sexta-feira, 20 de junho de 2014

Wild Hunt [Semana 13]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 12: Icebrood

O dia raiou e com ele tomamos nosso rumo às partes mais longínquas das Montanhas Shiverpeaks. Despedimo-nos da calorosa e acolhedora cidade de Hoelbrak e seguimos pelas trilhas gélidas e cenários nevados. Havia beleza e morbidez ao mesmo tempo. A incrível vida selvagem, sobrevivendo ao frio implacável, e aqueles que não resistiam ao mesmo. Arawn viajava agora sem seus servos necromânticos, pois segundo ele 'Carne exposta congela fácil no gelo'. Logo, eles não durariam muito.

Mesmo vestindo um espesso casaco de couro, sentia um frio incomodo. Também não evitou que eu perdesse algumas folhas de meus longos cabelos vinhosos. Perto do meio dia, nos abrigamos em uma caverna próxima e fizemos uma fogueira para preparar o almoço. Ouvi vozes ao longe e Arawn se pôs em guarda. Ele parecia tenso, como se soubesse de algo perigoso ali que eu desconhecia. Olhei na direção onde ele observava e vi pessoas ao longe, aparentemente Norn. Mas ele parecia nada feliz em vê-los.

-Tudo bem, meu amigo? - arrisquei.

-Talvez. Eles não parecem estar vindo nessa direção, então podemos evitar um combate desnecessário.

-Eles? - levantei, aproximando-me. - Não são Norn?

-Eram. - Ele se aproximou da parece da caverna. Ao longe, o grupo sumia em meio à neve. - Eles se denominam Filhos de Svanir. Renderam-se à corrupção do dragão de gelo, Jormag. E agora fazem atrocidades em seu nome. Que os espíritos nos guiem por caminhos distantes deles, meu amigo.

Arawn comeu em silencio. Parecia chateado, indignado. Comi também em silencio, e então descansamos até a nevasca dar uma trégua em seus ventos impiedosos. Após um bom tempo descansando na caverna, seguimos em jornada novamente. Após algumas horas de caminhada, Vajra demonstrou sinais de inquietação: as orelhas em pé, cauda rija, folhas visivelmente eriçadas, mesmo sobre a proteção de couro macio que lhe dei para proteger do frio.

-O que foi garoto? - abaixei-me, tocando-lhe a cabeça - mostre-me.

Com um latido baixo, ele saiu em disparada pela neve. Arawn e eu trocamos um breve olhar e seguimos atrás. Corremos por alguns bons metros e começamos a ouvir vozes. Gritos. Dei ordem ao meu cão que ficasse em guarda e nos esgueiramos por cima de um morro. Lá em baixo, partes escassas de vegetação e um rio. O mesmo grupo de Norn que havia passado próximo a nos mais cedo. Ao centro, eles cutucavam com lanças e atormentavam um Quaggan. A doce e pacífica raça aquática de Tyria. Ele gritava e implorava por misericórdia, mas não lhe davam ouvidos.

-Temos que agir agora. - Arawn falou subitamente, apontando para baixo. - Aquelas pontas de lança que eles levam é gelo corrompido.

-O que isso quer dizer? - respondi, já tomando meu arco em mãos.

-Que se não salvarmos o Quaggan logo, todo esse tormento e as feridas daquele gelo irão contaminá-lo com a corrupção do dragão, tornando-o um de seus servos abomináveis. - Ele engoliu em seco, e sua revolta era quase palpável no ar. - Vai se tonar um Icebrood.


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