sexta-feira, 2 de maio de 2014

Wild Hunt [Semana 06]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 6: Escuridão.

Eu disparava minhas flechas com precisão, destruindo uma ilusão após a outra. Mas para cada uma que se desfazia, outra surgia em seu lugar. Estava ficando sem tempo. Logo mais cortesãos poderiam chegar, e no calor do combate, minha ferida acabou abrindo novamente, e estava sangrando e com dor. Precisava acabar com aquilo em um único golpe.

-Desista, filho do Sonho. - Meu inimigo disse, cruel. - Você apenas se cansa. Eu por outro lado, estou inteiro. Renda-se.

-Jamais, vil irmão. -retruquei disparando nele. E mais uma vez, um teleporte.

-Uma pena...alguém com tanto espírito de luta seria um ótimo cortesão. Mas isso acaba agora. Adeus, “irmão”

As ilusões vinham para cima de mim, todas ao mesmo tempo agora. Era o fim. Ou assim pensei, quando ouvi um grito confuso. Meu Cão de caça havia vencido seu combate. Ele conseguiu, coms eu faro aguçado, o que eu não pude; achar o verdadeiro. As cópias congelaram por meros segundos, e era só o que eu precisava. Movimento rápido. Mirar. Atirar. A flecha chega a seu destido, e meu inimigo cai enfim. Uma flecha na cabeça. As ilusões despedaçaram-se da realizade com um som bizarro e anti-natural.

Fui o mais rápido possível à jaula do Cervo. Ele estava assustado, e eu precisava de sua confiança. Abri a jaula gentimente, e mostrei as mãos nuas.

-Calma, amigo. Estav tudo bem agora – estendi minha mão, devagar e a deixei próximo à seu focinho. - Venha comigo.

Ele olhou fundo em meus olhos, em minha alma. E viu, que eu não era o inimigo. Saimos da cela, e da caverna. Com sua aura de luz, era tanto um alívio para me guiar na noite, quanto um perigo, que atrairia atenção de inimigos. Risco que tinha que correr. Fomos a passos apressados pântano afora, e de volta aos domínios da floresta. Não me sentia bem. A ferida doía muito, e sabia que estava perdendo muito sangue. Meus passos se tornaram pesados, assim como minhas palpebras... ainda estava muito longe de casa. Caí de joelhos.

-ugh – um grunhido de dor, e dificuldade pra respirar. - Ah...doce Melandru...por favor, ouça minha prece. Ajude-me

Tentei me por de pé, mas o esforço era por demais. Minhas forças se esvaiam. Era assim o final da minha jornada? Era isso? Ouvi algo, como uma voz me chamando. Busquei meu arco, mas estava fraco demais para qualquer coisa. Sentia o calor e a luz pura do Cervo ao meu lado, deitado. Ele estaria comigo em meu leito de morte então? Ao menos, estava livre novamente. Dever cumprido. Olhei as estrelas, sumindo. E a ultima coisa que lembro, foi uma figura gigante descendo sobre mim. E então, apenas escuridão. Escuridão absoluta.

-Você tá longe de casa, azulzinho. Heh, quando eu achava que minha noite ia ser tranquila. -Uma figura alta pega Etherdry em seus braços. - Para o Bosque, então...


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