uma pontuação secreta e simbólica de 5 pontos. O escritor premiado será revelado apenas no resultado final do projeto. O bônus de vencedor do mês irá para 9 / 6 / 3 dos anteriores 3 / 2 / 1. Caso haja algum empate entre as três primeiras colocações no ranking final, ocorrerá uma votação pública na quinta-feira, 18 de setembro, para desempate.

Como uma regra especial, na última semana (semana 25), os escritores terão o dobro de palavras para finalizar com chave de ouro suas histórias. De mínimo de 400 e máximo de 500, passará a ter mínimo de 800 e máximo de 1000 palavras neste último capítulo.

Boa sorte para todos os escritores nesta última semana!

Neocene II – nanoships [Semana 25]

Autor: Moonlance
Capítulo 08: A Simetria Escalar

A equipe de Marinas Espaciais irrompe no interior da carcaça envelopada pelos campos energéticos programados no hangar de Nova. Os visitantes acessaram o primeiro hall e corredores deteriorados da espaço-nave fóssil. As leituras eletromagnéticas mapeavam em diferentes escalas a real estrutura do grande corpo metálico. No entanto, observou-se 2 anomalias localizadas, as quais não puderam ser reconstituídas ciberneticamente por Miho, tampouco por Sasha na Neocene II. Isso intrigava os especialistas, motivando a quarentena desses setores, especialmente o maior deles, na região central da nave. Contudo, isso não impedia a análise Trobotz e o isolamento progressivo das áreas normais pela equipe de exploração: uma vez compartimentado, cada setor era escaneado e projetado no registro museológico de Miho; e matéria e energia fósseis – complexificadas pela entropia da ação do tempo – eram processadas em dados virtuais bem como transformadas em renovada tecnologia in situ, compatível com os usos da Confederação Intra-Galáctica. A absorção da nave-fóssil, tinha iciado...!

O processo integral demoraria horas, mas já era possível, do hanger de Nova, observar a perda de massa sofrida pela nave-fóssil; muito de seu interior acabaca por ser exposto pela absorção cibernética. Em dado momento, a equipe de Marinas Espaciais atingia a sala de controle; embora não tenha sido possível extrair muitas informações sobre o destino da paleo-tripulação, captou-se a breve emissão de um pulso elétrico em direção a um dos setores anômalos – o menor deles, o qual ainda não tinha sido aproximado.

– O que foi isso? – indagou Jessika Nova.

– Um sinal de corrente elétrica. – Respondeu Cosmos, que estava ao lado – A probabilidade de que nem tudo é inoperante numa nave-fóssil é astronômica, mesmo na escala temporal de sua degradação no espaço.

Logo descobriu-se que o setor anômalo era uma sala totalmente arruinada, recoberta de escombros. Jessika subitamente começou a sentir tontura, e Kirsken foi a primeira a apurar. Não obtendo sucesso, Polly que estava na Neocene II lançou-se à cidade-asteroide para buscar sua antiga colega.

– Vai entrar sozinha? – Perguntou Lucy, que a aguardava no hangar.

– Como...? V-você não vem junto......? – Atrapalhou-se Polly; e logo percebeu, pelo silêncio astucioso da estruturalista, que ela estava sendo testada...!

Para alcançar as garotas e resgatar Jessika, Polly deveria percorrer solitária uma grande distância, atravessando uma gama de corredores lúgubres porém já isolados, embora ainda não iniciados para absorção. Acabaria contudo passando adjacente ao grande hall central – igualmente isolado, e adicionalmente posto em quarentena –, mas em cuja proximidade ocorria a maior anomalia de forças. A equipe de Marinas Especiais não iria ao encontro de Polly, pois já monitoravam uma área de risco; não obstante, enviaram-lhe o Trobotz Nr'aop.

– Não se preocupe, você vai ficar bem. Mas por favor venha posteriormente à Neocene II para eu examiná-la melhor! Ok? – Solicitou Kirsken a Jessika, ajudando-a a recompôr-se. De repente, surge da porta uma garota esguia e esbaforida, de pele branca como um fantasma, banlançando longa cauda de cavalo às costa, e seguida por Nr'aop, que se esforçava para acompanhá-la. As colegas, especialmente a risonha Capitã Tess-Stella, acabaram achando bastante graça da situação! especialmente depois que o grande felino Patak se aproximou docilmente de Polly, ainda aflita, e a abraçou lambendo-lhe a face.

A missão para as Marinas Espaciais estava praticamente concluída, mas quando estavam prestes a rumar para os setores remanescentes, Tess-Stella começou a chutar e a remover a ampla carga de escombros de materiais do chão. A criatura Patak, talvez compreendendo instintivamente, veio imediatamente lhe prestar auxílio, quando Kirsken indagou:

– Tess...? Você achou alguma coisa aí...?

– Eu quero ver o que tem aqui em baixo! – respondeu a Capitã.

– CÂMBIO!! Tonta! - Esbravejou de repente sua irmã Sasha, a partir da Neocene II – Deixe isso para a Absorção!! Não vá se contaminar ou liberar mais radiação! Seu Campo Pxy já está a 25%! CÂMBIO!

– NÃO!!! - Retrucou Tess-Stella determinanda – Não é pra absorver qualquer coisa!!

Em poucos instantes, o Trobotz Nr'aop registrou novas informações a partir dos escombros: tinha sido descoberta uma câmara de hibernação soterrada de uma tecnologia primitiva – isto é, para os padrões dos Pxychomotakkae cziplakton. Havia um ser humanoide de feições semelhantes, de aspecto estável em seu interior...! A intriga e a euforia tornaram-se generalizadas em todas as equipes. O Trobotz escavou e retirou cuidadosamente o contêiner, que foi levado até o hangar. A missão de exploração e absorção foi somente concluída cerca de cinco horas depois, e descobriu-se que as anomalias da nave-fóssil tinham sido provocadas pela presença de um antigo gerador adensado e neutralizado.

No laboratório da Neocene II, Kirsken analisava o corpo resgatado, assistida por Cosmos e Lucy. Quando Polly e as outras entraram em cena perguntando sobre novas revelações – já sabiam que o ser estava vivo – a biologista disse:

– Trata-se de uma Pxychomotakkae czitopos. nosso ancestral teórico mais próximo! A este espécimen, além de ocorrer-lhe alguns genes diferentes dos nossos como esperado, sua carga genética apresenta uma macro-estrutura auxiliar periférica, que desconhecemos totalmente!

–  Uhm...? Seria uma simetria escalar? Hipotetiza Lucy.

– Sim! – disse Kirsken sem tentar esconder o entusiasmo – Acho que há pelo menos 2 padrões fractais; acredito que a macro-estrutura pode ter se perdido ao longo de nossa evolução taxonômica...! Desconheço os propósitos... Quem sabe Miho pudesse...

– Com sua permissão: – disse Cosmos, com sua voz calma e tímida – sabendo-se que essa relativa, macro-estrutura genética anexa, ainda não decodificada, há de ser a responsável pelas propriedades extraordinárias do Campo Pxy de nossos ancestrais, assim, fica claro por que Jessika, com seu raro campo, sofreu um choque de intersecção naquela situação anterior.

Silenciaram por uns instantes. De repente, havia um universo aind amaior por descobrir, e estavam ansiosas para acompanhar o futuro despertar daquele ser, tido como extinto a dezenas de milhares de anos! Possivelmente, o único e último espécimen Pxychomotakkae czitopos...! Então, Sasha oferece-lhes um brinde de grafteína, Polly comenta alguns dos novos planos que pensou para a Neocene II, Tess-Stella derruba o Patak no chão como brincadeira, e Miho convida a todos para fruirem junto a sua esfera cibernética no Planetarium, as 357 hipóteses de reconstrução do mundo perdido daquela misteriosa civilização perdida.

FIM

Pepper & Donuts [Semana 25]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 22 - Donuts 22: um novo começo

Misaki estava com o coração acelerado enquanto corria pra acompanhar Nathan, que não largava sua mão. O rapaz não falou nada até chegarem num pátio que, naquele momento, estava vazio.

- O que deu em você? Por que saiu correndo daquele jeito? E ainda mais, que negócio é esse de querer que eu seja sua namorada e...
- Mas você não fica quieta mesmo, hein?
- Qualquer pessoa normal faria essas mesmas perguntas!!
- Okay, já vou responder. Só espero que você não fique brava.
- Mas ficar brava com o quê?

Nathan se aproximou rapidamente de Misaki e deu-lhe um beijo em seus lábios. A garota, que não esperava por tal ação, espantou-se por um momento, mas a medida que o beijo se prolongava, ela se acalmava. Era uma sensação estranha mas ao mesmo tempo, reconfortante. Aquele rapaz que implicava com ela e com sua fome por bolachas, naquele momento conseguia ser delicado e gentil.

- Isso responde a sua pergunta?
- Claro que não, seu idiota! O que eu quero saber é porque você veio com esse negócio de ser sua namorada, assim do nada.
- Ué, não consegui esclarecer pra você? Aff, mas você é uma tonta mesmo. Escuta aqui Misaki. Eu realmente gosto de você. Entendeu agora?
- Mas a gente mal se conhece...
- Digamos que eu meio que...me apaixonei a primeira vista por você. Depois com o contato na escola, percebi que era alguém especial. Sei que o pedido foi meio de repente, mas se você deixar...queria poder te conhecer melhor. Fazer parte da sua vida.
- Hum...acho que podemos tentar. Pra falar a verdade, foi a primeira vez que alguém falou aquilo pra mim.
- Então temos um acordo amigável?
- Acho que sim.

Nathan sorri e dá um beijo na bochecha de Misaki, que fica corada. A garota tenta esconder o desconforto, mas o rapaz percebe e faz um comentário infeliz.

- Você parece uma maçã de tão vermelha que ficou.
- Seu idiota, vou te matar!!
- Misaki! Nathan! Finalmente achei vocês!

Akihiko apareceu e foi em direção aos meninos com uma expressão nada boa no rosto. Misaki gelou.
- Vocês dois, pra minha sala. AGORA.

Na sala dos professores, Akihiko começou sua tempestade de sermões.

- Muito bem, posso saber o que vocês dois estavam fazendo lá fora quando deviam ter voltado para a aula? Quando perguntei pro Abel, ele não soube responder direito, aí vou procurá-los e encontro os dois no pátio.
- Er, é uma situação muito complicada, tio, digo...professor.
- Sim, tudo é muito complicado com você.
- Professor, eu posso explicar. A culpa foi minha.

Nathan se adiantou e explicou todo o incidente pra Akihiko, incluindo que fora ele quem puxou Misaki para o pátio e sobre sua confissão amorosa para a garota. À medida que o professor ouvia a explicação de Nathan, Misaki ficava mais e mais vermelha.

- Aiai, tudo bem que vocês são jovens, mas dá pra resolver esses problemas amorosos fora da escola, não? Vou ficar de olho em vocês dois a partir de hoje. Se eu pegá-los fora por causa de namorico, não será comigo que vão se entender, e sim com o Senhor Abreu. Regras da escola, vocês sabem disso.
- Okay... - dizem os dois ao mesmo tempo.
- E Misaki...boa sorte pra contar isso pro seu pai - Akihiko dá um sorriso maroto.
- Hã? M-mas não é como se eu tivesse aceitado namorar esse pastel agora, só vamos tentar nos conhecer melhor!
- Haha, estou brincando. Mas aproveite a companhia do Nathan. Sei que tem tido muita pressão do seu pai por causa do vestibular, então é bom ter uma pessoa pra contar nessas horas.
- Ok, obrigada tio!
- Muito bem, agora que tudo se resolveu...vamos voltar pra aula?

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Uma semana depois.

- Prima! Me espere!
- Vamos logo, Aiko! Senão vamos nos atrasar pra exposição da Kelly!

Misaki e Aiko estavam indo pra exposição de jovens pintores, no prédio do colégio. Era uma iniciativa que a escola preparava todo ano pra prestigiar os alunos que gostavam de desenhar, pintar, fazer esculturas, ou tocar algum instrumento. Kelly participava desde o primeiro ano expondo suas pinturas e Misaki sempre ia ao evento ver os trabalhos da amiga.

- Estou bem curiosa pra ver a exposição!! A Kelly mostrou as amostras do trabalho dela, são lindas!
 Er...elas são bem profundas mesmo.

Misaki parou um tempo pra pensar em como classificar as obras de arte de sua amiga, que sempre tinham um quê de sombrio. No meio do caminho para o metrô, as garotas encontraram Nathan.

- Ah. Vocês demoraram.
- Desculpe, a Aiko ficou toda enrolada pra escolher as roupas dela e atrasamos um pouco.
- Hey, heeey! Você também demorou quase meia hora pra escolher a roupa, prima. Principalmente porque você disse que queria surpreender o Nathan e-

Como se fosse por impulso, Misaki tampou a boca de Aiko bem forte pra que a prima não falasse mais nada.

- Não queria surpreender ninguém!! V-vamos logo pra exposição antes que a Kelly comece a encher meu celular de mensagens!
- Humm, é verdade. Você está diferente, Miki. Parece mais...feminina - comenta Nathan.
- Você fala como se eu nunca fosse feminina...viu, Aiko? É por isso que eu falo que não adianta perder tempo com esse idiota e-

Nathan segura nos ombros de Misaki e lhe dá um beijo.
- Sua idiota. Você ficou muito bonita assim.
- O-obrigada...
- Só não deixe de ser você mesma por causa disso, OK?
- Pode ficar tranquilo, não vou deixar de gostar de luta livre e video-games. Mas dar uma arrumada no visual de vez em quando não faz mal, né?
- Ih, o Abel acabou de mandar mensagem perguntando onde estamos. A Kelly tá quase desesperada querendo saber se a gente vai vir mesmo - diz Aiko, olhando o celular.
- Então o que estamos esperando? Vamos!

Nave Fantasma [Semana 25]

Autor: Lucas Suwgamm

Aguardando posição do autor.

Filho das Profundezas [Semana 25]

Autor: Marco Fischer
Parte XXV - Abismo

Violka afundava na escuridão de Ula-Yhloa, mergulhando entre as glórias afogadas do Império de Lemuria. Estátuas de heróis esquecidos eram sua plateia enquanto descia até um salão submerso, ainda maior do que aquele onde havia enfrentado o monstro agora soterrado pelas ruínas.

Logo Violka não mais prendia a respiração ou sentia a água gelada em seu corpo. Estava suspensa nas trevas, diante de algo tão imenso que ela não conseguia vislumbrar de uma só vez. Mas não estava com medo. Sempre soube que não era mais do que um pequeno ponto diante da vastidão do oceano, e isso não a impedia de navegar através dele.

Era isso que precisava fazer agora, deixar sua consciência fluir livremente como um pássaro através daquele abismo. Era como se manter lúcida em um pesadelo, embora fosse mais vívido e ela soubesse que não tinha muito tempo.

Naquele turbilhão, ela via passar os últimos dias da Lemuria. Cidades-ilha de pedra e cristal eram tragadas pelas ondas e por seres tão antigos quanto o mundo.  A imagem do deus-peixe surgia inúmeras vezes, rodeada por seus adoradores. Mas o que era aquilo em que estavam se transformando?

Lemuria jamais esteve morta. Ela apenas abandonou a miséria da superfície, indo para junto de seu senhor e protetor. Nossa linhagem persiste em Ula-Yhloa, e todas as outras cidades imortais onde vivemos sob a graça de nosso Pai Dagon.

Assaltada pelas memórias, Violka via que aquilo não era uma divindade de fato. Era uma criatura gigantesca e demoníaca, que nadava nas profundezas do éter e agora se manifestava na consciência do Maleko. O garoto e aquele horror ancestral estavam ligados de algum modo, e esse era um grilhão que ela não poderia romper.

-Foi por isso que fugiu, não é? Estava confuso e com medo. Por não ser como os outros de sua espécie, e pelo que a Ordem queria que se tornasse. Sua mente não é fraca como a deles. Você não é um escravo. Mas não sabe o que fazer com essa liberdade.

Violka falava para a escuridão ao seu redor, sem a certeza de que suas palavras chegariam ao Maleko que havia conhecido. Mas mesmo que a presença maior não diminuísse, ela sentia que ele ainda estava ali, tentando encontrar a si mesmo no olho da tempestade.

O infante é apenas uma concha. Dentro dele está a próxima geração de nossa raça abissal. Seu único propósito é reproduzir e transmitir seu sangue aos rebentos, tornando Lemuria ainda mais forte e expandindo os domínios de nosso Pai Dagon.

-Você sabe que não. Você sabe que pode dominar esse poder e escolher o que irá se tornar. Já conseguiu abrir seus olhos e fugir uma vez, então não há desculpa para se entregar agora!

Uma explosão de água atingiu Violka, e ela sentiu que seu corpo se afogaria ainda mais rápido. Sua maior luta era para se manter sã e consciente naquele turbilhão, que tentava levar embora sua mente como uma correnteza. E sua batalha finalmente estava começando a surtir efeito, pois a silhueta do Maleko surgia outra vez diante dela, falando dessa vez diretamente.

-Se queria me libertar, por que me trouxe aqui? Por que não me manteve longe do mar e dessa ilha? Eu já havia fugido, e tudo que fez foi me arrastar de volta até minha prisão.

-Se não tivesse lhe trazido até aqui, você ainda seria um escravo, mas da própria ignorância. – respondeu a capitã com serenidade, percebendo sua visão começar a ficar turva. – O medo do desconhecido é o pior dos medos, e desconhecer a si mesmo é estar aprisionado nele para sempre.

-E se eu resolver que sou mesmo um arauto de Dagon? E se eu quiser ficar com Lemuria e te arrastar para ser devorada por meus irmãos?

-Ficar com os que te criaram é escolha sua, mas você não vai me matar – ela dizia com um sorriso, já no limiar de sua consciência.

-Você diz que sou livre para qualquer coisa. Então o que me impede de te levar para as profundezas como um presente a Pai Dagon?

-Saber que se algum dia você desistir dessa vida, eu estarei lá em cima para te ajudar outra vez a achar um caminho.

Nesse momento o laço telepático se quebrou, e Violka se viu mais uma vez no salão submerso de Ula-Yhloa. Seu último fôlego se esvaiu e a inconsciência veio como um alívio para a dor em seus pulmões repletos de água.

Chuva de Outono caminhou até a cabine do Hummingbird, após a tripulação finalmente se livrar do fedor dos cadáveres dos híbridos-peixe. Abrindo a porta, ela viu Pesha folheando um dos livros da capitã. Seu rosto se entristeceu enquanto entrava, mas logo se iluminou em um sorriso ao ver Violka se remexendo na rede e murmurando.

-Que dor de cabeça...

Após o funeral de Stevo, os três estavam juntos outra vez, sentados no convés em meio a várias garrafas. Pesha explicava novamente como havia encontrado a capitã na praia, e como a ilha havia sido engolida pela maré alta pouco depois de terem sido resgatados pela tripulação, desaparecendo completamente.

-Todas as evidências se foram. Eles nunca vão me aceitar como um acadêmico do Império agora. – lamentava o rapaz.

-Você sabe que nunca precisou disso, Pesha. Vamos te levar até a capital e você vai provar de uma vez por todas que é tão digno quanto qualquer um que está lá!

O estudioso deu um sorriso tímido enquanto Violka se levantava lhe dando um tapinha no ombro. Então se ergueu mais confiante e perguntou.

-E depois? Para onde você vai?

Violka se debruçou na amurada do navio, olhando para o anoitecer no oceano como se procurasse por algo na imensidão.

-Eu descobri que o mar é a ainda maior do que pensava. Não vou esquecer as coisas que aconteceram lá embaixo, e você me conhece muito bem para saber que para mim um novo par de asas significa um novo céu para explorar, por mais sombrio e tempestuoso que ele seja.

Wild Hunt [Semana 25]

Autor: Marlon Kalango
Cap 24: Wild Hunt

As palavras da Mãe Arvore ainda ecoavam em minha mente. A Batalha nas Montanhas Shiverpeaks contra o Garra tinha sido feroz, mortal para muitos, e ele era apenas um dos subordinados do dragão Jormag, que ainda dorme. Derrotar um dos campeões dos dragões não era um feito fácil, quem dirá derrotar um dragão de verdade. Minha cabeça estava pesada com tantas informações ao mesmo tempo. O sono não foi fácil naquela noite, e nem pelas que se seguiram. Passamos um mês repousando e nos recuperando, nos preparando também para a batalha que se seguiria. Forças de toda nação agora uniam forças e mandavam contingentes de seus batalhões para lutar contra a ameaça iminente.

Eu e Arawn logo nos juntariamos a eles. Após mais dois dias de preparação, partimos em direção à costa que banhava a floresta, e embarcamos em um porto militar em um grande navio. Seu destino: Litorais Amaldiçoados. Outrora um lugar de beleza sem igual, mas que sucumbiu ao longo do tempo devido à corrupção de Zhaitan. Agora, com seu despertar, as praias estavam repletas de Risen e corrupção. Era naquelas areias que travaria minha ultima grande batalha. O fim da minha Wild Hunt.

-Nervoso? - O necromante perguntou, aproximando-se de mim.

-Quem não estaria? - respondi, estremecendo. - Iremos nos juntar ao maior exercito que este mundo já viu.

-Derrotamos o Garra. Podemos fazer isso.

-O Garra era apenas um servo do dragão. E poderoso. - suspirei, pensando em quantos poderiamos perder nesta batalha. Senti as mãos de Arawn alcançarem meu rosto, e olhei em seus olhos. Ele havia removido sua marca do espectro, então eles estavam na sua cor natural que acho tão bonita.

-Etherdry, os dragões foram derrotados no passado. Mesmo que há tanto tempo que não saibamos direito como, mas foram. Acredite, podemos fazer isto.

Sorri para ele. De fato, alguns seculos atrás, há relatos de que os dragões haviam sido derrotados. Feridos, eles entraram em um profundo sono secular, mas sua influencia ainda se faz sentir no mundo. Mesmo que os registros não sejam claros em como isso aconteceu, todos concordam em uma coisa: o despertar de um dragão sempre tras caos e destruição ao mundo. Agora, viajamos rumo ao desconhecido para enfrentar esse perigo.

-Sim. - suspirei, enfim, olhando o oceano a minha frente. Uma aura sombria começava a cobrir os céus enquanto começavamos a avistar as praias corrompidas.- Vamos prevalecer.

****
Dois anos se passaram desde então. Lutamos incessantemente contra ordas e mais ordas de Risen, e eventualmente, campeões enviados pelo dragão. Sua corrupção continuava a se espalhar, mas perseveravamos. Perdemos muitos dos nossos ao longo deste tempo, mas não sem antes fazer danos consideráveis às forças inimigas. Agora, eu tinha alcançado o posto de comandante e Arawn era meu braço direito. Estavamos há quase uma semana lutando na parte mais distante adentro nos Litorais Amaldiçoados, às portas da Arah, a cidade em ruinas. Ultimos resquícios do que foi uma poderosa civilização, mas sucumbiu no ultimo despertar dos dragões, e agora era o covil de Zhaitan.

Avançavamos por terra, para dar reforço às tropas aliadas, levando nossos canhões de guerra e artilharia pesada. Mil e quinhentos homens e mulheres confiavam suas vidas a mim, ao meu comando. E eu faria o possível para mantê-los em segurança. Meu companheiro se aproximou de mim com meu cão de caça, agora também usando uma armadura animal para sua proteção. Ao longe podiamos ouvir os rugidos da besta ecoando pelo lugar.

-Ainda nervoso? - ele me perguntou, um sorriso se formando em seus lábios.

-Não. Não posso. Meus soldados dependem da minha confiança e estratégia nessa batalha. - respondi, acariciando meu cão.

Subito, à nossa frente, a cidade irrompeu numa grande explosão e o dragão alçou seu vôo finalmente. Sua sombra gigantesca cobrindo o sol, seu corpo grotesco como se fossem pedaços de dragões decompostos formando um único ser: uma cabeça bizarra, de onde suas línguas eram várias outras cabeças menores que serpenteavam pelo ar. O corpo alongado, apenas com o torço completo, e seu final terminando em tripas por caudas, das quais saiam vários pares de asas. Uma visão grotesca e aterrorizante: O Dragão Morto-Vivo, Zhaitan.

Ele Voôu sobre nós, e o imenso exercito marchou para a batalha, abrindo caminho cotra o próprio exercito de Risen do dragão. O som do bater de espadas, explosões e todos outros estrondos da colossal batalha explodiram pelo ar em segundos. Minhas tropas também aguardavam minhas ordens.

-Soldados! - bradei, segurando meu novo arco mágico- Hoje, marchamos para esta batalha. Trazemos a luta até o Dragão, e lutaremos com ferocidade! - Meus soldados soltaram brados de excitação e gritos de guerra. - Nossos canhões junto com os dos outros cuidarão de derrubar a besta dos céus. Tyrianos, hoje mostraremos que nós, de todas as raças e nações, unidos, podemos derrotar até mesmo um Dragão Ancião. Hoje entramos para a história!

Virei-me em direção à batalha, colocando meu elmo. Erguendo meu arco, disparei uma única flecha que explodiu num sinal luminoso metros acima, dando sinais para as outras tropas de canhoneiros.
 -AVANÇAR!

Os carros de batalham começaram a se mover. Meu coração batia frenetico no meu peito, e podia sentir a tensão percorrendo meu corpo. Era uma sensação como nunca antes havia sentido. Arawn discretamente veio para meu lado, e segurou minha mão por um instante.

-Você está bem? - Ele disse, baixo mas audível.

-Estou. - respondi sincero. - Independente do que aconteça hoje, estou feliz de ter conhecido você. Feliz de dividir minha vida com você, até aqui, meu bravo Lobo.

-Estou feliz conosco também, Etherdry. - Ele segurou minha mão mais forte. - Os espíritos me abençoaram com você, com seu amor.

-Passaremos por isso, Arawn!- Falei, o acariciando uma ultima vez antes de soltá-lo, para entrar na batalha. - Não é o final da nossa história aqui. Eu sinto. Apenas uma conclusão.

-E de quê? - Ele perguntou-me erguendo seu cajado, e eu sorri, confiante.

-Do meu chamado. Minha Wild Hunt!

Fim

Contos do Amante da Morte [Semana 25]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 21: Tudo ou Nada.

E tudo convergia naquele minúsculo espaço de tempo entre o sussurro da outra e os lábios de Marcos se moverem. Como se um abismo gigante tivesse sido aberto naquele instante, o jovem Blackwood precisou reunir toda a força de vontade que o tinha arrastado até ali para responder:

– Não.

– “Não”? – agora a loira estreitava o olhar na direção do moreno. – Está certo disso?

– Eu não tenho a honra de um nobre, mesmo herdando o sangue, é preciso mais que isso para tê-la, porém… – apertou o corpo do irmão junto ao peito – eu ainda sou um homem que cumpre com a palavra e se você quer o que diz, vai ter de dar a sua também.

– Com “minha palavra” você quer uma garantia? E por que acha que eu cumpriria com esta “palavra”? – comentou em tom mais cauteloso, mas ainda mantendo um sorriso zombeteiro no rosto.

– Posso estar ficando louco, mas acredito que isso que deseja você não pode tirar, pelo menos não a força… – teve uma confirmação quando notou o olhar da outra se estreitar ainda mais, pelo menos acreditava que tinha sido uma confirmação – e eu não vou fazer nada do que pedir se meu irmão morrer.

– Arriscaria a vida dele em um blefe? – levou a mão ao queixo em um olhar frio e apático a tentativa de negociação do jovem Blackwood.

– É o que eu tenho e ele não tem tanto tempo, se “você” não se decidir, nós dois perdemos! – queria ter posto mais força em sua voz, mas estava apavorado, no fundo de sua mente, imaginava que talvez ela esperasse por essa afronta, mas tudo estava se perdendo, e se fosse para fazer uma última aposta, tinha de ser naquele momento.

Então a loira se levantou e pousou os dedos finos em um broche feito de ouro branco em forma de videira, desatando a manta que lhe cobria o corpo, revelando um vestido de seda fino, com adornos dourados de videiras no busto e na barra do vestido. Com a ponta do dedo, pressionou sobre o pulso até o dedo afundar na pele pálida fazendo minar um veio de sangue de um vermelho escuro, e fez caminho até o cotovelo abrindo um corte profundo que jorrava filetes de sangue sobre o corpo de Matheus:

– Eu dou-lhe a mim mesma como garantia, e os dias que seu irmão estaria fadado a viver agora serão mais longos, no entanto… – os olhos dourados fixaram no rosto de Marcos – Para cada gota do meu sangue dada ao seu irmão, tu me servirás por 100 dias, durante os dias e a noites durante o tempo e o pós-tempo.

O corpo de Matheus se debateu e depois cessou, deixando uma estranha sensação de vida no corpo desacordado. Marcos levou a mão ao rosto de seu irmão e tomou seu tempo para observá-lo, a temperatura tinha voltado a corpo do rapaz, e embora não entendesse o que era aquela mulher, sabia que ela tinha cumprido com sua parte. O ambiente estava silencioso, e até a borboleta dourada tinha parado de se debater, uma luz opaca se mantinha saindo da lamparina, até finalmente entregar o cômodo à penumbra. Restava agora ele cumprir. Apoiou o corpo de Matheus com cuidado e em seguida ergueu-se frente à loira, a encarou e abriu os braços em um gesto de rendição:

– Toma para ti, o que agora é seu, eu permito. – não sabia como medir o peso daquelas palavras, mas sentia a importância delas ao serem proferidas. No entanto, diferente do que imaginava, não sentia remorso, pensava ter feito a coisa certa, queria acreditar nisso, ao menos.

A figura da loira sibilou um sorriso estreito e cheio de veneno, com um gesto delicado, cobriu-lhe os olhos e tocou-lhe o peito, foi a última sensação viva que tivera…


Epílogo:  Além do fim 


– Não preciso entrar em detalhes sobre as sensações da morte, não é?

– Não há necessidade. O processo pelo qual passaste não é o convencional, por isso, tuas sensações estavam distorcidas e julgo dizer que sua dona tinha preferência pelo pior processo.

– Correção: “antiga dona”. Não sou propriedade de ninguém além das minhas próprias ambições.

– Uriel, sabias que eras teu fim e mesmo assim deste tua vida. Realmente não sabias o que teu consanguíneo tramava?

– Correção: “Lorde Uriel”.

– Tuas alcunhas e títulos não têm valor aqui, apenas responda.

– Marcos sempre teve fé em sua família e para Matheus não foi diferente, embora infeliz nas promessas que fazia e a senhora sabe bem o porquê.

– Os pesos que julgam ser capazes de carregar nada têm haver com meu trabalho.  Se tu, na época, escolheste fazer tais promessas, apenas a tu restava o peso de arrastá-las. Mas com seu consanguíneo foi diferente, ele burlou as regras naquela noite.

– Sim, hoje em dia enxergo a artimanha pouco criativa de Matheus em negociar para ter longevidade usando meu sangue de barganha, afinal nem todo mortal pode se encontrar com seres feéricos, mas como não podia negociar a vida de outra pessoa, armou aquele circo para me convencer. Marcos de fato não tinha arrependimentos, fez tudo por amor a sua família e para honrar suas promessas, quase tão medíocre quanto qualquer livreto ou canção tocada por bardos.

– Para quem burla meu trabalho, resta apenas as mazelas da longevidade, assim como as tuas.

– Não há restrições para mim, apenas as que a senhora desejar inventar em sua criatividade mórbida.

– Nunca meça a Mim por você mesmo.  E para tua ultima restrição: descubra onde teu antigo consanguíneo retornará para finalmente receber a punição pela afronta.

– Por isso eu disse que não há mais restrições, eu sou um ser livre porque antes mesmo da pergunta eu já tinha a resposta.

– …

– Existe apenas um objetivo para Matheus: Ser o Regente, e ele retornará no meio do mercado negro, mas perto da magia.

– …

– Entendeu?! Agora desate os nós, minha amada senhora, pois a partir de hoje Lorde Uriel está além da própria Morte.


Fim… por agora.

“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -

Requiem [Cancelado]

Autora: Natalie Bear

- Desistência -

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Semana 24 + Resultado da semana 23 + Pontuação e Regra Especial + Última Atividade Extra

Semana 24 do MONOBA

A penúltima semana do MONOBA já está no ar! Nesta semana não teremos "Neocene II - nanoships" novamente. Confira as histórias clicando nos links abaixo, nas abas de cada obra ou navegando pelo blog. A votação já está aberta e vai até dia 10 de setembro (quarta-feira), valendo ainda mais pontos do que a semana anterior. A 25º semana - a última - estará no ar dia 12 de setembro. Ansiosos pelo desfecho das histórias e desta batalha? Boa leitura e divirtam-se!


Pepper & Donuts: Capítulo 21 - Donuts 21: uma condição

Nave Fantasma: Dados.

Filho das Profundezas: Parte XXIV - Finta

Wild Hunt: Capitulo 23: Zhaitan

Contos do Amante da Morte: Capítulo 20: Pagamento Devido.


Resultado da semana 23

Totalizando 15 votos - apesar de alguns problemas técnicos -, apresentamos os vencedores da semana:

Em primeiro lugar, com 7 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 4 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 2 votos, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (que disputou a colocação com "Wild Hunt", de Marlon Kalango, em uma votação interna de desempate).

Seguidos de "Wild Hunt", de Marlon Kalango  (2 votos) e "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (sem voto). "Neocene II - nanoships", de Moonlance está a duas semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá um ponto negativo (-1).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Pontuação e Regra Especial neste mês de finalização do MONOBA

Assim como uma história pode ter uma grande reviravolta, a nossa batalha também pode ter! O projeto exigiu bastante empenho dos escritores até agora e nos momentos finais exigirá ainda mais. Então a pontuação também acompanhará este empenho.

A pontuação seguirá às seguintes determinações:

Semana 21 - terá a pontuação normal (9 pontos para o 1º lugar, 6 para o 2º, 3 para o 3º e 1 ponto para os demais).

Semana 22 - 12 / 9 / 6 - demais: 2

Semana 23 - 15 / 12 / 9 - demais: 3

Semana 24 - 18 / 15 / 12 - demais: 4

Semana 25 - ?? / ?? / ?? - demais: 5

A pontuação da semana 25 só será revelada junto com a publicação das histórias dessa semana. Além disso, também temos uma pontuação secreta e simbólica de 5 pontos. O escritor premiado será revelado apenas no resultado final do projeto. O bônus de vencedor do mês irá para 9 / 6 / 3 dos anteriores 3 / 2 / 1. Caso haja algum empate entre as três primeiras colocações no ranking final, ocorrerá uma votação pública na quinta-feira, 18 de setembro, para desempate.

Como uma regra especial, na última semana (semana 25), os escritores terão o dobro de palavras para finalizar com chave de ouro suas histórias. De mínimo de 400 e máximo de 500, passará a ter mínimo de 800 e máximo de 1000 palavras neste último capítulo.

Boa sorte para todos os escritores nessa reta final!


Última Atividade Extra

Esta é a última chance de ajudar os escritores a ganhar pontos extras e mudar o destino dessa batalha! Crie uma ilustração ou fanfic (texto criado por fã, baseado em alguma história existente) do que você gostaria de ver nestes momentos finais da sua história favorita no MONOBA. Por ser a última atividade extra - e também de uma dificuldade maior - cada homenagem valerá 3 pontos extras no lugar de apenas 1. A pontuação da melhor homenagem também vai aumentar. Para o primeiro, segundo e terceiro lugar consecutivamente: 9, 6 e 3 dos 3, 2 e 1 pontos das atividades anteriores. Então o que você está esperando? Você tem até dia 10 de setembro para enviar sua homenagem! Todas as homenagens serão postadas na nossa página do Facebook (www.facebook.com/mobilenovelbattle) no dia 12 de setembro, juntamente com a semana 25 do MONOBA, o mesmo dia que serão lançados os capítulos finais, para que os escritores não se influenciem. Para saber mais como mandar sua homenagem, confira "Atividade Extra". As regras são bem simples. Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 24]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 24]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 21 - Donuts 21: uma condição

Misaki teve que perguntar novamente para ter certeza do que Abel havia pedido e se certificar de que não era uma brincadeira.

-  ….você quer que eu te ajude a ficar IMPOPULAR?
- Sim, você é a única garota que posso contar nesse momento.
- Mas eu faço a mínima ideia de como fazer isso, Abel...sei lá, talvez se você mudar sua aparência ou atitude..?
- Poxa, mas eu gosto do meu cabelo...hum, acho que seria melhor mudar minha atitude então. O que você propõe?
- Ah, finalmente achei vocês dois.

Nathan acabara de virar o corredor e encontra Abel segurando as duas mãos de Misaki, que por sua vez não sabia o que falar ou dizer, a não ser o fato de que estava numa situação um tanto constrangedora.

- O professor pediu pra ver como estava o Abel. Mas se vocês vão ficar namorando aí, eu vou embora.
- Quê?! Não é nada disso, seu pastel!! Só estou ajudando o Abel com um problema...AH, JÁ SEI!
-...já sabe o que?
- Abel! Porque você não se inspira nele? - Misaki aponta o dedo pra Nathan.
- Huh?
- Hã? Não entendi, Misaki.
- Você não quer ficar impopular? Ele é a impopularidade em pessoa! Veja só, tem cara de resmungão, gosta de provocar os outros, aparece nos momentos mais inconvenientes...e mais um monte de coisa! Acho que você vai aprender bastante com ele!
- Você acha mesmo? Nesse caso-
- Espera aí, eu não concordo com isso.
- E por que não?

Nathan toma a rédea da conversa, e encara Misaki com uma expressão gélida. A garota retribui o olhar e encara o rapaz com fulgor nos olhos. Abel fica num canto sem saber o que falar, quando finalmente resolve quebrar o clima de tensão entre os dois.

- Olha pessoal, acho melhor eu resolver o problema sozinho, desculpem se eu incomodei vocês...
- Eu aceito ajudar o Abel com o problema dele, mas com uma condição.
- Qual?
- Quero que a Misaki aceite ser minha namorada.
- … hã?

O cérebro de Misaki parou por uns instantes para processar a informação. Ela realmente ouviu a condição de Nathan? Ele quer que ela, uma menina meio moleque, que gosta de luta livre e donuts, aceite ser sua namorada? Para Misaki, ter um namorado era algo tão surreal quanto seu pai começar a dar mais atenção pra ela. A garota sempre achava que pra conseguir um namorado era preciso se parecer bonita e bem arrumada, duas coisas que ela não era. Não que Misaki se importasse com essas coisas, muito pelo contrário, tampouco se importava com isso.

- Abel, vou roubar a Misaki um pouco.
- Espera aí, eu não respondi ainda e- AHHH!!

Nathan puxou o braço de Misaki com tudo e correu com ela em direção às escadarias que davam pro pátio.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 24]

Autor: Lucas Suwgamm
Dados.

Samara conseguiu chegar em segurança ao computador da ponte de comando, ninguém havia percebido o seu deslocamento ate ali, todos estavam concentrado na eliminação dos Nêcromos além  de toda habilidade assassina de Milene, que já recuperada do desmaio, matava majestosamente uma a uma daquelas bestas, era uma bela dança aos olhos dos Renegados ali presentes, com a assistência dos disparos precisos de Foster, Carlos e Edgar.

Quando a última besta caiu ao chão, Carlos ordenou que seus subordinados abandonassem a nave, dizia que muitas vidas foram perdidas ali hoje e não tinha mais sentido para eles continuarem ali.

Foster, como um sinal de boa fé, falou que ninguém atacasse os Renegados mais e também ordenou que Milene e Edgar abandonassem a nave também e levassem o corpo de Michael. Edgar agachou e pegou o seu companheiro morto e com um sussurro agradeceu o seu sacrifico. Foster apenas acenou com a cabeça para eles irem. Ia permanecer na sala, esperando Samara terminar sua tarefa.

O último renegado tinha corrido para fora da sala e a turma da união se preparava para o mesmo, tudo corria bem só faltava completar a sua missão, no entanto,  quando a hábil moça estava prestes a concluir o seu trabalho um feixe de luz atravessou a sua mão. Carlos se aproximou, com o seu característico sorriso.

– Espero não ter te machucado muito,  pequena dama.Contudo,  preciso destes dados – Piscou rapidamente para Samara.

A moça soltou um grito de dor e caiu de joelhos ao chão, segurando sua mão gravemente machucada. Seus companheiros olharam assutado para a cena, sem entender muito o que ocorreu, a gigante ruiva ameaçou avançar para o local do acidente, no entanto, Foster entrou em sua frente.

– Rápido, siga a minha ordem e saim dessa nave – Olhava sério para Milene.

A mesma olhou para sua companheira ao chão e olhou para Foster e virou-se, fez um sinal para Edgar acompanhá-la, após muitas missões juntas ela aprendeu a confiar em seu capitão.

-– deixe a Samara ir! – Gritou para o velho capitão renegado. – Eu não vou te atacar! – estendeu os seus braços para os lados.

Carlos apenas acenou com a cabeça, Samara reuniu um pouco mais de força, conseguiu se levantar, sua mão não doía mais, o seu traje já havia anestesiado a região do ferimento dando força para ela correr. Quando passou pelo Foster olhou para ele e viu sua expressão seria, não sabia o que ele estava planejando, no entanto não duvidaria do seu sucesso.

Quando todos entraram pelo corredor, Foster caminhou na direção de Carlos olhando para ele.

– Você não vai ficar com estes dados.– Parou de caminhar e apontou o seu braço para ele, pronto para disparar.

– Você ainda não me entende? – Apertou um botão no painel e sorriu para Foster – Agora você vai ver a verdade.

Filho das Profundezas [Semana 24]

Autor: Marco Fischer
Parte XXIV - Finta

-Você não sabe com o que está se metendo! – disse a oriental com seriedade, deixando os braços penderem de lado enquanto o monstro crustáceo se inclinava na direção de Violka – Aquele garoto carrega a próxima linhagem de nossa Ordem. Eu recebi a honra de ser sua consorte, e trazer ao mundo uma prole abençoada pelo nosso senhor do mar.

-E então ele te deixou esperando vestida de noiva? Mas que tragédia! – respondeu a capitã, ocultando a ferida que sentia ser tocada dentro de si. Muitos de seu povo não gostavam do fato dela ser uma mulher independente e solteira, e mais de uma família havia se ofendido com a recusa de um pretendente. A liberdade de que dispunha não havia sido conquistada sem um custo, e por isso lhe era tão preciosa.

Violka circulava lentamente de costas pela sala enquanto era seguida pela criatura. Fugir não seria fácil, então teria que ficar e lutar. Mas sua inimiga não precisava saber disso. Sempre com a espada em riste, ela se aproximou da escada e fingiu que tentaria subir. O monstro marinho atacou com sua garra, abrindo a guarda enquanto a capitã dardejava em sua direção como um pássaro veloz.

A criatura emitiu um assovio de dor, recuando desajeitada enquanto seus olhos eram feridos pela ponta aguda da espada de Violka. Seus tentáculos rapidamente agarraram o braço da capitã, tentando puxá-la para as mandíbulas ocultas abaixo deles. Violka sentiu então seus músculos se anestesiarem, tocados por alguma forte toxina secretada pelo monstro.

Usando o calor da batalha para resistir à paralisia, ela agarrou os tentáculos e se balançou na direção da criatura. Um chute certeiro fez o crustáceo assoviar mais alto, esguichando um líquido escuro pela carapaça. A oriental observou intrigada enquanto tentava manter-se equilibrada, o que ficou mais difícil quando outro chute acertou o monstro logo abaixo da cabeça.

Violka já havia analisado a situação. Uma criatura grande e pesada em um salão em ruínas literalmente só precisava de um empurrãozinho. As lâminas escondidas nas suas botas, impulsionadas por molas, eram a melhor carta na manga que possuía. Pego de surpresa, o monstro a derrubou enquanto trombava nas paredes desorientado.

Sem espaço e parcialmente cego, o crustáceo sacudia suas grandes tenazes tentando acertar Violka, mas só o que conseguia era danificar ainda mais a estrutura do lugar, que começava a desabar. Agarrando a lanterna de lótus, Violka correu para as escadas, mas seu caminho foi bloqueado por um jato de ácido fluorescente.

Livre do monstro, a oriental havia usado seus tentáculos gelatinosos para alcançar uma posição mais acima, e já se preparava para lançar outro projétil cáustico contra a capitã. Ela estaria vulnerável na subida, e sem tempo para perder com as ruínas indo abaixo.

Foi o cheiro do mar que fez a capitã ter o impulso de saltar dentro do poço escuro no centro do salão. O cheiro do mar e uma voz que começava a falar em sua mente, e fazia seus olhos se cobrirem de um piche negro.


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Wild Hunt [Semana 24]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 23: Zhaitan

Não passamos mais que dois dias em Hoelbrak. Expliquei o que havia acontecido à Arawn, e ele se mostrou preocupado com a situação. Pegamos suprimentos e partimos da terra dos Norn no raiar do dia. A viajem foi tranquila por maior parte do tempo, mas ao chegarmos perto da Floresta Caledon hordas de Risen (servos do dragão morto-vivo Zhaitan) infestavam o lugar, e tivemos que abrir nosso caminho. Eu e meu companheiro canino partimos para o ataque, com precisão. Arawn também entrou em batalha, convocando seus servos e lançando feitiços necromanticos. Minha flechas cortavam o ar com zunidos, atingindo e derrubando inimigos. Quando algum deles tentava nos pegar de surpresa, mãos cadavéricas brotavam do chão e os agarravam, controladas pela magia de Arawn. Em determinado momento, havia alguns Risen Krait entre os inimigos. Reconheci o Krait que enfrentei no inicio da minha jornada, maior que os outros e armadurado.

Ele avançou sobre nós, lançando adagas. Consegui desviar por pouco, e Arawn foi atingido de raspão na perna. O inimigo serpenteava ao nosso redor, tentando atacar pelos flancos, e em determinado momento, ele abriu sua bocarra e cospiu uma nuvem verde de aparencia tóxica e nefasta. Nos afastamos dali imediatamente. Percebemos então, que mais Risen se aproximavam. Ficariamos em uma enorme desvantageme em breve.

-Arawn! - Gritei- Temos que recuar.

-Criamos uma distração e partimos daqui. Isso está fora de controle! - Ele respondeu, já preparando alguma magia.

-Vajra! Vem, garoto! - chamei meu cão de volta, ele estava mancando. Havia muitos inimigos.

O necromante sumonou uma pequena horda de servos para atrasar os inimigos, e eu me concentrei, invocando o poder da deusa Melandru, e lancei meu ataque barragem. Fugimos dali, mas por pouco. Continuamos viagem no melhor ritmo que podiamos, sem parar até acharmos uma patrulha que nos levou até o bosque, e tratou nossas feridas. Estavamos cansados, e descansamos até o anoitecer. Após uma grata refeição e mais cuidados, fomor ter com a Mãe Árvore. Subimos até sua camara, e ela já nos esperava, com um ar solene. Ajoelhei-me perante a ela, e Arawn fez o mesmo.

-Salve, Fonte Abençoada.

-Ah, meu bravo filho. - ela me comprimentou de volta, tocando meu rosto e me erguer. Então fez o mesmo com Arawn. - E você, valente aliado. Gostaria que os tempos fossem outros para podermos celebrar sua vitória sobre o Dragão de Gelo, mas a escuridão se espalha pela floresta, e isto lhe diz respeito, Etherdry. A todos nós.

-Mãe, minha missão ainda não acabou?

-Temo que não, filho meu. Uma sombra se ergueu do oceano nas praias decaidas de Orr. E seus servos corruptos agora atacam com mais força que nunca nosso lar.

-Pelos Espíritos. Então...? - Arawn exclamou.

-Um grande mal ameaça destruir todo nosso mundo.O Dragão Morto-Vivo, Zhaitan, despertou. - Ela olhou-me nos olhos, e novamente tocou meu rosto. Minha mãe estava triste - Meu filho. Seu caminho o leva a Orr. E lá, está a ultima parte do teu sonho. Deves matar Zhaitan.


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Contos do Amante da Morte [Semana 24]

Autora: Mari-Youko-Sama

“Até hoje um pensamento permeia as minhas opacas lembranças e sempre se ‘reaviva’, quando releio essas linhas: Por que ela me traiu?”

Capítulo 20: Pagamento Devido.

O tempo parecia ter congelado. Matheus estava inerte, seu peito sequer se movia, a mulher estava de pé, observando os irmãos com um olhar frio e penetrante, Marcos parecia ter perdido o fôlego em meio a situação. Apenas a borboleta dourada se debatia dentro da lamparina em um ritmo hipnótico, fazendo as sombras projetadas pelos corpos parecerem estar se debatendo também.

A boca do jovem Blackwood estava seca, todo o seu corpo parecia submetido a um peso invisível gigante. Sentia-se como um animal acuado: estava apavorado, seu coração palpitava com tanta força que chegava a ser incômodo. Então, a outra deu um passo à frente, e como numa reação involuntária, Marcos gritou… apesar de bela, aquela mulher era aterrorizante:

– PARE! NÃO NOS MATE! – agarrou o corpo do irmão e o pressionou contra o próprio peito, em um gesto protetor, então pôde notar como o corpo do outro estava frio – M-Matheus!?

– Se demorar, vai acabar perdendo-o também, primogênito dos Blackwood.

– Por que está fazendo isso?

– Essa é uma pergunta retórica – comentou como se fosse uma resposta muito óbvia – mas… voltando ao seu singelo pedido de misericórdia, me diga: por que deveria mantê-los vivos? Que tipo de valia vocês teriam para alguém como eu?

Alguém como você? Valia? – A expressão de Marcos passava de medo à indignação. – Eu bem que gostaria de saber por que coisas como vocês estão atrás de mim e do meu irmão?

Coisas? Muito indelicado da sua parte – a mulher se abaixou e levou a mão ao queixo de Marcos com um gesto feminino e o segurou delicadamente – não sei dizer se é apenas ingênuo ou se é tolice sua acreditar que tem alguma qualidade excepcional, para que tenhamos de ir “atrás de vocês”.

– Se… se não fosse v-verdade – Marcos gaguejou, não sabia bem até onde aquela conversa o levaria, mas tinha uma certeza – por que ainda estamos vivos? Se quisesse já nos teria matado, você quer alguma coisa que só… – fez uma pausa, pois algumas coisas lhe faziam sentido, se não fosse o medo lhe deixando insano, talvez fosse “a verdade” – somente eu posso lhe dar. Diga-me, o que você quer para deixar o meu irmão vivo?

 – Então é somente ingênuo – sibilou uma risada de contentamento – o que eu quero é muito mais do que você está disposto a pagar, jovem Blackwood.

– Você não faz ideia do que eu já tive de pagar, então apenas diga! – sentia o corpo de seu irmão tornando-se ainda mais frio e tinha certeza que a outra também sabia e se divertia com a cena.

– Você não é um homem de honra jovem blackwood, você mesmo admitiu, mas vou lhe conceder a chance de provar que pode cumprir com sua palavra. – Abaixou-se e sussurrou ao ouvido de Marcos, este que contorceu seu rosto em uma careta de surpresa e pavor. – será que pode pagar?


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