sexta-feira, 30 de maio de 2014

Requiem [Semana 10]

Autora: Natalie Bear
Aviso do Destino

- Meus pulsos ficaram marcados. - Rebeca resmungou enquanto massageava seus pulsos agora libertos e sentava-se a uma mesa no canto do porão junto do senhor Levine.

- Precisamos esclarecer nossos problemas de uma vez por todas, Senhorita Williams. - sentou-se vagarosamente em sua cadeira e pousou as mãos sobre o tampo da mesa - Estou ciente de que sua bagagem, que contem o objeto em questão, está em posse de um estrangeiro. Um americano. A relíquia é muito importante para ficar nas mãos de um desconhecido.

- Como o senhor sabe a nacionalidade dele se nem eu, que conversei com Lawrence, sei? - debruçou-se sobre a mesa, fitando aquele senhor com desconfiança.

- Eu tomei a liberdade de conferir os passageiros do navio em que a senhorita embarcou. - devolveu um olhar sério à moça.

- Como sabe o navio que peguei? - Rebeca aumentou o tom de voz, começando a irritar-se com a prepotência de Levine - Por acaso aqueles sujeitos que me atacaram eram…? - não completou a frase, esperando que ele o fizesse.

- Eu não mandaria foras da lei atrás de uma jovem como a senhorita. - respondeu deixando seu incômodo com a questão levantada transparecer na voz - Eu tinha uma pessoa observando seus movimentos desde após o recebimento daquela carta.

- Então foi o senhor que mandou a carta?

- Não fui eu. Desconheço o autor dela, apenas sei o que nela é pedido. - suspirou.

- Como pode saber de algo assim sem conhecer o autor da carta? - a moça fez uma careta, ansiosa para saber mais sobre aquela história e, principalmente, descobrir onde seu pai estava - O senhor a interceptou?

- Sim. - fitou a moça impaciente com seu olhar cansado - Eu sou encarregado de supervisionar o que é despachado dos sítios arqueológicos e embarca nos navios. - pronunciava aquilo com orgulho - Cometi um erro ao não averiguar o que seu pai mandou para a senhorita e seu tio. - meneou negativamente a cabeça - Quem escreveu a carta quis despacha-la pelo navio que usamos para esse fim, portanto passou por mim e eu não cometi o mesmo erro de antes.

- Então o senhor sabe que eu preciso entregar o artefato à pessoa que escreveu aquela carta. Eu preciso ir para Cuzco para troca-lo por meu pai! - Rebeca agitou-se ao perceber que provavelmente estava perdendo tempo conversando com aquele sujeito, pois precisava viajar o mais rápido possível àquela cidade que ficava distante de onde estavam.

- Sim, eu sei e me sinto culpado pelo ocorrido, por isso ir- - de repente um homem muito alterado e de olhos cor de mel arregalados aproximou-se com muita pressa dos dois, balbuciando palavras inconstantes de forma nervosa:

- Senhor Levine…! - o sujeito de rosto rechonchudo parou para respirar.

- O que está acontecendo? Por que está assim, Louie? - Levine alarmou-se e ergueu-se de seu assento.

- Um homem…! Um homem está causando problemas na entrada…!


Ir para o próximo capítulo de "Requiem"

Nenhum comentário:

Postar um comentário